A porta que dava acesso à cozinha no salão principal foi aberta e Adrien logo se deliciou com o riso animado de Marinette enquanto ela conversava com Duusu. Ambas estavam sentadas na bancada ao centro do cômodo e a copeira também apresentava um enorme sorriso.
— Espero não estar interrompendo nada — comentou ao se aproximar.
A menina negou, ainda mantendo o sorriso enquanto Marinette pareceu se surpreender com a presença dele. Aquilo soava familiar e sentia que já haviam passado por algo do tipo antes.
— Então, qual o motivo de tanta graça? — debruçou-se sobre a bancada, sem puxar uma cadeira.
— Duusu estava me contando alguma das coisas que você aprontava quando mais novo. Deve ter dado alguns fios brancos pra Tikki e Plagg — soltou uma pequena gargalhada — Se é que isso é possível.
— Não é — estranhava, olhando a copeira um pouco de canto com as orelhas inclinadas — Como ela disse tudo isso?
— Desde que eu voltei eu tenho ensinado linguagem de sinais pra ela. Eu tive aulas no ensino médio e ainda lembro de algumas coisas, apesar da maioria ser gestos que inventamos. Não é como se ela fosse conversar com alguém fora da casa — deu de ombros.
— Nossa, isso é incrível.
— Incrível é nenhum de vocês não ter pensado em algo assim antes — pegou um macarron do prato sobre a bancada e deu uma leve mordida.
— Não me culpe, Bugaboo — virou-se para a menina e começou a acariciar seus cabelos — Imagino o que você andou contando pra ela.
A resposta foi um sorriso travesso sem mostrar os dentes, com os olhos fechados apreciando o carinho que lhe era feito.
— Nada constrangedor — garantiu Marinette terminando seu doce — Apesar que a história do banho foi hilária...
— Que história do banho? — ergueu a sobrancelha curioso.
— Tikki havia acabado de te dar banho e você correu pro quintal brincar em poças de lama com Pollen.
Ela não controlou sua risada por imediatamente se lembrar de vídeos que encontrou na internet de cachorrinhos, em sua maioria perfeitamente brancos, sendo encontrados em poças de lama, parecendo um doce molhado em calda de chocolate e conseguia montar uma imagem em sua cabeça de Adrien na mesma situação.
Ele, por outro lado, encarava Duusu de forma duvidosa, se perguntando como ela tomou conhecimento daquilo visto que Pollen não teria como contar e Tikki dificilmente aparece na cozinha.
— Só tem uma coisa que eu ainda não entendi — a voz dela chamou a atenção de Adrien, o fazendo interromper o carinho — Mesmo ela falando, ainda não sei o que ela é.
— Ela falando? — ainda era estranho para ele ouvir aquele tipo de coisa, virando-se novamente para Duusu, a viu assentindo e gesticulando de forma lenta alguma coisa — Eu não faço a menor ideia do que isso possa ser — voltou a encarar Marinette — Mas ela é uma Mandrágora.
— Sim, isso eu entendi, mas o que seria isso? Uma fada? — gesticulava bastante — Pequena, fofinha... Faz sentido, não faz? Quer dizer, fadas existem, né?
— A do dente não — sua expressão era de confusão, aquela teoria não fazia sentido na cabeça dele.
— Então o que seria?
Adrien franziu o cenho, parecendo não acreditar que ela realmente estava perguntando aquilo, o quanto humanos não entendiam sobre "seu mundo" para não saber o que era uma mandrágora.
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A Maldição da Mansão Agreste [Concluído]
أدب الهواةDesempregada e com uma ordem de despejo sobre a mesa, o único lugar que aceita contratar Marinette é a famigerada Mansão Agreste. Cercada por lendas e superstições, a garota não se vê intimidada por isso devido ao seu ceticismo, mudando-se para a re...