Extra 01: Epílogo Original

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O sol já não alcançava mais a parte de trás da casa, tendo o céu tingido por tons roxos e azuis com as estrelas começando a se destacar na abóboda celeste. A lua cheia também se erguia de forma lenta e bela, parecendo meio naquele início de noite.

O vento batia contra seu rosto, gelando um pouco sua pele e empurrando seus cabelos negros para trás, levando seu cheiro para longe. A vegetação acompanhando seu ritmo, balançando como em uma dança e ocultando seu predador.

Os passos eram dados de forma lenta e cautelosa, o corpo abaixado ao se mover, as orelhas ligeiramente caídas para que suas pontas não se destacassem. Outro passo dado com sucesso. O focinho se agitando com o cheiro ficando cada vez mais forte, os lábios separados mostrando as longas presas.

Ela pegou uma mecha de seu cabelo curto, mal passando dos ombros, e tentou ajeitá-la atrás da orelha para que não lhe atrapalhasse quando o vento se intensificou e mudou um pouco de direção, deixando o pescoço exposto.

Outro passo foi dado. As narinas se abrindo, absorvendo o perfume que agora era jogado contra si. Ao dar o segundo passo, suas garras acertaram um pequeno galho que se quebrou com o peso de seu corpo fazendo suas orelhas se erguerem com o susto.

Ela se virou para trás, procurando saber de onde o barulho vinha e seus olhares se encontraram quase de imediato. As batidas de seu coração se aceleraram vendo a criatura entre a grama alta.

Ele não a deixaria fugir. Usou as patas traseiras para se impulsionar contra ela, em uma investida rápida, a fazendo gritar de susto. Ambos os corpos foram de encontro ao chão. O pescoço dela era o alvo.

Por um tempo, risadas adornavam o quintal.

Ela tentava, mas era difícil tirar o lobo de cima de seu corpo. A gargalhada constante não lhe permitia falar nada com coerência. Seu rosto e pescoço sendo atacados com diversos beijos, com os pelos ocasionalmente provocando cócegas.

Encolhia-se em um gesto instintivo, o estômago doendo de tanto rir, o ar lhe faltando. Lágrimas escorriam pelas pálpebras fechadas. A voz falhando um pouco e uma pequena tosse sendo provocada. Finalmente foi liberta.

Adrien ergueu o corpo, ainda permanecendo sobre ela, as mãos se apoiando na grama fofa e a cauda abanando de forma frenética sem esconder a felicidade que sentia. Um sorriso bobo se mantinha em seu rosto.

Demorou um pouco até se acalmar, limpando os olhos de forma discreta com o indicador antes de abri-los e revelar um lindo brilho verde proporcionado pela luz natural da noite.

— Papai! — gritou, um largo sorriso adornando seus lábios.

🌕 🏠 🌕

Pequeno, rápido e final aberto pra deixar o povo se mordendo de raiva, como todo epílogo normal tem xD

Esse epílogo seria uma referência a maneira que o Adrien ataca a Marinette na lua cheia, porém no manuscrito eu não me atentei ao fato de, por eles estarem no hemisfério norte, a lua se comporta de forma diferente, sendo atípico ela nascer no final da tarde como estamos acostumados.

Sobre uma possível continuação...

Eu comecei a escrever essa história já querendo que ela fosse um livro único. Confesso que me ocorreu algumas ideias pra continuações, como um drama adolescente/sobrenatural onde teria aquele mistério sobre a filha deles ter ou não os genes do pai.

Outra ideia seria um descendente distante que tem sonhos constantes com a mansão desde criança e mais tarde se descobre que os genes pularam várias gerações até se manifestarem.

Mas meio que morre ai...

A Maldição da Mansão Agreste [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora