Um, dois, três, um, dois, três, beba
Um, dois, três, um, dois, três, beba
Um, dois, três, um, dois, três, beba
Bebo todas, até perder a conta.( Sia. Chandelier/ Lustre.)
Paro e vejo que estou em um bairro que eu não conheço. Olho em volta e vejo um bar.
Caminho até ele e entro vendo que chamei a atenção de algums homens no local. Me cento na cadeira e me apoio na bancada.
- O que vai querer gata? - Pergunta o barmem.
- A bebida mais forte por favor. - Digo. Ele assente e se afasta, um minuto depois ele volta e trás um copo com um líquido marron. - Obrigada.
- O que ouve ? - Ele pergunta enquanto eu tomo a bebida de uma vez e levanto uma sobrancelha. - Por quê está aqui? O motivo?
- Hah. - Rio sem graça e ele enche o copo novamente e eu começo a passar o dedo na borda do copo. - Estou sendo obrigada a fazer uma coisa que eu não quero.
- Por quê você não diz não?
- Porque eu estou na mão do meu pai. - Digo.
- Oque ele quer que você faça? - Pergunta enquanto eu acabo com a bebida e ele enche meu copo novamente.
- Ele quer que eu me case com uma pessoa que eu não conheço. - Digo e rio de nervosa. - Meu pai é um desgraçado.
- Nossa. Sinto muito. - Ele diz.
- Não sinta, isso não importa mesmo. - Rio.
- Como você se sente?
- Péssima, eu não queria me casar. Muito menos com um homem. - Rio sem graça.
- Você é lésbica?
- Até ontem? Eu achava que era. - Rio.
- Por quê achava?
- Ontem meu professor me beijou e hoje o meu futuro marido me beijou.
- E como se sentiu?
- Sei lá. O beijo do Erick é bom e viciante. - Digo e vejo ele levantar uma sobrancelha. - Erick é meu futuro marido.
- Entedi. - Ele ri sem graça.
- Deve ser ruim né? - Pergunto para ele. - Você fica aqui escutando os problemas de todos.
- Até que assim não me sinto sozinho. - Ele diz. - Posso te contar uma coisa? - Assinto. - Eu sou gay. Mas aqui tenho que fingir ao contrário. - Ele ri.
- Nossa, sei como é. Você gosta desse emprego? - Pergunto ao ter uma idéia em minha cabeça.
- Olha para isso. - Ele ri. - É claro que não. Por quê?
- Você gostaria de trabalhar para mim? - Pergunto e vejo um brilho em seus olhos.
- O que eu poderia fazer?
- Isso vamos ver com o tempo. - Rio maléfica. - Você mora sozinho?
- Sim.
- Você aceitaria a morar comigo? - Pergunto e vejo ele arregalar os olhos. - Você vai ser meu melhor amigo e vai me ajudar em muitas coisas. - Rio.
- Já estou gostando. - Ele diz se abanando. - Vou extravasar.
- Que tal dar Tchau para esse emprego agora? - Pergunto.
- Então me espera la na porta que já vou. - Ele diz e eu assinto.
Me levanto e vou em direção a saída e fico encostada na parede olhando para o céu.
- Não achei que te encontraria aqui. - A voz me chama a atenção e vejo que é Erick.
- Você me persegui até no inferno né? - Pergunto irônica.
- Por incrível que pareça eu não te persegui. - Ele diz se aproximando de mim.
- Nem chega perto. - Digo. - Já basta eu ter que me casar com um homem que eu não conheço.
- Mas você me conhece. - Ele diz colocando seu braço ao lado de meu pescoço me prendendo entre ele e a parede.
- Não. Eu não te conheço, eu só sei o seu nome é diferente. - Digo. - Você está perto de mais, poderia se afastar?
- Por que se afastar? A gente pode até ficar coladinho. - Ele diz aproximando sua boca do meu pescoço e deixando um beijo molhado.
Solto um suspiro e sinto minha intimidade formigar.
- Sai de perto de mim. - Digo colocando a mão em seu peitoral e tentando empurra-lo mas ao invés disso ele cola nosso corpo e se aproxima da minha boca ficando centimetro longe. - Por favor. - Sussuro e solto outro suspiro.
- Você realmente quer isso? - Pergunta. E eu assinto sentindo meu corpo dizer não. - Por quê seu corpo diz ao contrário?
- Porque ele não me obedece. - Sussuro com as pernas trêmulas.
Sua boca encosta na minha e automaticamente minha boca ce abre para recebelo em um beijo voraz. Sua mão vai para minha nuca e puxa meu cabelo me fazendo soltar um suspiro em meio ao beijo.
Nossos corpos colados um ao outro tentando se fundirem. Nossas linguas brincam com rapidez me deixando umida e de pernas banbas.
Nos separamos e eu fico de olhos fechados tentando recuperar o ar que para mim eu não sentia falta. Sinto sua testa se encostar na minha.
Abro os olhos e o vejo me observar.
- Por quê fez isso? - Sussuro.
- Eu sei que você gostou. - Ele diz e se afasta de mim e então percebo o que acontece.
- Nunca mais encoste em mim. - Digo. - Nem quando eu me casar com você isso acontecerá.
Ele me olha se divertindo com minha cara e eu viro olhando para a entrada do bar e vejo o meu futuro amiguinho.
- Vamos? - Ele pergunta e eu assinto me afastando e sendo seguida por ele. - Quem é aquele gato?
- Meu futuro marido. - Digo e ele me olha com os olhos arregalados. - O quê?
- Ele é um gato. - Ele diz abanando seu rosto.
- Pega para você então. - Rio. - Como se chama? - Pergunto lembrando que eu não sabia o seu nome.
- Eduardo. - Ele diz. - Mais pode me chamar de Duda.
- Legal Duda. - Rio por saber que seu apelido serve para masculino e para feminino também. - Sou a Flávia , mas pode me chamar de Lola.
- Prazer em te conhecer louca. - Ele diz enquanto andamos pela rua de Seattle. - Para onde vamos?
- Para casa dos meus pais. - Digo e ele me olha com uma sobrancelha levantada. - Você durmira comigo no meu quarto pode ficar tranquilo.
- É sério que você está levando um estranho para sua casa? - Ele pergunta grudando seu braço no meu.
- Sim. Não reclama não porque você vai viver como uma rainha.- Digo rindo.
- Ai que chiclete. Eu vou me tornar uma rainha. - Diz ficando eufórico.
- Calma cazela.- Rio da sua cara. - A gente vai botar terror no meu casamento.
- Isso pode ter certeza. - Ele diz batendo palmas.
Continua.
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Entre o desejo e a obsessão
RomanceVivendo a vida em uma balada. Flávia não saberia viver a dois. Mas foi obrigada pela sua família. Com um segredo que foi compartilhado com sua família. Els vêem uma boa oportunidade para que Flávia Johnson faça tudo aquilo que eles querem, ou seja...