Capítulo 17.

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Abro meus olhos e sinto minha cabeça doer. Ressaca do caralho.

Olho para o teto cheio de estrelas e me sinto em um quarto de criança. Nem parece que cresci nesse quarto.

Me levanto da cama e corro para o banheiro sentindo anciãs de vômito e me agacho em frente a privada colocando tudo para fora.

Alguns minutos depois me levanto e vou para a pia limpando minha boca e a escovando em seguida. Saio do banheiro e entro no quarto e vou até a porta ouvindo uma bagunça de pessoas falando. Abro a porta do meu quarto e desso as escadas e escuto o que meu pai fala para Erick.

- Ela não irá com você Erick. Seu mostro. - Ele diz com raiva. - Ela não ira querer ir com você, ela irá querer ficar aqui.

- Isso é o que você pensa papai. - Minha voz ecoa pela sala, e um silêncio se instala por ela. - Não irei ficar aqui, como posso confiar em um homem que vende sua própria filha para um desconhecido? Você é pior que ele papai, vocês dois são piores que ele. E não me tratem como filha de vocês dois, pois deixei de ser assim que vocês me venderam como uma mera mercadoria.

Meu pai e minha mãe me olham com os olhos arregalados e não falam nada.

- Vamos embora? - Pergunto me virando para Erick que me olha atentamente.

- Ta bom! - Ele me da a sua mão e eu olho para meus pais e depois o Duda.

- Te espero em casa Eduardo. - Digo e vou para fora da casa de meus pais com Erick em minha cola.

- Você está bem? - Erick pergunta parando-me em frente ao carro e me analisando.

O olho da cabeças aos pés e depois finjo que não ouvi o que ele disse me desviando de si e abrindo a porta do carro e entrando no mesmo.

Um minuto depois Erick entra no carro ao meu lado e me olha novamente, mas dessa vez ele não diz nada.

Alguns minutos depois para o carro em frente a nossa casa e eu saio entrando na mesma.

Ouço a porta ser batida e eu subo as escadas entrando em meu quarto e tirando toda a minha roupa e ficando só mente de peças íntimas.

- Como você está Flávia ? - A voz de Erick soou pelo quarto fazendo-me assustar e me recompor rapidamente. O olho e não o respondo indo para o closet. - Não irá me responder querida esposa? - Não o olho, mas sei que ele está dentro do closet me olhando. Vejo minhas inumas camisolas e escolho uma preta e curta que me deixa muito confortável.

Saio do closet e vou para o banheiro iguinorando Erick completamente. Entro no box e arranco minhas peças íntimas do corpo. Ligo o chuveiro e deixo a água quente cair e acalmar um pouco meus músculos que estavam tensos com a mini briga entre família. Coloco minhas mãos na parede e encosto minha testa nelas fechando meus olhos e pensando em Duda.

Por quê ele não me disse sobre a tal doença? Por quê esconde-lá de mim? Lembrar como eu o conheci e descobrir que eu não tive tanto tempo com ele me doi, sem nos divertimos muito.

Não o apresentei o mundo... - Uma lágrima cai pelos meus olhos e um buraco enorme se abre no meu coração me fazendo chorar e me detestar por não ter lutado para faze-lo feliz como merecia. E se ele tivesse tratamento? Eu com certeza o ajudaria de qualquer forma, nem que eu precisa-se roubar ou dar minha dignidade. Eu não pensaria duas vezes, claramente eu o ajudaria.

Solto um suspiro alto e abro meus olhos pegando o sabonete e ensaboando meu corpo.

Após terminar de enchugar meu corpo saio do banheiro e pego uma toalha me enrolando na mesma. Olho para minha camisola e a pego indo para o quarto e a colocando.

- Eduardo está no escritório. - Diz Erick entrando no quarto quanto termino de colocar a camisola.

Afirmo com a cabeça e procuro pelas monhas pantufas a achando ao lado do pé da cama. Saio do quarto e desso as escadas indo para o escritório e entrando no mesmo e dando de cara com Duda sentando em uma das poltronas. Sento-me em uma poltrona em sua frente e o olho despicienda.

- Me desculpa. - Ele pede com os olhos vermelhos. - Eu fiquei com medo de você reagir assim. - Ele aponta para mim com o queixo. - Como está reagindo agora.

- Você não tem o direito de me esconder algo tão sério. Você é meu único amigo, e está me deixando. - Sorrio amargamente e deixo uma lágrima cair. - Você sabe o que eu estou sentindo em saber que sou a última pessoa que sabe que você está doente? Quando você iria me conta?

- Eu sempre vou te levar no coração Fla . - Ele sorri triste. - Eu queria que você soubesse, mas para que? Para que você tenha dó de mim como teve naquele dia em que me tirou daquele bar? - Ele solta um suspiro. - Não preciso de dó de ninguém.

- E quem disse que eu tivera dó de você? Eu nunca tive dó de você, eu gostei de você e quis te levar para morar comigo. - Digo e solto uma gota de lágrima de meu olho esquerdo.

- Você não teve dó de mim, até porque você me usou para provocar o Erick. - Ele diz.

- Eu vi sim uma boa oportunidade para provocar o Erick. Mas eu não te usei porra. - Bato o pé. - E eu não quero que você me deixe. Por favor! - Começo a chorar. - Não quero que você vá. - Choramingo. Levanto-me da poltrona e começo a caminhar tentando parar as águas que caem de meus olhos.

- Eu não vou te deixar Flávia . - Sinto braços me abraçarem pelas costas. - Eu vou sempre estar com você. - Duda me vira para ele. - Bem aqui. - Ele coloca a mão em meu coração.

O olho com os olhos cheios de lágrimas e o Abraço fortemente.

- Vou sentir sua falta. - Digo sem solta-lo.

Capitulo escrito.26/08/2019
Capitulo postado. 26/08/2019

Entre o desejo e a obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora