Capítulo 38 - Go fuck yourself bitch

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Minhas pernas estavam jogadas em cima da mesa no centro da sala. Um jogo de hóquei do meu time preferido agitava a tarde de muitas pessoas em todo o mundo.

Menos a minha.

O cigarro entre os meus dois dedos me fazia inalar fumaça pelo nariz a cada tragada.

Eu estava com ódio de mim mesmo.

Tudo na minha vida tinha perdido o sentido a partir do momento que eu me permiti deixar levar por algum sentimento, por essa merda de amor. Que espécie de gangster se deixa tornar um babaca? Um apaixonado idiota?

O meu objetivo era ficar no lugar do Trevor, era me tornar o melhor Gangster do mundo inteiro e vingar tudo que ele tinha feito pro meu pai. Eu tinha tudo em mente, o meu foco sempre foi esse, porra eu passei dois anos planejando tudo com o Twist, por que eu deixei as coisas fugirem do controle dessa maneira?

Isso não é justo.

A vida não é justa.

E amar, isso é perca de tempo.

 Me diz, o que eu ganhei sendo bonzinho?

Porra nenhuma.

Eu estava cansado de fazer tanta merda na minha vida, estava cansado de ficar pensando em uma só pessoa, eu odiava a mim mesmo pelo que eu tinha feito com o meu futuro.

Por que ela tinha sito tão cruel?

Eu sentia como se aquelas palavras nunca fossem sair da minha cabeça.

Será que eu sou tão ruim assim?

Caralho eu sei que eu fiz muita merda, eu sei que eu passei dos limites diversas vezes mas eu nunca nem por um segundo pensei em me afastar dele, desde que eu a conheci tem sido apenas ela e isso é tão ridículo.

Eu me sinto um garotinho de dezesseis anos que não sabe lidar com mulher.

- Delicinha o que acha da gente brincar um pouquinho? – a voz melosa da Leleca me fez pressionar os olhos com força.

- Achei que já tinha voltado pro Canadá. – murmurei ainda tentando absorver a irritação sonora que ela havia ma causado.

- Não bebezinho, eu sabia que ia esquecer aquela vadia e nós poderíamos fazer como nos velhos tempos. – ela estava se aproximando de mim após encher duas taças de whisky.

- Sabe Leleca...

- Diz gatinho. – ela se sentou no meu colo colocando uma perna de cada lado, nem aqueles peitões saltando de seu sutiã conseguiam me animar, eu devia estar mesmo ruim.

Segurei seus dois cotovelos fazendo com que as taças tremessem.

Já que você não quer voltar pro Canadá o que acha de ir pro inferno? – dei um sorrisinho sarcástico e a empurrei pro chão vendo o líquido escorrer por seu corpo enquanto as taças se espatifavam no chão.

Isso sim é uma cena interessante.

- JUSTIN! – ela gritou enfurecida revirando os olhos.

- Foi mal, me desequilibrei. – o sorriso irônico ainda brincava em meus lábios, dei uma última tragada no cigarro e joguei o toco no cinzeiro.

- Por que é que você tá tão broxa ultimamente? – ela se apoiou no chão para ajudar a se levantar – Nossa, você tá virando um viadinho desde que ficou amarrado nessa garota!

- O que você disse?

- Eu disse...

- O que você disse? – repeti segurando seu braço com força e dando um aperto em sua bunda.

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