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S A R A H

Eu nem sei o que pensar. Submeti-me mesmo a isso? Se eles tivessem dito mais alguma coisa ter-me-ia passado por completo. Porque raio é que deixei isto acontecer?! Não me impus, nem nada.

Quando dou por mim as lágrimas estão a escorrer. Olho fixamente pela janela do carro, mas Luke repara. Fiquei tão assustada, como é que posso me assustar com o meu próprio namorado?

- Estás a chorar?

- Não, está a chover na minha cara. - limpo as lágrimas.

- Sarah. - suspira. - Eu peço des...

- Luke, pára! Não me apetece ouvir-te, de todo.

- Deixa-me só...

- Não! - bato no tablier do carro. - Pára o carro. - sussurro.

- Como?

- Pára o carro! - quase que não consigo dizer a frase.

- Sarah, eu...

- Pára a merda do carro! - volto a chorar.

Para o carro no meio da estrada, saio do mesmo. Luke chama-me várias vezes, mas ignoro. Estamos a dois minutos do edifício, mas não quero saber. Chego ao mesmo e entro em casa. Luke ainda se encontra a estacionar o carro.

Visto o pijama calmamente e trato de mim, ouço o porta a ser fechada algum tempo depois. Encontramo-nos enquanto o mesmo sobe as escadas e saio do nosso quarto.

- Estavas a demorar imenso, pensava que tinhas voltado para a discoteca para gritar com o Zack ou algo parecido.

- Ponderei dormir no carro. - esfrega os olhos, um pouco injectados de sangue. Esteve a chorar, é notável, merece-o.

- Eu vou dormir para o quarto de hóspedes. - informo.

- Sarah...

- Estavas à espera do quê? Que eu dormisse contigo? - rio-me. - Boa noite.

Entro no quarto de hóspedes e tranco-o. Sento-me na cama. Suspiro, passando as mãos pelo cabelo. A nossa relação estava a correr tão bem, anos juntos e ele passou a ser, de repente, um ciumento obsessivo compulsivo.

- Boa noite. - consigo ouvi-lo dizer.

. . .

Acordo desconfortável. Estava tão habituada a ter um bom encosto, um humano, mais precisamente. Odeio estar assim, mais valia ter ficado na Austrália. Teria o meu pai comigo e uma relação à distância completamente estável.

Levanto-me contrariada e vejo se o Luke está no quatro, não está. Procuro-o pela casa toda, deve ter saído. Ainda bem, não saberia o que dizer ou como agir.

Visto outra coisa e tomo o pequeno almoço sozinha. Toda a noite foi horrível e eu estou farta disto tudo. Tenho discutido imenso com o Luke e eu amo-o demais para tal. Todavia, também aprendi a ter amor próprio, e não me vou submeter a um sucedido destes.

Ouço a porta a ser destrancada, mas ignoro. Ouço os seus passos pela casa. Apetece ir até ele. Não é necessário, acaba de entrar na cozinha.

- Hey. - senta-se na mesa onde estou.

- Luke. - suspiro.

- Diz-me tudo o que quiseres, eu falo depois. - junta as mãos.

- Não tenho nada para te dizer. - prendo o cabelo atrás da orelha.

- Eu tenho. - põe-se de joelhos à minha frente. - Sarah, eu amo-te, muito mesmo. Porra, eu amo-te como nunca amei ninguém, durante toda a minha vida só te amei a ti. Desculpa-me por tudo, por ter gritado contigo ontem, desculpa-me, eu amo-te imenso.

- Parece que estás a pedir-me em casamento. - rio-me e obrigo-a levantar-se, levantando-me também.

- Sarah, perdoa-me, eu amo-te tanto, mas tanto. - quase que começa a chorar. - Eu assustei-te, sei que sim, não queria, sabes que não é a minha intenção. Céus, perdoa-me.

- Tu magoaste-me a sério. - olho para o chão.

- E não sabes o quão arrependido estou. - uma lágrima escorrega pela sua face. - Perdoa-me. Não me deixes, não vás embora.

Sorrio levemente.

- Tenho uma surpresa. - sai da cozinha. - Vem aqui ter!

Saio da cozinha um tanto reticente. Entro na sala e vejo Luke, de pé, a agarra num pequeno cãozinho branco e castanho. Ponho as mãos na boca.

- Gostas? - Luke aproxima-se de mim, mas recuo alguns passos. - Estás com medo? Compreendo teres medo de mim, mas de uma cadela? OK, foi muito cedo para piadas.

Rio-me.

- Tu ontem disseste que adoravas cães. - Luke sorri. - Adoras o South.

- Claro, não ia dizer que não gostava. - faz um gesto dramático com os braços. - E eu sou obrigada a gostar do Southy, é como o filho do meu irmão.

- Isso é estranho. - ri-se. - Mas olha, é um bebé. Dá-lhe um nome.

Aproximo-me e faço umas festas à cadela bastante reticente. Tem um olhar bastante doce e fofo, é impossível não se apaixonar ao olhar para tão ser tão pueril.

- Petunia. - olho para o Luke.

- A sério? Petunia? - olha para mim de sobrancelha levantada. - Não, eu gosto. Petunia. Sim, é bonito. É lindo.

Abraço Luke fortemente.

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Espero que estejam a gostar! <3
Luke is being a asshole
breath if u agree

lightmoony & fckthsnm ❤️

Story Of Another Us [2] ★ 5SOS portugueseOnde histórias criam vida. Descubra agora