Sinto uma dor forte em minha cabeça e um cheiro horrível. Abro meus olhos e vejo que não estou no carro de Erick, como me lembrava.
Olho para o lado e vejo uma porta. Onde estou? Olho para o outro lado e vejo uma mesa com alguns aparelhos ligados, então ouço o barulho do bip. O que estou fazendo no médico?
Ouço a maçaneta virar e a porta abrir revelando um homem de jaleco.
- Boa tarde senhorita Flávia. - Diz o homem. - Sou o médico que esta com seu caso.
- Que caso doutor? - Pergunto o olhando atentamente.
- Fizemos alguns exames e parabéns a senhorita está grávida de um mês. - Diz o médico me olhando atentamente
Com tal notícia que acabei de receber parace que algo se quebrou em mim. Como posso estar gravida?Estou grávida porque eu e ele tranzamos né. - Meu subconsciente reclama. Parece que meu mundo estivesse em êxtases e só agora meu mundo caiu na real.
Com o corpo dormente e os olhos arregalados olhando para o doutor como se o mesmo fosse um et.
- Seu marido está na sala de espera recebendo tal notícia. - Doutor comenta. - Parabéns.
O doutor tem um sorriso sincero em seus lábios, mas algo me diz que está gravidez será o começo de algo grande, mas bem grande.
- Já dei sua alta e daqui a pouco você poderá ir embora com seu marido. - Diz o doutor saindo do quarto em silêncio sem bater a porta.
Olho para o teto e pesso a Deus que isso seja somente um pesadelo e que eu quando acordar não estarei nada grávida.
Alguns minutos depois a porta abre-se novamente e Erick entra no quarto sem falar nada, apenas senta na prontrona a minha esquerda e me observa.
O olho de canto e vejo que mesmo que ele me olha, seus pensamentos não estão totalmente aqui. Sei que ele deve estar confuso, mas eu também estou e mesmo que eu não queria estar gravida. Vou cuidar dessa criança com minha própria vida mesmo que para isso eu tenha que desistir de meus sonhos.
- O que tanto pensa? - Ouço sua voz soar rouca e baixa. Parece preocupado.
- Você parece preocupado. - Digo me fazendo de desentendida. Minha voz soa suave e baixa mais do que esperado.
- Eu fiz uma pergunta Flávia, e quero respostas. - Erick fala, mas fico queta por alguns segundos e depois suspiro. - Por quê não me contou que estava grávida? - Ele pergunta. Parece aliviado, acho que essa era sua preocupação.
- Eu não sabia que estava grávida. - Digo. Parece que a ficha ainda não caiu, como posso estar gravida?.
- Você deveria ter se cuidado. - Ele diz se levantando. - Isso não poderia ter acontecido. Não agora! - Ele diz como se ele não soubece que a culpa é mais dele do que minha. - Não isso!
Olho para ele e vejo que ele está como eu. Perdido, mas a culpa não é só minha como também dele. Não foi só eu quem fez essa criança, ele me ajudou e agora estaremos colados um ao outro para sempre.
- A culpa não é minha. - Digo para Erick que levanta da prontrona e fica de costas para mim. - Viri-se para me olhar nos olhos. - Pesso vendo o mesmo me obdecer. - Você sabe bem que eu não sabia de anticoncepcionais nenhum. E a única vez que eu tomei um foi quando você abusou de mim. Então não venha colocar a culpa em mim pois a culpa é mais sua do que minha, eu sei que deveria ter procurado por algum método para não engravidar. Mas aconteceu e não temos o que fazer. - Digo e parece que algo ainda está guardado dentro de mim, me sinto sufocada.
Ele me analisa atentamente e parece que ele está tentando ver por dentro de mim.
- Você jura que não quer me dar o colpe da barriga? - Ele pergunta e eu arregalo os olhos.
- COMO? - Grito me sentindo ofendida. Suspiro e conto do dez ao um. - Se eu me lembro bem. Você me comprou como uma mera mercadoria e ainda acha que eu teria a tal capacidade de te dar o colpe da barriga? Se não se lembra eu te odeio. - Digo a parte do odeio mais para ele do que para mim. Mesmo eu sabendo que estou construindo algum sentimento forte pelo canalha. - Você tem que entender uma coisa. Se eu não fosse vendida, nem te conhecer eu iria.
- Você não me odeia o tanto que você fala Flávia. - Ele me observa. - Conheço mais seu corpo do que você mesma. Eu sei quando está mentindo, ou tentando enganar si mesma. - Ele se aproxima da cama onde estou sentada. - Mesmo depois de tudo eu te conheço. Melhor que ninguém.
APÓS TERMOS TIDO uma conversa meia tranquila, eu e Erick fomos para o carro e pegamos o Duda em sua casa indo direto para o aeroporto.
Tivemos que trocar de passagem e quando chegando no aeroporto já tinha um avião prestes a sair então foi o mesmo que entramos.
Duda estava muito afobado, pois não parava de fazer perguntas e só conseguiu dormir depois que eu contei tudo des da parte em que saímos de casa até a parte da discurçao depois de descobrir da minha gravidez.
A única coisa que Erick acha que tem sobre mim é poder e asvezes eu acho que talvez ele pode estar certo sobre isso. Só eu sei o que meu corpo precisa ou o como chama por ele.
Mesmo depois de tudo, o que esta acontecendo em minha vida parece que pode piorar. Pois cada vez mais fica pior. Eu fui vendida e agora eu estou grávida de um mês de Erick e meu melhor e único amigo vai morrer de câncer e eu não sei o que fazer. Pois sei que irei sentir falta do Duda.
Ninguém sabe o que uma pessoa está passando até estar no lugar dela. Eu posso estar sofrendo, mas quem irá morrer vai ser ele e eu posso estar sendo hipócrita pois nessas horas pessoas que estão doentes só querem ter seu últimos suspiro perto de quem ama.
Daqui para frente estarei perto dele para sorrir e só chorarei quando for a hora, pois agora é hora de criar nossos últimos momentos junto. Temos que fazer que seja o melhor momento para nos todos.
Mesmo quando ele se for. Eu irei sentir saudades.
Capítulo escrito no dia 17/10/2019.
Capítulo postado dia
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre o desejo e a obsessão
RomanceVivendo a vida em uma balada. Flávia não saberia viver a dois. Mas foi obrigada pela sua família. Com um segredo que foi compartilhado com sua família. Els vêem uma boa oportunidade para que Flávia Johnson faça tudo aquilo que eles querem, ou seja...