Capítulo 34

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     Era meu dia de folga, eu devia descansar, mas a tarde acabei voltado ao hospital pra ver como a Amanda e o bebê estavam e pra minha surpresa descobrir que a Amanda já estava em condições de receber pelo menos uma visita médica, então como estava envolvido nos cuidados do filho dela resolvi ir visita-lá. Fui fazer meu trabalho até a enfermeira que estava cuidando dela me avizar que ela estava acordada. Pelo modo como ela me olhou assustada quando entrei no quarto a enfermeira claramente não tinha feito o que eu pedi e perguntado a ela se eu poderia ir até lá. 

     - Desculpe não quis incomoda-la! Quer que eu saia?

     - Não tudo bem.

     - Como esta se sentido? - perguntei me sentando na cadeira ao lado da cama.

     - Como se um caminhão tivesse passado por cima de mim.

     - Não é da minha conta mas eu queria muito saber o que aconteceu.

     - Eu não me lembro de muita coisa, só que eu estava em casa quando do nada começou uma fumaça preta começou a subir junto com um calor insuportável e quando eu tentei sair não dava mais.

     - E o que você fez?

     - Enrolei o Louis o máximo que eu consegui e taquei ele pela janela.

     - E depois?

     - E depois eu não lembro de mais nada, só que eu não consegui sair. Quando acordei aqui no hospital achei que tinha morrido e tava numa espécie de sala esperando pra ver se eu ia pro céu ou não - ela riu e eu acabei rindo junto.

     - Ainda bem que conseguiram te tirar de lá e que esta tudo bem.

     - Você sabe do meu bebê? Até agora eu não pude ir ver ele.

     - Sei sim, estou acompanhando o caso dele!

     - Você? - ela parecia muito assustada.

     - Sim! Na verdade a pediatra  responsável por ele é a doutora Margaret, mas estou cuidando dele também, até doei sangue pra ele.

     Ela ficou muito pálida de repente, era como se o pior pesadelo dela tivesse se materializado e como eu não sabia do quadro de saúde dela resolvi chamar o médico e deixa-la descansar, fiz ela se deitar e esperei até o médico chegar.

   Semanas depois

     - Você não precisa mesmo de alguma ajuda? - perguntei pra Amanda enquanto ela arrumava as últimas coisas pra ir embora. Depois de algumas semanas ela e o bebê receberam alta.

     - Sim! Eu não preciso.

     - Mas sua casa pegou fogo, não pode voltar pra lá.

     - A Zoey tá na casa de uma tia nossa e eu vou pra lá também enquanto não arrumamos uma casa.

     - A...

     - Eu estou bem Matthew, não precisa se preocupar.

     - Qualquer coisa é só me procurar.

Dias depois

     Eu sabia que a casa da Amanda pegou fogo com tudo dentro e que ela não tinha mais nada, e o pior, tudo que o filho dela tinha se perdeu também.

     Eu podia ignorar esse fato e deixar que o pai do garoto resolvesse essa questão, mas eu não era insensível, não como o pai da criança que não apareceu nem quando seu filho estava a beira da morte precisando de sangue e a Amanda toda entubada no CTI. Diferente dele, eu ia dar assistência aos dois, mesmo que a Amanda negasse.

      Então com a ajuda da Margaret e da
Laura comprei as coisas que são essenciais pra um bebê e depois procurei saber o novo endereço dela. Não foi fácil achar! Eu perdi até a conta de quantas horas eu dirigi, só sei que se passaran de duas.

     Cheguei e pacientemente esperei por longos minutos até que uma senhora bem ranzinza  acompanhada por dois cachoros veio me atender.

     - É a tia da Amanda?

     - Sim. Quê que foi?

     - Sou Matthew, vim trazer algumas coisas pro Louis e pra ela.

     - Ah - ela fez uma expressão de desdém - mas não demora não que eu preciso descansar e não quero ninguém me atrapalhando não.

     - Pode deixar senhora.

     Peguei algumas sacolas no carro e acompanhei a senhora pra dentro da casa, encontrei a Amanda na cozinha mexendo em uma panela enquanto amamentava o Louis. Mais surpresa do que ela ficou quando me viu não poderia, até deixou a colher cair no chão.

     - O que você ta fazendo aqui? - além de surpresa ela parecia assustada.

     - Vim trazer algumas coisas pro Louis e pra você.

     - Como me achou aqui?

     - Dei um jeito - dei de ombro.

     - Me desculpe, estou sendo grosseira  - ela foi pra sala e eu fui atras dela - quer se sentar?

     - Claro.

     - Se importaria de esperar um pouquinho enquanto eu termino o jantar da Zoey?

     - Não de maneira alguma - e foi só ela pronunciar o nome da Zoey que ela apareceu correndo e gritando.

     - MATT! Seu príncipe Manda, ele voltou! - eu não sabia dizer quem estava mais envergonhado! Eu ou a Amanda.

     - Que gritaria é essa?! - a tia delas apreceu furiosa e parecia pronta pra atacar alguém e não foi só eu que percebi isso, a primeira reação da Zoey foi correr e se esconder atras da Amanda que logo começou a pedir desculpas a sua tia.

     - Se eu ouvir mais um gritinho seu - ela apontou pra Zoey - vou arrancar sua lingua e da pros meus cachorros.

     Depois de se certificar de que a tia já tinha voltado pro quarto e trancado a porta a Amanda me pediu pra ficar de olho na Zoey e voltou pra cozinha.

...

Amanhã tem mais!

É vdd esse bilhete

Aguardando a FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora