Era uma vez...

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Final

Seu comando não é contestado e o batizado por Taranis, Rogan é atingido, porém não abatido de início. Urra com dor de ter suas asas cravejadas por flechas de ferro, bronze e prata cujas pontas eram mergulhadas num tambor veneno extraído de ervas, aprontado para ataques contra humanos. Os ferimentos tiram sua estabilidade para voar fazendo com que ele se impulsione com dificuldade para erguer-se um mínimo.

Maery e seus soldados o perseguem deixando todos muito perto de Rogan, que ruge na forma de um grasnar ensurdecedor e recua frente aquelas pessoas que parecem capazes de matá-lo. Mas ainda soberbo, ele despreza e menospreza o homem, porém ri-se quando percebe que quem tenta matá-lo é uma mulher.

Sem medo ela retesa o arco, a flecha pesada lhe cansa, sua bolsa rebenta, sangue e fluídos descem por suas pernas sob o vestido, ela não recua. O monstro lentamente, estremecendo o chão, caminha na direção da mulher. Foi realmente soberbo, ela foi destemida e sem titubear, dispara de seu arco, a flecha grossa de prata, que pertenceu ao próprio Pai de todos, cuja ponta envenenada perfura o mesmo local já ferido por Tarso numa era distante. O veneno se espalha, ele sofre e se enfurece. Ela espera ser morta, devorada, mas seus soldados também atacam o monstro. Cheios de coragem nova, eles protegem sua alteza enquanto atacam o dragão.

Sofrimento e agonia pelo ataque, inesperado para Rogan, são vistos em seus próprio olhos da cor do âmbar. Os eventos que sucedem tem um desfecho triste, pois Rogan finalmente usa sua defesa mortal contra seu algoz e sua primeira investida com fogo, uma bola de chamas com intenção de matar a mulher, não é forte o suficiente para alcançá-la e com isso, muitos homens morrem cozidos.

O veneno age lento e eficaz tornando inúteis suas asas e ardendo em seu ferimento perto do coração, que o irrita a ponto de fazê-lo cuspir fogo em volta, amedrontando os soldados que não param de atacá-lo até que finalmente Rogan avance sobre eles e capture Aegnor, capitão e primo de Aeron, sacudindo-o o atirando com força contra as pedras próximas ao rio, quebrando todos os ossos de seu corpo. Quando Rogan se volta para a mulher grávida, Maery usa outra de suas flechas de ponta de prata, conseguindo acertar a língua do animal que preparava-se para cuspir nova labareda mortal e finalmente, ele é abatido pelas rochas catapultadas em sua direção. Em seguida, machados o destrincharam e o único dragão se torna apenas uma lenda recontada em infindáveis livros em eras posteriores.

- Não há tempo para luto, o maldito dragão destruiu nossas muralhas e estamos desprotegidos, junte mais soldados, envie mensagem ao sul, Morten, Tarso em Arian, e que meu marido retorne logo... - Maery tem uma forte contração e procura disfarçar, colocando a mão abaixo do ventre.

Sozinha instrui os homens e caminha na direção de seu cavalo, mas o animal se recusa a obedecê-la e fica dando voltas como se brincasse com sua mestra. No horizonte, Aeron e seu exército despontam.

No primeiro brilho da Lua, o futuro rei de prata, Aidan Gall nasceu pelas mãos de seu pai.

A muralha é reconstruída, anos são gastos, pedras são usadas, escamas enfeitam e ajudam na proteção, casas são reerguidas, famílias novas são formadas e Bran acha justo, que sua prima seja honrada quando a nomeia Regente no norte.

- Está me oferecendo a coroa de sua mãe?

- A coroa de Maeve, a primeira mulher de prata. Sua coroa agora. Somos uma única família, Maery, um único reino, mas tem autoridade sobre esse povo, seu povo do norte. - Durante a coroação, o povo atento ouvia as palavras do rei Bran, o polêmico rei que nunca se casou e nem teve herdeiros, por motivos (para eles) desconhecidos.

"Em nome de Maery, eu dignifico todas as mulheres e decreto que jamais seja revogado esse artigo da Lei."

Então, finalmente, como em qualquer conto épico houve paz e aquela tranquilidade palaciana quase enfadonha...

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