Capitulo 17

186 9 3
                                    

P.O.V Christina

Não sei o que aconteceu, mas parece que dormir, Sonia deve ter me dado algum calmante, acordei 7 da manhã e desci desesperada gritando pela Demi. Sonia não estava, então decidi que eu iria procurar a minha menina, voltei para o quarto correndo, coloquei uma calça, tênis e peguei uma blusa de frio pra levar pra Demi e desci, peguei uma mochila e coloquei varias garrafas de agua e muita comida, vai que eu me perco também, ou acho a Demi e ela deve ta morrendo de fome, tadinha. Ao pensar isso corri e saí de fininho para que ninguém percebesse e adentrei na mata, que merda cara, a Demi deve está desesperada, morrendo de medo, coitada da minha menina, comecei a gritar o nome dela, e acabei pegando uma trilha que levava para perto do mar, do outro lado da ilha, longe pra caralho, eu estava a quase 2h caminhando e gritando a Demi e nada dela, eu já estava começando a pensar o pior, estava desorientada e desesperada que nem percebi um tronco a minha frente, tropecei e caí e ali achei a pulseira da Demi, ela usava uma pulseira cheia de pedrinhas coloridas e la estava o objeto sem a dona dele, ela deveria estar perto, me aproximei de uma rocha e rodeei a mesma, próximo a rocha havia uma árvore e lá estava ela, caída na areia, toda vermelhinha e completamente suja de areia, corri ate ela. 

-Demi... amor.. pelo amor de Deus.. -Me abaixei ao lado dela. - Amor, acorda por favor! 

O choro já estava presente, toquei o rosto dela e a minha pequena ardia em febre, limpei seu rostinho, ela estava tão vermelhinha por conta da febre e do sol que estava tomando, só Deus sabe de quantas horas ela está desacordada. 

Preciso tirar ela daqui. 

Chamei a Demi por um tempo, até que resolvi pegar uma das garrafas com agua e lavar o rosto dela pra tentar acordá-la e funcionou, ela foi reagindo, abriu os olhos, aqueles lindos olhos da cor de mel e me olhou fazendo bico, iniciando um choro baixo. Peguei ela no colo, ela rodeou meu pescoço com os braços, com muito esforço me levantei com ela nos meus braços, comecei a gritar por seu José, marido de Sonia que também estava infiltrado na mata a procura da Demi, quando por sorte estava achando a trilha da casa, eu o encontrei, ele pega a Demi no colo, e corremos com ela para dentro da casa, ele sobe com uma rapidez impressionante e a coloca na minha  cama. 

-Ela precisa de cuidados, urgente! - O mais velho fala. - vou chamar a Sonia pra te ajudar com ela, vai precisar de ajuda. - Assenti. 

-Obrigada. 

-Dê um anti térmico a ela.. - ele fala.

Sai correndo até o meu banheiro e peguei a caixa de primeiros socorros a procura de um dipirona ou algo que abaixasse a febre dela, achei o remédio e um termometro, coloquei nela pra saber exatamente qual a temperatura dela, alguns minutos depois o pequeno objeto apita, 39,5 de febre, olhei pra ela que dormia e tive que acordá-la pra tomar o remédio e dar um banho. Seu José, ja havia saído, peguei Demi no colo, mesmo com ela reclamando e a levei para o banheiro, liguei o chuveiro o mais morno e próximo do frio e a coloquei em baixo, minha pequena começa a chorar e meu coração se parte em pedaços ao vê-la assim, acabei o banho dela, peguei uma roupa bem leve e fresca e vesti nela, depois a coloquei novamente na cama, ela precisava descansar, Sonia apareceu com comida e um suco de laranja a obrigando comer, quando ela terminou, se deitou e dormiu. Desci e fui para sala, de 40 em 40 minutos ia no quarto ver se ela estava bem, se a febre ainda insistia, mas não, havia cessado, ela já dormia a algumas horas. Então fui pra cozinha conversar com a Sonia. 
-Sabe, Soninha.. eu estava pensando, a Demi tava desaparecia a horas, seu José não a encontrava e ninguém da porra da produção dessa merda de programa pensou em mandar uma ajuda, um resgate, ela poderia ter morrido, eu poderia ter perdido a Demi pra sempre, em troca de que? De uma merda de um dinheiro? Do que vale esse esforço todo? Valeu de que? Nada. Agora a Demi está lá em cima, doente. Sinceramente, não sei se vale isso tudo não. 

No Way Out - The ReallityOnde histórias criam vida. Descubra agora