Capitulo 6.

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Um, dois, três, um, dois, três, beba
Um, dois, três, um, dois, três, beba
Um, dois, três, um, dois, três, beba
Bebo todas, até perder a conta.

( Sia. Chandelier/ Lustre.)

Paro e vejo que estou em um bairro que eu não conheço. Olho em volta e vejo um bar.

Caminho até ele e entro vendo que chamei a atenção de algums homens no local. Me cento na cadeira e me apoio na bancada.

- O que vai querer gata? - Pergunta o barmem.

- A bebida mais forte por favor. - Digo. Ele assente e se afasta, um minuto depois ele volta e trás um copo com um líquido marron. - Obrigada.

- O que ouve ? - Ele pergunta enquanto eu tomo a bebida de uma vez e levanto uma sobrancelha. - Por quê está aqui? O motivo?

- Hah. - Rio sem graça e ele enche o copo novamente e eu começo a passar o dedo na borda do copo. - Estou sendo obrigada a fazer uma coisa que eu não quero.

- Por quê você não diz não?

- Porque eu estou na mão do meu pai. - Digo.

- Oque ele quer que você faça? - Pergunta enquanto eu acabo com a bebida e ele enche meu copo novamente.

- Ele quer que eu me case com uma pessoa que eu não conheço. - Digo e rio de nervosa. - Meu pai é um desgraçado.

- Nossa. Sinto muito. - Ele diz.

- Não sinta, isso não importa mesmo. - Rio.

- Como você se sente?

- Péssima, eu não queria me casar. Muito menos com um homem. - Rio sem graça.

- Você é lésbica?

- Até ontem? Eu achava que era. - Rio.

- Por quê achava?

- Ontem meu professor me beijou e hoje o meu futuro marido me beijou.

- E como se sentiu?

- Sei lá. O beijo do Erick é bom e viciante. - Digo e vejo ele levantar uma sobrancelha. - Erick é meu futuro marido.

- Entedi. - Ele ri sem graça.

- Deve ser ruim né? - Pergunto para ele. - Você fica aqui escutando os problemas de todos.

- Até que assim não me sinto sozinho. - Ele diz. - Posso te contar uma coisa? - Assinto. - Eu sou gay. Mas aqui tenho que fingir ao contrário. - Ele ri.

- Nossa, sei como é. Você gosta desse emprego? - Pergunto ao ter uma idéia em minha cabeça.

- Olha para isso. - Ele ri. - É claro que não. Por quê?

- Você gostaria de trabalhar para mim? - Pergunto e vejo um brilho em seus olhos.

- O que eu poderia fazer?

- Isso vamos ver com o tempo. - Rio maléfica. - Você mora sozinho?

- Sim.

- Você aceitaria a morar comigo? - Pergunto e vejo ele arregalar os olhos. - Você vai ser meu melhor amigo e vai me ajudar em muitas coisas. - Rio.

- Já estou gostando. - Ele diz se abanando. - Vou extravasar.

- Que tal dar Tchau para esse emprego agora? - Pergunto.

- Então me espera la na porta que já vou. - Ele diz e eu assinto.

Me levanto e vou em direção a saída e fico encostada na parede olhando para o céu.

- Não achei que te encontraria aqui. - A voz me chama a atenção e vejo que é Erick.

- Você me persegui até no inferno né? - Pergunto irônica.

- Por incrível que pareça eu não te persegui. - Ele diz se aproximando de mim.

- Nem chega perto. - Digo. - Já basta eu ter que me casar com um homem que eu não conheço.

- Mas você me conhece. - Ele diz colocando seu braço ao lado de meu pescoço me prendendo entre ele e a parede.

- Não. Eu não te conheço, eu só sei o seu nome é diferente. - Digo. - Você está perto de mais, poderia se afastar?

- Por que se afastar? A gente pode até ficar coladinho. - Ele diz aproximando sua boca do meu pescoço e deixando um beijo molhado.

Solto um suspiro e sinto minha intimidade formigar.

- Sai de perto de mim. - Digo colocando a mão em seu peitoral e tentando empurra-lo mas ao invés disso ele cola nosso corpo e se aproxima da minha boca ficando centimetro longe. - Por favor. - Sussuro e solto outro suspiro.

- Você realmente quer isso? - Pergunta. E eu assinto sentindo meu corpo dizer não. - Por quê seu corpo diz ao contrário?

- Porque ele não me obedece. - Sussuro com as pernas trêmulas.

Sua boca encosta na minha e automaticamente minha boca ce abre para recebelo em um beijo voraz. Sua mão vai para minha nuca e puxa meu cabelo me fazendo soltar um suspiro em meio ao beijo.

Nossos corpos colados um ao outro tentando se fundirem. Nossas linguas brincam com rapidez me deixando umida e de pernas banbas.

Nos separamos e eu fico de olhos fechados tentando recuperar o ar que para mim eu não sentia falta. Sinto sua testa se encostar na minha.

Abro os olhos e o vejo me observar.

- Por quê fez isso? - Sussuro.

- Eu sei que você gostou. - Ele diz e se afasta de mim e então percebo o que acontece.

- Nunca mais encoste em mim. - Digo. - Nem quando eu me casar com você isso acontecerá.

Ele me olha se divertindo com minha cara e eu viro olhando para a entrada do bar e vejo o meu futuro amiguinho.

- Vamos? - Ele pergunta e eu assinto me afastando e sendo seguida por ele. - Quem é aquele gato?

- Meu futuro marido. - Digo e ele me olha com os olhos arregalados. - O quê?

- Ele é um gato. - Ele diz abanando seu rosto.

- Pega para você então. - Rio. - Como se chama? - Pergunto lembrando que eu não sabia o seu nome.

- Eduardo. - Ele diz. - Mais pode me chamar de Duda.

- Legal Duda. - Rio por saber que seu apelido serve para masculino e para feminino também. - Sou a Flávia , mas pode me chamar de Lola.

- Prazer em te conhecer louca. - Ele diz enquanto andamos pela rua de Seattle. - Para onde vamos?

- Para casa dos meus pais. - Digo e ele me olha com uma sobrancelha levantada. - Você durmira comigo no meu quarto pode ficar tranquilo.

- É sério que você está levando um estranho para sua casa? - Ele pergunta grudando seu braço no meu.

- Sim. Não reclama não porque você vai viver como uma rainha.- Digo rindo.

- Ai que chiclete. Eu vou me tornar uma rainha. - Diz ficando eufórico.

- Calma cazela.- Rio da sua cara. - A gente vai botar terror no meu casamento.

- Isso pode ter certeza. - Ele diz batendo palmas.

Continua.

Entre o desejo e a obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora