BONUS
Narrado pelo Anselmo
Fiquei estático sem saber o que fazer, quando vi o Dimas em minha frente. Depois de tantos dias, fiquei tão surpreso que nem o convidei para entrar. Foi quando ouvi a voz de minha mãe fazendo isto.
— Entra, Dimas. Fica à vontade. Filho, enquanto você se aprontava, o jantar e o bolo de seu aniversário chegaram. Estão no balcão da cozinha. Tem refrigerante e suco na geladeira. Estou saindo, vou à casa de sua tia Eulália, vou dormir lá e só chego amanhã à tardinha. Desejo um excelente jantar para vocês.
Falando isso, ela pegou a chave de seu carro, me abraçou e desejou felicidades novamente, piscou o olho maliciosamente para mim e disse "Divirtam-se". Saiu, fechou a porta à chave e ficamos lá os dois, um olhando para o outro. Até que ele rompeu o silêncio.
— Senti tantas saudades suas, Anselmo. Tantas...
— Eu também, pensei que tinha esquecido de mim... – Meus olhos encheram d'água.
— Nem por um minuto. Mas é bem melhor ver você agora, maior de idade, sem vínculos de estudante com a escola onde trabalho. Lembra o dia que você quis me beijar?
— Como poderia esquecer? Foi tão frustrante...
— Não só para você, tenha certeza. Fiquei transtornado por ter evitado nosso beijo, pois era tudo que eu mais queria. Tantas vezes eu quis te beijar, antes mesmo daquele dia... Só que eu não podia. Mas estou aqui com a esperança que você queira tentar de novo – Falou ele com olhar malicioso.
Nem pensei duas vezes. Tirei o ramalhete e o presente de suas mãos, colocando em cima do sofá. Isto e o jantar podiam esperar. Fui chegando perto dele e sentindo seu cheiro. Enlacei meus braços em seu ombro e senti os seus rodearem minha cintura. Que coisa boa era abraçá-lo assim, sem limitações! Eu não acreditava ainda no que estava acontecendo. Meus toques começaram tímidos. Abracei e fui estreitando este abraço, até estar todo colado nele. Passando as mãos por seus cabelos, cheirando seu pescoço, fui cheirando seu rosto e deixando um rastro de beijos por ele. Dimas permanecia entregue, apenas acariciando minha cintura, e deixando para mim o controle da situação, acho que ele fazia isto em respeito à minha inexperiência e pelo fato de desejar que eu desfrutasse das sensações que estava desejando no momento. Ele permaneceu assim até que encostei meus lábios nos seus. Neste momento ele começou a participar. Deslizou sua língua por meu lábio inferior, o que fez com que eu abrisse a boca, permitindo-lhe o acesso. Tão bom sentir seu gosto, sua saliva, nossas línguas roçando uma na outra era incrível, nem em todos os meus sonhos eu poderia imaginar que fosse tão delicioso e enlouquecedor assim, chegava a sentir as pernas bambas.
Eu queria ir devagar, para aproveitar todas estas sensações desconhecidas, mas que estavam me levando à loucura. Queria deitar e ficar mais à vontade, por isto saí puxando o Dimas para meu quarto. Minha cama king size iria, enfim, abrigar duas pessoas.
Entrei na frente e senti que ele me abraçava pelas costas e cheirava meu pescoço. Movi a cabeça para o lado, facilitando assim seu acesso. Sentir seu pau colado em minha bunda estava me tirando a sanidade. Eu me esfregava nele sem nenhum pudor e estava me sentindo cada vez mais quente. Ele passou as mãos por baixo de minha camisa e começou a alisar meu abdômen, subindo para o peito. Foi nesta hora que levantei os braços para que ele a retirasse. Depois virei para ele e comecei a desabotoar a sua camisa. Sentir a pele da pessoa por quem se está apaixonado é gostoso demais. Neste momento nem pensava mais em nada, sentir era o verbo da vez. Desabotoei a calça dele e ele fez o mesmo com minha bermuda. Quando estávamos apenas de cueca, deitamos na cama. Começaram ali os afagos, abraços, beijos, lambidas.
— Te amo, Anselmo. – Ele dizia no meu ouvido – Eu me apaixonei por você assim que te conheci.
— Também te amo. Só demorei um pouco mais que você a perceber...
Paramos de falar e ele passou a me cobrir de carinhos. Eu o abracei e beijei sua boca novamente. Estávamos deitados de lado e passei a perna por cima de seu quadril, roçando nossas ereções uma na outra enquanto sentia suas mãos passeando em minhas costas, bunda e coxas, entrando em minha cueca na volta e alisando minha bunda nua. Eu não conseguia mais articular uma palavra, só conseguia gemer. Afastei-me um pouco dele e acariciei seu pau, também por dentro da cueca. Levantei um pouco e retirei a cueca dele e em seguida a minha, enquanto ele me observava. Nada mais de pano entre nós. Ele me pediu sua calça e pegou nela um pacote de camisinhas e uma embalagem de lubrificante, para já deixar à mão.
— Já tinha tudo planejado, não é? – perguntei.
— Claro. Do dia da sua maioridade não podia passar, não é? Acabaram-se os impedimentos. Você é tão lindo, meu menino. Vem cá...
Pele com pele... Calor... Desejo exacerbado...
Ele foi beijando todo o meu corpo, provocando sensações únicas. Fazer amor com amor é delicioso. Foi me relaxando e me preparando para que eu não sentisse muita dor, beijando minha bunda e lambendo minha entrada, deitamos de lado, eu de costas para ele, que pôs uma camisinha, passou lubrificante nele e em mim, posicionou seu pau em minha entrada e começou a me penetrar. Senti um tremendo desconforto no início, mas ele foi com calma, sentindo quando podia continuar, esperando que eu me acostumasse com aquela sensação nova, daqui a pouco estávamos perfeitamente encaixados. Quando estava confortável, pedi para que ele começasse a se mover. Estava muito bom, ele estava colado em minhas costas, beijando meu pescoço, passando as mãos em meu corpo, me masturbando... Os movimentos foram ficando mais frenéticos, eu gozei primeiro e ele logo em seguida, enlouquecido com minhas contrações.
Aguardamos a respiração voltar ao normal, tomamos banho juntos e fomos comer. Ele começou a me contar como tinha combinado com minha mãe, como ela tinha facilmente percebido os sentimentos que um tinha pelo outro, do quanto ela tinha pedido para que ele não me fizesse sofrer. Disse que os dias de espera por minha maioridade foram muito difíceis, e que rejeitar meu beijo tinha exigido dele um tremendo esforço.
Após o jantar, coloquei minhas flores em um vaso, abri meus presentes, adorei todos, principalmente o par de alianças prateadas feitas sob medida, que formalizavam nosso namoro. Foram muitas mudanças, muitos sentimentos diferentes, muito esforço recompensado. Amadureci muito neste curto período, mas com amor, apoio e responsabilidade tudo entra nos eixos. Acho que meu pai, de onde estiver, está comemorando minhas conquistas e feliz só por me ver feliz também.
Conto escrito FlviaBorba2
Flavia muito obrigada por participar de mais projeto da WattGang.
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Short StoryQue tal encontrar em um único livro todos os seus autores favoritos? Que tal conhecer a cada semana o trabalho de um escritor até então desconhecido para você? Se você curtiu as ideias acima, então aqui é o seu lugar. Entre sem bater à porta, sente...