Nota:
Anteriormente muitas pessoas vieram falar dos diálogos deste capítulo então caso não tenha ficado claro, todos se tratam de mensagens de texto e esse formato será usado diversas vezes no decorrer da história.
Boa leitura =^.^=🌖 🏠 🌖
Os fracos pingos de chuva não eram o bastante para fazerem Marinette apressar seu passo. Continuando com o ritmo lento comparado a um caminhar normal, seu olhar era cabisbaixo, mesmo assim, não focava a calçada. Andava de forma automática, apenas seguindo até o caminho de casa sem se importar com as coisas ao seu redor.
Por entre os dedos da mão esquerda, encontrava-se um pedaço de papel levemente amassado, sendo segurado sem o menor cuidado aparente. Uma mancha vermelha tomava conta de quase toda sua superfície. Mesmo naquelas condições a palavra "negado" poderia ser lida com certa facilidade.
Procurava tentar controlar as lágrimas que constantemente se formavam em seus olhos. Vez ou outra uma acabava escapando e escorrendo de forma lenta por seu rosto, pingando assim que chegava à linha de seu queixo misturando-se as gotas de chuva que molhavam suas roupas.
Finalmente chegou, abrindo o portão de metal gradeado sem se preocupar em tranca-lo. Foi para a lateral da casa, onde um estreito corredor a levava para os fundos do lote. Mexendo na pequena bolsa preta ao lado do corpo tirou um pequeno molho de chaves. Estava com a mão trêmula e acabou errando algumas vezes a fechadura.
Bastou ouvir o barulho do trinco se abrindo ao encaixar a chave para entrar de forma rápida, a retirando da porta. Bateu a mesma com força fazendo o som metálico ecoar um pouco pela casa vazia. Usou a tranca interna para fecha-la. Virou-se jogando o corpo contra ela e permitindo que ele escorregasse um pouco.
Olhou novamente para o papel em sua mão e com toda a raiva, força e vontade que possuía naquele momento terminou de amassa-lo o transformando em uma bola e o arremessando longe, perdendo-o de vista dentro da casa apenas escutando leves quicadas. Amolecendo completamente o corpo, terminou de escorrer pela porta até acertar o chão de uma forma um pouco brusca.
Dobrou as pernas abraçando os joelhos e permitindo qualquer lágrima que se formasse em seus olhos escorresse de forma livre. Não se preocupou em ser ouvida em meio às lamurias. Não era como se realmente houvesse alguém para lhe ouvir. Acabou perdendo a noção das coisas ao seu redor.
Quando pareceu finalmente voltar a si, agora mais calma, percebeu estar jogada contra o chão. Havia chorado tanto para chegar aquele ponto? Seus olhos estavam doloridos e pesados, era difícil mantê-los abertos. O ambiente estava distintamente mais escuro do que se lembrava. Foi quando percebeu o que havia lhe despertado, um spam de mensagens que chegava em seu celular o fazendo apitar incessantemente aquele toque de assobio.
Ao pegar o aparelho dentro da bolsa, com um pouco de dificuldade, não fez questão de levantar-se ao desbloquear sua tela. O fraco brilho foi o suficiente para cega-la momentaneamente e fazer arder ainda mais seus olhos. Procurando se acostumar com a claridade abriu o aplicativo de conversas e viu serem todas mensagens de Alya.
Claro que sua melhor amiga estaria preocupada, havia prometido notícias assim que chegasse em casa. Não saberia dizer quanto tempo havia se passado, claramente tempo o suficiente para fazer a morena se preocupar. Não demorou em mandar a primeira resposta.
[Eu]
Desculpe, acabei perdendo a hora
Fui negada como sempre[Ally]
Não me assuste assim!
E não se preocupe garota
Vc vai conseguir algo
Nem que eu morra tentando
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A Maldição da Mansão Agreste [Concluído]
FanficDesempregada e com uma ordem de despejo sobre a mesa, o único lugar que aceita contratar Marinette é a famigerada Mansão Agreste. Cercada por lendas e superstições, a garota não se vê intimidada por isso devido ao seu ceticismo, mudando-se para a re...