Capítulo 22.

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Sinto uma dor forte em minha cabeça e um cheiro horrível. Abro meus olhos e vejo que não estou no carro de Erick, como me lembrava.

Olho para o lado e vejo uma porta. Onde estou? Olho para o outro lado e vejo uma mesa com alguns aparelhos ligados, então ouço o barulho do bip. O que estou fazendo no médico?

Ouço a maçaneta virar e a porta abrir revelando um homem de jaleco.

- Boa tarde senhorita Flávia. - Diz o homem. - Sou o médico que esta com seu caso.

- Que caso doutor? - Pergunto o olhando atentamente.

- Fizemos alguns exames e parabéns a senhorita está grávida de um mês. - Diz o médico me olhando atentamente

Com tal notícia que acabei de receber parace que algo se quebrou em mim. Como posso estar gravida?

Estou grávida porque eu e ele tranzamos né. - Meu subconsciente reclama. Parece que meu mundo estivesse em êxtases e só agora meu mundo caiu na real.

Com o corpo dormente e os olhos arregalados olhando para o doutor como se o mesmo fosse um et.

- Seu marido está na sala de espera recebendo tal notícia. - Doutor comenta. - Parabéns.

O doutor tem um sorriso sincero em seus lábios, mas algo me diz que está gravidez será o começo de algo grande, mas bem grande.

- Já dei sua alta e daqui a pouco você poderá ir embora com seu marido. - Diz o doutor saindo do quarto em silêncio sem bater a porta.

Olho para o teto e pesso a Deus que isso seja somente um pesadelo e que eu quando acordar não estarei nada grávida.

Alguns minutos depois a porta abre-se novamente e Erick entra no quarto sem falar nada, apenas senta na prontrona a minha esquerda e me observa.

O olho de canto e vejo que mesmo que ele me olha, seus pensamentos não estão totalmente aqui. Sei que ele deve estar confuso, mas eu também estou e mesmo que eu não queria estar gravida. Vou cuidar dessa criança com minha própria vida mesmo que para isso eu tenha que desistir de meus sonhos.

- O que tanto pensa? - Ouço sua voz soar rouca e baixa. Parece preocupado.

- Você parece preocupado. - Digo me fazendo de desentendida. Minha voz soa suave e baixa mais do que esperado.

- Eu fiz uma pergunta Flávia, e quero respostas. - Erick fala, mas fico queta por alguns segundos e depois suspiro. - Por quê não me contou que estava grávida? - Ele pergunta. Parece aliviado, acho que essa era sua preocupação.

- Eu não sabia que estava grávida. - Digo. Parece que a ficha ainda não caiu, como posso estar gravida?.

- Você deveria ter se cuidado. - Ele diz se levantando. - Isso não poderia ter acontecido. Não agora! - Ele diz como se ele não soubece que a culpa é mais dele do que minha. - Não isso!

Olho para ele e vejo que ele está como eu. Perdido, mas a culpa não é só minha como também dele. Não foi só eu quem fez essa criança, ele me ajudou e agora estaremos colados um ao outro para sempre.

- A culpa não é minha. - Digo para Erick que levanta da prontrona e fica de costas para mim. - Viri-se para me olhar nos olhos. - Pesso vendo o mesmo me obdecer. - Você sabe bem que eu não sabia de anticoncepcionais nenhum. E a única vez que eu tomei um foi quando você abusou de mim. Então não venha colocar a culpa em mim pois a culpa é mais sua do que minha, eu sei que deveria ter procurado por algum método para não engravidar. Mas aconteceu e não temos o que fazer. - Digo e parece que algo ainda está guardado dentro de mim, me sinto sufocada.

Ele me analisa atentamente e parece que ele está tentando ver por dentro de mim.

- Você jura que não quer me dar o colpe da barriga? - Ele pergunta e eu arregalo os olhos.

- COMO? - Grito me sentindo ofendida. Suspiro e conto do dez ao um. - Se eu me lembro bem. Você me comprou como uma mera mercadoria e ainda acha que eu teria a tal capacidade de te dar o colpe da barriga? Se não se lembra eu te odeio. - Digo a parte do odeio mais para ele do que para mim. Mesmo eu sabendo que estou construindo algum sentimento forte pelo canalha. - Você tem que entender uma coisa. Se eu não fosse vendida, nem te conhecer eu iria.

- Você não me odeia o tanto que você fala Flávia. - Ele me observa. - Conheço mais seu corpo do que você mesma. Eu sei quando está mentindo, ou tentando enganar si mesma. - Ele se aproxima da cama onde estou sentada. - Mesmo depois de tudo eu te conheço. Melhor que ninguém.

APÓS TERMOS TIDO uma conversa meia tranquila, eu e Erick fomos para o carro e pegamos o Duda em sua casa indo direto para o aeroporto.

Tivemos que trocar de passagem e quando chegando no aeroporto já tinha um avião prestes a sair então foi o mesmo que entramos.

Duda estava muito afobado, pois não parava de fazer perguntas e só conseguiu dormir depois que eu contei tudo des da parte em que saímos de casa até a parte da discurçao depois de descobrir da minha gravidez.

A única coisa que Erick acha que tem sobre mim é poder e asvezes eu acho que talvez ele pode estar certo sobre isso. Só eu sei o que meu corpo precisa ou o como chama por ele.

Mesmo depois de tudo, o que esta acontecendo em minha vida parece que pode piorar. Pois cada vez mais fica pior. Eu fui vendida e agora eu estou grávida de um mês de Erick e meu melhor e único amigo vai morrer de câncer e eu não sei o que fazer. Pois sei que irei sentir falta do Duda.

Ninguém sabe o que uma pessoa está passando até estar no lugar dela. Eu posso estar sofrendo, mas quem irá morrer vai ser ele e eu posso estar sendo hipócrita pois nessas horas pessoas que estão doentes só querem ter seu últimos suspiro perto de quem ama.

Daqui para frente estarei perto dele para sorrir e só chorarei quando for a hora, pois agora é hora de criar nossos últimos momentos junto. Temos que fazer que seja o melhor momento para nos todos.

Mesmo quando ele se for. Eu irei sentir saudades.

Capítulo escrito no dia 17/10/2019.
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Entre o desejo e a obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora