Acordei no susto quando alguém bateu na porta, levei um tempo pra reconhecer onde eu estava e pra perceber a mão que estava nas minhas nádegas, levantei no pulo, peguei o roupão dele e corri pra atender a porta.
- Oi querida, desculpa te acordar mas tem uma moça chamada Giulia que está ao telefone querendo falar com você - a dona Yuna disse me entregando o telefone.
- Ainda bem que a senhora me acordou, obrigada - falei pegando o telefone.
- Oi Giulia.
- Tá tentando me matar mulher? - a Giulia quase gritou - eu tô aqui surtando, até chorei pensando que você morreu.
- Me desculpe Giulia, eu não imaginei que ia demorar tanto assim. Mas eu já estou indo pra casa tá?!
- E eu posso saber onde você está mocinha? - no momento em que eu ia responder o Matthew chegou por trás e pegou o telefone da minha mão.
- Oi, é o Matthew - ele ouviu o que a Giulia dizia - ela está aqui na minha casa Giulia e vai ficar aqui mas um tempinho, então se puder cuidar do Louis por mais umas duas horas eu agradeço.
- Matthew - puxei o telefone da mão dele - eu já estou indo pra casa Giulia.
- Que isso menina, não precisa ter pressa não, eu cuido do Louis, aproveita aí.
- Engraçadinha - felei enquanto pegava minhas roupas que horas antes tinham sido jogadas pelo quarto - em uma hora eu chego.
- Não precisa ir embora - o Matthew falou assim que eu desliguei a chamada.
- Preciso sim! - falei enquanto vestia meu vestido todo errado.
- Por que você não fica só mais um pouquinho?
- Porque isso não era pra acontecer Matthew! - comecei a ficar meio brava.
- Vai dizer que você não queria...
- Não!
- Que não estava ansiosa esperando o momento em que isso iria acontecer novamente?! - ele estava um tanto perto de mim.
- Não - minha voz praticamente sumiu quando ele cheirou meu pescoço.
- Mas eu estava - nem tive tempo de respirar, quando dei por mim ele já estava me agarrando.
....
- Matthew é sério - tentei levantar - me solta, eu tenho que ir.
- Não quero que você vai embora - ele beijou meu pescoço - mas você precisa não é?!
- Sim, eu preciso! - ele tirou o braço de cima de mim.
- Se não fosse o seu filho, pode ter certeza que eu tentaria te persuadir a ficar a noite toda.
"Nosso filho" pensei tristemente enquanto me levantava e começava a procurar pelas minhas roupas.
- Só iria mesmo, porque conseguir não ia não.
- Não me desafie Amanda - ele falou enquanto colocava os braços atrás da cabeça - você precisa voltar pra casa ainda hoje.
- Não me nhe nhe nhe Amanda - imitei ele no automático, nem percebi que estava fazendo. E num pulo ele estava atrás de mim e com a mão em lugares que arrepiavam.
- E nem deboche - ele susurrou no meu ouvido.
- Matthew não vamos começar tudo de novo. Eu preciso ir embora, meu filho precisa de mim.
- Tudo bem - ele bufou - eu te levo em casa - falou enquanto vestia uma bermuda.
...
Vir o caminho todo no espaço restrito do carro do Matthew não foi fácil, toda vez que ele ia trocar de marcha encostava a mão na minha coxa, mas eu pelo menos podia dar uma de boba e fingir que estava dormindo, mas quando nos chegamos e ele me xaqualhou até eu acordar e não destravou a porta, não tinha mais nada que eu pudesse fazer pra evitar um diálogo com ele.
- Destrava a porta por favor - pedi.
- Só quando você olhar pra mim.
- Matthew...
- Amanda, eu juro que não entendo qual é o problema! Por que você tenta evitar o que acontece entre a gente?
- É complicado.
- Eu sou só um passatempo pra você é isso?!
- Não não! Claro que não! Longe disso.
- É o pai do seu filho? Você ainda tem alguma coisa com ele? - eu ia responder que não, mas aí lembrei que eu tinha acabado de dormir com ele - meu Deus você ainda está com ele! Amanda!
- Não, eu não estou com ele!
- Você ficou com uma cara estranha e não respondeu.
- Matthew, a situação é mais complicada do que parece.
- Ainda sente algo por ele? - já dava, não dava mais pra enrolar, eu não aguentava mais - porque se...
- Matthew! Matthew o pai do Louis... - alguém esmurrou o vidro do meu lado. No susto eu pulei gritando pra cima do colo do Matthew.
Mas no susto eu me esqueci de um pequeno detalhe; eu ainda estava presa
pelo cinto de segurança, além do carro dele ser um esportivo. Bati a cabeça no teto e quando o cinto travou eu voltei com tudo e bati a nuca no banco também.- Amanda - o Matthew me chamou me virando pelo queixo - tá doendo muito?
- Sim.
- Pelo menos você tá viva - fui rir mas minha cabeça doeu mais ainda.
- Abre a porta logo - a Giulia gritou do lado de fora, pela sua expressão ela estava desesperada.
- O quê que aconteceu? - sai do carro tão desesperada que até esqueci a dor.
- Eu não sei. Eu dei a mamadeira e a papinha à uma hora, e tem meia hora que ele não para de chorar.
- Fica calma moça - o Matthew falou saindo do carro - se você quiser eu posso da uma olhada nele pra ver o que é - eu ia responder que não precisava e que eu iria levar ele no hospital quando a Giulia respondeu por mim.
- Ela quer, ela quer muito! E está agradecida.
- Giulia.
- De nada.
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Aguardando a Felicidade
RomanceAmanda tem 19 anos e trabalha na empresa R&W. Em uma visita a uma amiga de trabalho acaba conhecendo o primo do seu chefe. Vários encontros e uma noite. Uma noite. Foi o suficiente pra gerar uma nova vida. Mas por causa de um desentendimento ele fo...