Jessica P.O.V
Hoje começam as férias do Spring Breaker, o recesso escolar que dura duas semanas. Eu daria tudo para estar na Florida agora, a melhor festa durante esse pequeno tempo de férias acontece lá. Ano passado foi insano, e é exatamente por isso que meus pais me proibiram de voltar lá. Eu e a Duda, minha melhor amiga, nos metemos em uma encrenca danada, tudo se resumiu em nós duas sendo escoltadas pela polícia da Florida até aqui. Sem contar na muta de dez mil dólares que o meu pai pagou, ah, o carro que pegamos pra ir, um camaro branco, meu pai nunca mais o viu. Acho que ele deve estar preto agora, quero dizer, o resto que sobrou dele.
Mas hoje eu resolvi estra vazar de novo, em vez de ir aquelas típicas festas do Colegial Duda me convenceu a ir a Orgy Pub, é a boate mais “polêmica” de nova Iorque, e fica no Brooklyn. É certo que você não vai encontrar coisas boas lá. Quer saber, eu não me importo, eu só queria ser diferente por um dia.
Não é fácil ser a princesinha de Manhattan. Princesinha não, eu diria “Patricinha”. É como se todos os flashes estivessem voltados na minha direção. Eu posso ter todos os garotos que eu quero mesmo que a maioria deles me ache no mínimo, metida.
Metida.
É assim que eu sou conhecida pelas pessoas que estão abaixo do meu nível social, e financeiro, eu diria.
Eu sou o que toda garota quer ser, eu tenho o que toda garota quer ter, a minha vida é simplesmente perfeita.
Só tem um problema.
Eu cansei dela.
Ás vezes eu sinto que só quero algo diferente. Mais adrenalina. Mais perigo. Sair por ai sem ter hora pra voltar, não seguir regras, não precisar das coisas que você aprende nas aulas de etiqueta e se esquecer que tem aula de xadrez todas as quintas. Imagina só estar em um lugar onde você é como qualquer outro? Imagine só estar em um lugar onde você possa respirar sem se preocupar com pessoas te observando e esperando você cometer um erro o tempo todo? É uma das minhas fantasias.
E agora eu poderia realizar uma delas. Provavelmente alguém ou todo mundo ali sabia que nós não somos daquelas bandas, mas quem se importa? Eles não sabem exatamente quem somos. Ou sabem? O fato é que eu estava me divertindo, estava de boa conversando com meus amigos, ainda não tínhamos entrado na boate. Aliás a duda estava tendo uma crise de risos e isso por que ela só tomou dois goles de tequila.
- Ele disse que ia dar uma cagada cara, que espécie de pessoa diz isso pra uma garota? – ela levava as mãos até a barriga rindo – Eu avisei que ele era estranho.
- Isso que dá sair com nerds do segundo ano! – Victoria torceu o nariz, ela consegue ser mais metida do que todo mundo junto.
- Ei, com licença, me desculpe! – uma voz rouca e sexy sussurrou bem atrás de mim, senti uma mão segurar meu braço e quando me virei dei de cara com um par de olhos caramelados, acho que congelei todos os órgãos do meu corpo naquele momento. Ele tinha algumas pintinhas quase invisíveis que começavam em seu pescoço e se estendiam até pequenas partes do seu rosto, sua boca era rosada e carnuda, me fazia lembrar um coração. Seja lá quem for esse cara, ele é um gostoso.
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Gangster Love
FanfictionPS: Essa obra não é minha, eu apenas a reposto. Fanfic por: Adrielle Queiroz Felicio todos os direitos reservados á ela. "Frio como gelo. E mais amargo do que uma noite fria de dezembro. É assim que eu te tratei e eu sei que eu, eu às vezes tendo a...