Parte Final
Herdeiro
Depois de vários meses, com os dois andando para cima e para baixo daquela mansão, Thomas estava irritado, porque não conseguia pensar em nada para separar aqueles dois que cada dia estavam mais próximos, mas o que ele não sabia, que a linda amizade dos dois tinha se transformado em algo a mais.
Longe dos olhos dos criados e da família, os dois ficavam de mãos dadas, trocando caricias e claro, aproveitando o máximo dos lábios um do outro. Era a coisa, mais maravilhosa do mundo.
Gustavo então convidou Dennis para a sua casa, já que o menino não saia daquela mansão, se não fosse para o colégio e aulas particulares. Os dois deram um jeito de despistar o segurança no jardim e passando, escondidos pela vegetação ao lado da casa, os dois conseguiram sair. Enquanto o segurança, tentava encontra-los no enorme jardim.
Gustavo abriu a porta e pediu para que ele entrasse. Dennis nunca havia ido em uma casa, digamos que, comum. Ele olhava em cada canto, observando toda a decoração.
-Confesso que é diferente do que eu imaginava. -Disse ele olhando os quadros na parede.
-O que, só porque minha mãe é empregada da sua família, você pensou que a minha casa fosse de papelão?
-Não, não é isso. -Ele olhou para Gustavo que estava rindo da cara dele. -Você é muito idiota.
-Vem, que eu quero te mostrar uma coisa. -Disse Gustavo, pegando em suas mãos e o puxando para a escada, indo para o próximo andar.
Dennis adorava sentir o toque da pele de Gustavo em contato com a sua, ele se sentia tão feliz, tão amado, tão cheio de carinho.
Chegando no centro do corredor, puxou um cordão que ficava no teto e ai puxou, fazendo uma escada aparecer e eles irem para o sótão.
Gustavo foi o primeiro a subir, acendeu as luzes e por incrível que parecesse, assim que Dennis entrou, percebeu o local limpo e organizado, apenas com várias caixas e algumas mobílias guardadas ali em cima.
-Era isso que você queria me mostra? -Perguntou ele. -Um monte de caixas e moveis velhos?
-Claro que não. -Gustavo riu e o puxou para perto dele, levando até a janela.
De frente para ela, estava um telescópio, um dos mais simples, parado em frente à janela, mirando para o alto. Gustavo parecia ansioso e animado ao mesmo tempo, pediu para que Dennis olhasse pelo objeto.
-O que você consegue ver? -Perguntou ele.
-Hummm, to vendo algumas estrelas, mas nada demais.
-Continua vendo. -Respondeu ele, quase que saltitando do lado de Dennis.
-Eu não sei o que você quer que eu veja, mas isso aqui... -Ele ficou em silencio, observando pela lente do objeto, várias estrelas cadentes. -Isso... São estrelas cadentes?
Gustavo ficou sorridente, confiante. Pegou nas mãos de Dennis e todo animado, ele o olhou nos olhos, respirando fundo e quase começando a tremer, ele começou a soltar palavras que saiam da sua boca.
-Eu sinto algo tão grandioso quando eu estou ao seu lado, que quando não estou sinto falta, você me faz tão bem, tão feliz, me faz sentir amado, como nunca senti antes. E é por isso Dennis Graddy, que hoje, sob essas estrelas, meu pedido é em ser o seu namorado. -Ele estava tão nervoso que o que ele havia pensado durante a semana toda, havia sumido e agora, eram apenas palavras sinceras.
Dennis ficou calado, observando bem fundo dos olhos de Gustavo, ele via o quanto ele falava com sinceridade, mas ele não deixou de pensar nas consequências que começavam a invadir a sua mente e sem querer ele soltou as mãos de Gustavo, deixando a entender que ele estava recusando o seu amor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contos Wattpadianos
Short StoryQue tal encontrar em um único livro todos os seus autores favoritos? Que tal conhecer a cada semana o trabalho de um escritor até então desconhecido para você? Se você curtiu as ideias acima, então aqui é o seu lugar. Entre sem bater à porta, sente...