Um conto de Isabela Gonçalves IsaingukCansado de percorrer cidades e mais cidades em busca de novas histórias para fazer suas canções, Falanyel conhecido pelo título de O Encantador, era um meio elfo, jovem de cento e vinte anos que carregava consigo sua fiel amiga Noturnia, uma coruja-das-torres e seu inseparável alaúde, herança de seus pais. Ele decide pernoitar em uma cidade grande chamada Novigrad, e desta vez fazer algo diferente, ele sempre cantou histórias de lutas, conquistas e de terras distantes que passou, agora ele queria andar em busca de uma linda e doce história de amor.
- Boa noite forasteiro. – Uma corpulenta orquisa aprece exibindo suas garras em um belo sorriso. – O que eu posso te servi?
- Boa noite, eu gostaria de pão e frutas secas e para beber um bom Hidromel. – Ele olha para os lados e vê uma escada. – Ainda possui vagas para se pernoitar?
- Só temos poucas camas sobrando em um quarto em comum, terá que dividir com mais viajantes. – A garçonete responde com seu ar paquerador.
- Pode ser, ficarei com uma dessas camas. Essa festa costuma durar a noite toda? – Falanyel pergunta também usando seu charme, a garçonete assente e gira a cabeça para olhar para uma mesa que a chamava. – Obrigado, é só isso.
Falanyel fica ouvindo a canção alegre do lugar, envolvido com a dança e brigas na mesa de uns anões que teimavam em dizer que alguém os roubava sempre que perdiam no jogo. Ele estava se divertindo muito, vivendo aquele momento e não só buscando histórias para cantar. Até que depois de se alimentar e beber todo seu hidromel, ele se aventurou a dançar e paquerar uma elfa e uma humana que encontrou por lá. Mas não obteve muito sucesso, quase que apanhou de um cara gigante que veio buscar de volta sua pequena, mas com muita lábia e carisma, se livrou do problema que quase se causou.
Cansado foi para o quarto e ao lado de sua cama tinha um homem que lia uns pergaminhos. Ele os esconde assim que Falanyel entra, mas mesmo assim passa de cabeça baixa, direto para sua cama e lá decide escrever um pouco do que viveu, mesmo não estando em busca de canções, uma boa história de uma quase briga por um rabo de saia poderia valer algo, em algum lugar.- De onde você vem? – A voz de trovão daquele humano faz Falanyel acordar de seus devaneios e o encarar. – Perguntei de onde veio. – Ele repete, mas dessa vez com um sorriso que faz o bardo quase perder o ar.
- Eu venho de Oxenfurt. – Ele observa o semblante amistoso do humano, reconhecendo ter tido uma primeira impressão talvez errada. – E você?
- Venho de Poleiro do Corvo, estava andando com um grupo em busca de um barão. Mas acabei por me perder deles e acordei aqui, sem saber como e porquê. – Ele encara o Bardo que o olhava atentamente. – Você conhece bem as redondezas?
- Pode se dizer que sim. – O bardo sorri. – Cresci andando por essas bandas, mas nunca fui para Poleiro, dizem que não é um lugar muito bom de se viver. – O Guerreiro assente. – Mas o que quer saber sobre as redondezas?
- Quanto me cobraria para ser meu guia? Preciso andar pelos vilarejos próximos e descobrir onde estão meus soldados. – O Homem que nem havia se apresentado faz Falanyel ficar pensativo. – A propósito, me chamo Brenn, Brenn o Bravo e você? – Falanyel o olha com surpresa, parecia que ele lia pensamentos.
- Falanyel, mas não sei se posso te ajudar, estou aqui para uma missão, preciso descobrir mais sobre o amor, para escrever músicas sobre ele. – Brenn solta uma gargalhada que ofende Falanyel e notando isso o Humano se levanta e vai até a ele.
- Mil perdões. É que é estranho alguém de tão boa aparência e vindo de um lugar tão rico, não ter nenhuma pretendente, nem que seja para unir fortunas. Muito menos saiba tão pouco de amor a ponto de precisar ir a lugares como esse.
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Contos Wattpadianos
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