Capítulo 37

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     Acordei no susto quando alguém bateu na porta, levei um tempo pra reconhecer onde eu estava e pra perceber a mão que estava nas minhas nádegas, levantei no pulo, peguei o roupão dele e corri pra atender a porta.

     - Oi querida, desculpa te acordar mas tem uma moça chamada Giulia que está ao telefone querendo falar com você - a dona Yuna disse me entregando o telefone.

     - Ainda bem que a senhora me acordou, obrigada - falei pegando o telefone.

     - Oi Giulia.

     - Tá tentando me matar mulher? - a Giulia quase gritou - eu tô aqui surtando, até chorei pensando que você morreu.

     - Me desculpe Giulia, eu não imaginei que ia demorar tanto assim. Mas eu já estou indo pra casa tá?!

     - E eu posso saber onde você está mocinha? - no momento em que eu ia responder o Matthew chegou por trás e pegou o telefone da minha mão.

     - Oi, é o Matthew - ele ouviu o que a Giulia dizia - ela está aqui na minha casa Giulia e vai ficar aqui mas um tempinho, então se puder cuidar do Louis por mais umas duas horas eu agradeço.

     - Matthew - puxei o telefone da mão dele - eu já estou indo pra casa Giulia.

     - Que isso menina, não precisa ter pressa não, eu cuido do Louis, aproveita aí.

     - Engraçadinha - felei enquanto pegava minhas roupas que horas antes tinham sido jogadas pelo quarto - em uma hora eu chego.

     - Não precisa ir embora - o Matthew falou assim que eu desliguei a chamada.

     - Preciso sim! - falei enquanto vestia meu vestido todo errado.

     - Por que você não fica só mais um pouquinho?

     - Porque isso não era pra acontecer Matthew! - comecei a ficar meio brava.

     - Vai dizer que você não queria...

     - Não!

     - Que não estava ansiosa esperando o momento em que isso iria acontecer novamente?! - ele estava um tanto perto de mim.

     - Não - minha voz praticamente sumiu quando ele cheirou meu pescoço.

     - Mas eu estava - nem tive tempo de respirar, quando dei por mim ele já estava me agarrando.

....

     - Matthew é sério - tentei levantar - me solta, eu tenho que ir.

     - Não quero que você vai embora - ele beijou meu pescoço - mas você precisa não é?!

     - Sim, eu preciso! - ele tirou o braço de cima de mim.

     - Se não fosse o seu filho, pode ter certeza que eu tentaria te persuadir a ficar a noite toda.

     "Nosso filho" pensei tristemente enquanto me levantava e começava a procurar pelas minhas roupas.

     - Só iria mesmo, porque conseguir não ia não.

     - Não me desafie Amanda - ele falou enquanto colocava os braços atrás da cabeça - você precisa voltar pra casa ainda hoje.

     - Não me nhe nhe nhe Amanda - imitei ele no automático, nem percebi que estava fazendo. E num pulo ele estava atrás de mim e com a mão em lugares que arrepiavam.

     - E nem deboche - ele susurrou no meu ouvido.

     - Matthew não vamos começar tudo de novo. Eu preciso ir embora, meu filho precisa de mim.

     - Tudo bem - ele bufou - eu te levo em casa - falou enquanto vestia uma bermuda.

   ...

     Vir o caminho todo no espaço restrito do carro do Matthew não foi fácil, toda vez que ele ia trocar de marcha encostava a mão na minha coxa, mas eu pelo menos podia dar uma de boba e fingir que estava dormindo, mas quando nos chegamos e ele me xaqualhou até eu acordar e não destravou a porta, não tinha mais nada que eu pudesse fazer pra evitar um diálogo com ele.

     - Destrava a porta por favor - pedi.

     - Só quando você olhar pra mim.

     - Matthew...

     - Amanda, eu juro que não entendo qual é o problema! Por que você tenta evitar o que acontece entre a gente?

     - É complicado.

     - Eu sou só um passatempo pra você é isso?!

     - Não não! Claro que não! Longe disso.

      - É o pai do seu filho? Você ainda tem alguma coisa com ele? - eu ia responder que não, mas aí lembrei que eu tinha acabado de dormir com ele - meu Deus você ainda está com ele! Amanda!

     - Não, eu não estou com ele!

     - Você ficou com uma cara estranha e não respondeu.

     - Matthew, a situação é mais complicada do que parece.

     - Ainda sente algo por ele? - já dava, não dava mais pra enrolar, eu não aguentava mais - porque se...

     - Matthew! Matthew o pai do Louis... - alguém esmurrou o vidro do meu lado. No susto eu pulei gritando pra cima do colo do Matthew.

      Mas no susto eu me esqueci de um pequeno detalhe; eu ainda estava presa
pelo cinto de segurança, além do carro dele ser um esportivo. Bati a cabeça no teto e quando o cinto travou eu voltei com tudo e bati a nuca no banco também.

     - Amanda - o Matthew me chamou me virando pelo queixo - tá doendo muito?

     - Sim.

     - Pelo menos você tá viva - fui rir mas minha cabeça doeu mais ainda.

     - Abre a porta logo - a Giulia gritou do lado de fora, pela sua expressão ela estava desesperada.

     - O quê que aconteceu? - sai do carro tão desesperada que até esqueci a dor.

     - Eu não sei. Eu dei a mamadeira e a papinha à uma hora, e tem meia hora que ele não para de chorar.

     - Fica calma moça - o Matthew falou saindo do carro - se você quiser eu posso da uma olhada nele pra ver o que é - eu ia responder que não precisava e que eu iria levar ele no hospital quando a Giulia respondeu por mim.

     - Ela quer, ela quer muito! E está agradecida.

     - Giulia.

     - De nada.

Aguardando a FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora