Capítulo 8.

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- Seu noivo é um gostoso. - Duda diz assim que cê certificar que os dois já foram. - Quero um desse.

- Pega para você Duda. - Rio. - É seu cê ele quiser.

- Ele quer você, esta na cara. - Ele diz rindo sem graça. - Cê ele pelo menos olhasse para mim, eu até tentaria.

- Por quê ele insiste tanto em mim? - Pergunto mais para mim do que para o Duda.

- Ai você quem vai ter que descobrir. - Ele da um sorriso pervertido. - Vou querer saber dos detalhes quando vocês forem para cama. - Faço uma careta e ele ri.

AO CHEGAR A NOITE, eu e Duda nos arrumamos e fomos direto para a boate Dornan.

Meu vestido preto agarrado ao corpo, apertando meus seios os deixando um tanto avantajados.

Ao meu redor está cheio de pessoas bêbadas encostando os corpos um no outro. Fazendo sexo em cantos escondidos da boate, drogas passando de mão em mão, balinha indo para a boca de algumas pessoas.

Caminho até o bar e peço um drink.

Vejo o barmem falar com um homem que me olha, mas não estou interessada.

Gosto de mulher.

O barmem prepara minha bebida e coloca algo que não sei o que é.

- Aqui. - Diz o barmem me entregando.

O agradeço com um aceno e saio do bar colocando toda a bebida na boca a sentindo desser toda minha garganta.
Duda está dançando com algum homem por ai. Safado.

Começo a balançar meu corpo em meio a multidão. Minha vista está começando a ficar embaralhada, mas eu bebi só um copo.

Sinto mãos em minha cintura, mas estou tão bebada que não tenho coragem de me virar. Eu não conseguiria me virar.

Acho que fui dopada, só pode ser. Não sinto mais minhas pernas, minhas pálpebras se fecham de vagar e não sinto mais nada.

Abro meus olhas novamente e vejo que não estou no mesmo local. Parece um beco.

Meu corpo está encostado na parede, mas não tenho forças para tirar o homem de cima de mim.

Meus olhos se fecham novamente, e sinto meu corpo ser sepado de algo. Meu corpo está leve, não sinto nada. Dor, frio, raiva, felicidade, preocupação, tristeza, amor, duvida e nem nada.

AO ABRIR meus olhos, sinto minha cabeça doer e meu corpo todo latejar.
Olho ao redor e vejo que não estou em meu quarto. Um lugar desconhecido.

O quarto é neutro e bem arrumado. Parece ser de um homem.

O que ouve ontem? Por quê estou aqui? Onde estou? Que lugar é esse?

Várias perguntas em minha cabeça sem alguma resposta.

Me levanto e vejo que não estou cam a mesma roupa que sai de casa. Estou vestida com uma cueca box e uma camiseta branca social.

Vou para o banheiro e lavo meu rosto, pego a pasta de dente e coloco em meu dedo, depois tento escovar os dentes com meus dedos.

Ao terminar faço um coque em meu cabelo, deixando minha franja solta em minha testa. Estou um pouco pálida, mas nada que não possa melhorar depois que eu chegar em casa.

Saio do banheiro e vou até a porta do quarto e saio do mesmo. Olho para os lados vendo um corredor vazio, caminho pelo lado esquerdo tentando encontrar a saida ou a cozinha. Vejo uma porta aberta que me chama a atenção e então caminho em direção ouvindo algumas vozes. Me encosto na parede e coloco minha cabeça mais próxima da porta para que possa ouvir melhor.

- É eu sei. - Diz a voz rouca. - Mas ela é muito inocente para saber o que está acontecendo.

- Eu não quero saber se ela é inocente. - Diz uma voz feminina. Eu a conheço de algum lugar, mas onde? - Eu a quero morta.

- Por quê você a quer morta princesa? - Ouço seus passos andando pelo local sem se aproximar da porta. - O que ela te fez?

- Uma vida pela outra amor. - Diz com um riso perverso no final. - Era para ser minha a vida que ela tem hoje.

- Por quê diz isso? - Pergunta querendo saber mais a fundo. Eu acho.

- Algum dia te contarei meu amor. - Diz a mulher tentando fazer uma voz melosa. - Tenho que desligar.

- Estão. Tchau! Te amo. - Ele diz com a voz grossa que me arrepia.

Então me lembro de quem é a voz masculino. Erick. Parece que agora que descobri de quem é uma das vozes acordei, brutalmente mas acordei.

- Tchau! - Diz a moça.

Solto um suspiro e ouço seus passos. Dou meia volto e corro para o quarto donde estáva ospedada. Entro e fecho a porta correndo, me deito na cama me cobrindo e fingindo que estou dormindo. A porta é aberta e fechada, e sinto a cama afundar do meu lado oposto.

- É feio escutar conversas atrás da porta. - Diz a voz grossa me arrepiando mais do que já estava . Não me mecho. - Eu sei que você está acordada.

Me sento na cama e o olho envergonhada por ter feito algo errado.

- Me desculpe por escutar atrás da porta. - Peço educadamente e ele assente. - O que eu estou fazendo aqui?

- Você não cê lembra de nada? - Pergunta e eu nego. - Eu te encontrei na boate. Você estáva com um cara e ele está te levando para fora da boate, eu segui vocês e então percebi que ele tinha te drogado. Final da história, eu bate nele e te trouxe para cá.

- Obrigada! - Eu acho. - Onde estou?

- No meu quarto.- Ele diz e eu o olho com os olhos arregalados.

- Quem trocou minhas roupas? - Pergunto já sabendo a resposta.

- Eu te troquei e te dei banho. - Fala e eu fico assustada e invergonhada ao mesmo tempo. - Calma, eu só vi o necessário.

- Hum. - Suspiro aliviada. Eu acho.

- Quer tomar café? - Pergunta.

- Não quero incomodar. Mas quero ir para minha casa. - Digo e ele me olha sem intender. - É que não estou me sentindo a vontade.

- Mas a gente vai casar. - Ele tenta.

- Não estamos casados. - Rebato.

- Vamos aproveitar que você está aqui e vou te mostrar os papéis para você assinar. - Ele diz.

- Depois que eu assinar, eu poderei ir embora? - Pergunto e ele assente. - Então traga os papéis.

Ele assente e cê levanta, saindo do quarto e me deixando sozinha nele.

Continua.

Entre o desejo e a obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora