Capítulo 3.

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Lado a lado
Indo para casa, caindo pelo caminho, ficando curiosos
O que você está pensando?
Porque eu estou pensando besteira
Por que está tão séria?

( DNCE. - Body moves./ Mexer o corpo)

Meu corpo está pesado e a bebida já subiu minha mente faz uma hora. São três da manhã e eu ainda não sai da boate.

Meu corpo se remeche ao som de Maroon 5 - Animals.

- Baby, serei seu predador essa noite
Te caçarei, te comerei viva. - Canto. - COMO ANIMAIS, ANIMAIS, ANIMAIS.- Grito ao ritimo. - Talvez você pense que pode se esconder. Mas consigo sentir seu cheiro de longe. Como animais, animais, animais. - Sorrio. - Baby.

Me sinto tonta por conta das bebidas e leve por estar onde não conheça ninguém.

Uma menina chega dançando ao meu lado e me olha dando um sorriso e se aproxima.

- OI! - Grita para que eu possa ouvir. - ENTÃO, UM COLEGA MEU TÁ QUERENDO FICAR COM VOCÊ. E AI ACEITA?

Sua pele morena com os cabelos vermelhos, um sorriso com dentes brancos e um corpo escultural.

- COM SEU COLEGA EU NÃO FICO. - Grito de volta. - MAS COM VOCÊ EU ME ACABARIA. - Jogo uma cantada e vejo seu sorriso aumentar.

- OPA AGORA. - Ela diz chegando perto o bastante.

Enlaço sua cintura e a puxo para mim, sua mão vai para minha nuca e minha mão para seu cabelo enquanto a outra aperta sua cintura. Nossos lábios se tocam e começamos um beijo rápido, prazeroso e muito bom.

Nossos lábios se separam após alguns segundos ou minutos, não sei bem ao certo. Seu Beijo é bom.

- Isso foi bom. - Digo perto do ouvido dela sem solta-lá. - Foi ótimo.

- Concordo. - Diz bem próximo ao meu ouvido.

Lhe dou um celinho e a solto. Volto a dançar enquanto eu a vejo sair pela boate e desaparecer da minha vista.

Ao som de Filipe Ret, um cantor brasileiro. Sua música A libertina é contagiante.

- Influencio a pulsação do seu sangue
É melhor se entregar cê não tem mais chance. Quero muito mais do que te dar um lance. Vou te exorcizar, cê vai entrar em transe. - Canto a música de acordo com o som.

Olho para o teto e giro com a mão para cima.

- Hoje ela é minha menina. Linda. mulher libertina. Hoje ela é minha menina. Linda mulher libertina....
Libe, libe, libe, libe, libe, libertina
Libe, libe, libe, libe, libe, libertina. - Canto junto com o ritimo.

Saio da multidão e vou em direção ao bar pedindo mais um martine de morango.

O tomo de uma vez e sinto minha cabeça girar. Vou andando até a saida e procuro por um táxi mas não o acho.

Começo a andar pelas ruas me afastando da boate e do som.

Ouço passos em minha direção então olho para trás vendo um homem em um blusão preto andado em minha direção. Cambaleio para o lado e aperto meus passos entrando em um beco e vendo que o mesmo é sem saída.
Olho em volta vendo a sujeira e algumas latas de lixo. Corro até uma lata e me escondo atrás sentindo o cheiro nojento do que está dentro.

Os passos sessão e eu me levanto olhando para a entrada do beco e não vendo nada mais que uma fumaça branca.

Começo a andar e sinto mãos por volta da minha boca me impedindo de falar ou até mesmo gritar. Meu corpo é puxado com força e sinto minhas costa baterem com a parede me fazendo me arrepiar.

Fecho os olhos e sinto um aperto porte em meu corpo deixando mais arrepiada. Ouço um suspiro perto do meu ouvido e uma respiração em meu pescoço.

- Você realmente é cheirosa. - Diz a voz grossa. Eu a conheço. Abro os olhos e me deparo com o olhar de Erick.

- O.oque? - Gaguejo por conta de sua aproximação. - Por que está aqui?

- Vi o homem que estava te segundo e vim atrás. Você fica sexy de mais quando está bêbada e apavorada. - Sussurra bem próximo ao meu ouvido.

- Você pode me soltar? - Pergunto conseguindo voltar com minha voz.

- Primeiro tenho que fazer isso. - Diz ao me puxar e me beijar.

Arrepiante, de pernas banbas, sem controle, inebriagante, assustador. Essas são as sensações que esse beijo me causa.

Sua mão vai até meu cabelo e o puxa com força. Minhas mãos sobem e enlaçam seu pescoço o puxando mais para mim, sua mão livre aperta minha cintura. Seu beijo me deixa de perna banba e muito arrepiada.

Sua boca se desgruda da minha e vai em direção ao meu pescoço que lhe dá total acesso para lamber, chupar, morde e fazer seu trabalho. Solto um gemido baixo e sinto que minha calcinha está sendo melada por meu mel.

Suspiro e solto um gruido quando ele se afasta do meu corpo me deixando confusa. Seus cabelos estão bagunça dos e seu rosto está com uma expressão leve.

Volto ao meu estado normal e vejo a loucura que acabou de acontece.

- O que você fez? Com que direito você me beija? - Pergunto saindo de frente dele e andando de um lado para o outro.

- Eu te beijei e foi o melhor beijo da minha vida. - Ele diz dando um sorriso feliz. - E da sua também, pelo visto.

- Você é louco. - Digo. - Só pode estar louco. - Rio nervosa com a cabeça girando. - Minha cabeça ta girando. - Digo rindo ao ver tudo girar. Vejo dois, três, ou quatro Erick. - Olá Erick. - Rio. - Um é pouco. Dois é bom e três é demais.

Sinto meu corpo amolecer e algo tocar nele, meus pés flutuam. Não sinto que estou pisando no chão e mais sinto que estão no braço de alguma muralha musculosa.

- Que isso em meu filho. - Digo rindo e passando a mão no peitoral dele. - Você deixa eu lavar roupa no seu tranquilo? - Rio.

- Você está bem bêbada né? - Pergunta ele me colocando centada em algo macio. - Vamos para casa?

- Eu já estou em casa. - Digo abrindo os braços. - Eu moro em qualquer lugar. - Digo cantando ao trecho da música de Legião Urbana. Pais e filhos.

- Vamos para a casa de seus pais. - Ele diz e não respondo.

Fecho os olhos sentido o tempo passar em segundos, como se tudo fosse em câmera lenta.

Ouço o carro parar e desligar, a porta ser aberta e eu ser arrancada e jogada em cima do braço cheiroso.

- No que você está pensando? - Ouço sua voz.

- Por que meu corpo não rejeitou o seu? - Respondo-o com outra pergunta.

- Porque seu corpo quer o meu e você não pode negar. - Ele diz.

- Mas negarei até o fim. - Digo após sentir um peso em meus olhos e eles se fecharem sem nenhum comando.

Continua.

Entre o desejo e a obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora