Story Of Another Us [2] ★ 5SOS portuguese

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S A R A H

Saem oa seis e ficamos ambos no silêncio. Petunia, a nossa cadela, fica deitada no sofá, a olhar para tudo. Felizmente, parece que percebeu e fugiu para a cozinha. Luke mantém-se encostado ao corrimão das escadas para o andar de cima.

- Não vais dizer nada? - Luke questiona.

- Desculpa? - olho-o. - Eu só não te mandei embora porque este apartamento é teu!

- O que disseste na pizzaria era verdade? - cruza os braços. - Tu odeias-me?

- Achas mesmo isso? - sussurro quase inaudível. - Eu acho que tu é que me odeias, para me fazeres coisas destas.

- Tu sabes que não te odeio. - manda a cabeça para trás.

- Tu ias bater no Michael! No meu irmão! - exalto-me.

- Ele é que se vinha a mim, não me posso defender?! - grita. - Ele não tinha nada de se meter! Nenhum deles tinha! O assunto é entre nós dois!

- Não percebes?! Tu estás a agir como uma autêntica criança. Não podes mandar em mim, porque eu não deixo. E aquele tal de "bacano" é meu amigo. Não posso ter mais amigos do que vocês? Desculpa-me então se não gostas que tenha amigos, mas não vou poder fazer nada quanto a isso.

- Então vais continuar a sair com aquele otário?

- Para de lhe chamar isso! - aproximo-me. - Não quero que o menciones mais nenhum vez. - vocifero. - No dia que eu sair por aquela porta, juro que não volto, Luke. Estou a falar muito a sério. Pensas que podes fazer a merda que quiseres e eu vou te perdoar porque te amo, mas já não é assim. Eu estou farta desta confusão toda, percebes? Então, se me amas assim tanto como dizes, vais parar de agir como um cabrão.

Luke levanta a mão para puxar o cabelo para trás, mas eu dou um passo para trás, assustando-me com o seu movimento.

- Achaste que te ia bater? - os seus olhos, completamente encharcados, miram-me intensamente, injetados de sangue. Como é que ele me consegue pôr a pensar que a má da história sou eu? - Achaste que eu te ia bater? - repete, quase silencioso.

- Ahm, não. - minto.

- Tu achavas. - a sua respiração torna-se pesada.

- Era de esperar. - respiro fundo. - Andas todo agressivo e quase bateste no meu irmão.

- Agora isso vai ser a resposta para tudo, é? - revira os olhos.

- Céus, Luke! Estás a tornar-te no teu pai! - grito impulsivamente. - Oh, não. Desculpa, desculpa, desculpa. Não queria dizer isso.

Eu sei o quanto o afeta falar do pai, ainda por cima igualarem-no a ele. Odeia imenso, nem acredito que disse isto. Eu sei o mal que fez e não o devia ter mencionado.