Capítulo 1

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Eliot Rollins

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A minha vida é perfeita. Eu tenho tudo o que eu sempre sonhei e quis bem ao meu lado.

Observei Nora dormir e sorri feito um idiota. Os cabelos loiros que caíram em seu rosto logo foi afastado por mim que admirei a bela mulher ao meu lado.

Não havia duvida alguma de que eu era o homem mais feliz e mais sortudo do mundo. Nora foi o meu sonho no momento que me beijo na frente do seu quarto e fez todos os sentimentos que jamais senti brotarem no meu peito e fazer o meu coração bater mais rápido.

E no momento em que acordei e percebi a merda que fiz, deixei o pânico momentâneo de lado e admirei como fazia agora. E foi naquele momento em que me apaixonei por ela.

- Pare de me olhar assim. - pediu de olhos fechados e franzi a testa.

- Está acordada a muito tempo? - questiono ao alisar seu braço.

- O suficiente pra me sentir incomodada. - respondeu ao abrir os olhos - Agora me diga, como você consegue me olhar assim sem maquiagem e ainda ficar com essa cara de tacho? - rio de sua pergunta e me ajeito na cama e fito o teto.

- Você é linda até sem maquiagem. Sinceramente acho que você não precisa dela. 

Olho para ela que sorrir e vejo-a abrir a boca para me responder, porém o toque inoportuno do celular a interrompe. Ela geme e pega o telefone com muito desgosto.

- Alô. - diz tentando não soa mal humorada, mas é meio que impossível - Oi gatinha. - então o tom dela muda indicando-me que ela estava falando ou com Ava ou com Alison - Ok, tia Nora passa ai. - diz já se levantando da cama. Ela veste o roupão enquanto aprecio a visão do verdadeiro paraíso - Ok, te pego em vinte minutos. - e lá se vai minhas horas há mais na cama ou no chuveiro com ela - Eliot você pode fazer o café? - perguntou assim que desligou o celular.

- Claro amor. - digo já me livrando das cobertas. Ela me mostra o belo sorriso e sorrio de volta antes que ela dê as costas e vá para o banheiro.

Peguei minha boxe no chão e a vesti. Sai do quarto e bati na porta de Miguel que gritou do outro lado que já estava saindo.

Fui para cozinha e fiz o que mais sei fazer, colocar o pó na cafeteira e as torradas na torradeira. Esse era o meu menu especial e o mais servido também.

Miguel entrou na cozinha minutos depois. Estava arrumado e com a mochila nas costas. Sua cara de cansado mostrava que ele passou a noite acordado.

- Virou a noite estudando ou conversando com alguma garota? - questiono ao cruzar os braços.

Ele fechou a cara e se sentou no balcão.

- Antes fosse isso. Insônia. - respondeu frustrado - Então virei a noite vendo TV.

- Poderia ter estudado não? - pergunto de forma retórica - Assim o sono viria mais rápido.

- Que seja. - murmurou indo até a torradeira onde pegou uma das torradas.

Miguel estava mais mal humorado do que o normal. Passou a ficar assim a alguns meses, eu não sabia o que ele tinha e acho que nem Nora.

Peguei uma das torradas e comemos em silêncio. Nora apareceu minutos depois pronta para sair.

- Bom dia Miguel.

- Bom dia. - murmurou mal humorado.

Ela arqueou a sobrancelha e dei de ombros.

- Torrada e café de novo Eliot? - ela questionou cruzando os braços.

- Desculpa, mas é a única coisa que eu sei fazer.

Ela realmente revira os olhos e vai até a geladeira. Pega a garrafa de suco e dois ovos e começa a fazer o próprio café da manhã.

Eu até me sentiria ofendido por ela estar desdenhando do meu café, mas a entendi, fazia uns quatro dias que eu fazia a mesma coisa, incluindo a janta que era pizza. Pelo menos Miguel não reclama.

Miguel se levantou e colocou seu prato e seu copo na lava louças.

- Já vou.

- Espera, eu vou descer com você. Só vou escovar os dentes. - Nora avisou - Amor pode lavar isso para mim? - assinto e ela sai apressada da cozinha. Coloco seu prato e copo na lava louças junto ao meu e deixo a máquina fazer o seu trabalho.

Fui para o quarto e entrei no closet onde peguei um dos muitos ternos que tinha.

- Amor! Já estou saindo. - Nora gritou do quarto fazendo-me sair.

- Não se esqueça do meu beijo. - peço fazendo-a dar um pulo. Ela coloca a mão no peito e me lança um olhar feio.

- Que susto Eliot. - diz chateada.

- Desculpe amor. - ela revira os olhos e me dá um selinho - Tenha um bom dia e tente não pensar muito em mim.

- Isso vai ser difícil. - ela diz fazendo-me sorrir - Já que não se estressar com a Elisa e Danna é impossível. - faço uma careta e ela rir antes de me beijar novamente - Tchau amor, tenha um bom dia. - ela diz ao se afastar de mim.

Ela deixa o quarto e chama Miguel que em poucos segundos a segue. Observo-os sumir no corredor e sorrio todo bobo.

A minha vida é realmente perfeita.


Um Presente Chamado Mary ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora