Olho ao redor do quarto enquanto eu o espero.
Me levanto da cama e começo a olhar em volta, a ver a decoração bem feita do quarto
Alguns minutos depois ele aparece com os papéis em mãos. Ele caminha até onde estou e me entrega os papéis.
Pego a caneta e olho para o papel, passando somente os olhos e não lendo. Passo folha por folha, até chegar na ultima folha vendo dois pontos onde devo assinar. Vejo se a caneta está pegando e então assino aonde pede e lhe entrego os papéis.
- Por quê você não leu o contrato? - Pergunta com um sorriso em seu rosto.
- Porque não ligo para esse contrato. - Digo e vejo seu sorriso morrer. - Agora posso ir embora?
- Sim. Pode. Mas antes quero que você saiba que nos casare-mos daqui a uma semana. - Ele diz vitorioso ao ver minha raiva contornar meu rosto.
- Como? - Pergunto na esperança de não ter escutando isso. - Poderia repetir?
- Vamos nos casar em uma semana. - Diz vitorioso. Eu ouvi muito bem. Que droga. - Então. Vamos. - Pergunta me tirando do meus devaneios. Assinto. - Você vai sair assim? - Pergunta me olhando de cima a baixo.
- Vou. - Afirmo ao ver que estou com uma roupa indecente, para sair pelas ruas. - Algum problema?
- Tem. - Ele diz e eu ergo uma sobrancelha fazendo o mesmo continuar a falar. - Você poderia colocar alguma roupa?
- Não. - Digo na maior cara de pau. - Eu estou confortável com essa roupa. - Rio de sua expressão de raiva. - O que?
- Você vai trocar de roupa agora. - Ele diz mandão com sua voz grossa. - Não quero você atrás de mim assim.
- Então pode deixar que eu chamo um táxi. - Digo e começo a procurar meu celular pelo quarto. - Onde está meu celular?
- Aquele? - Pergunta apontando para a mesinha ao lado da cama. Ando até a mesma e pego meu celular. - Você vai comigo, então por favor troque de roupa.
- Eu já disse que não irei trocar de roupa. - Digo rindo por dentro. - Se você quiser me levar vai ser assim, se não eu vou de táxi. - Vejo ele fazer uma cara nada boa.
- Tá. Vamos. - Diz e sai pisando duro.
- Cuidado vai quebrar o chão. - Digo rindo enquanto o sigo.
- Se você quiser continuar entaquita é melhor ficar quieta, se não eu te puxo e te fodo até você desmaiar. E ai você não saira daqui. - Ele diz bravo e eu engulo em seco.
- Tá. Parei. - Digo enquanto passamos pela porta e indo para garagem.
Vejo vários carros e ele indo até a BMW cinza. Ele entra e eu vou atrás.
- Você vai escolher seu vestido? - Ele pergunta enquanto liga o carro e da partida saindo da garagem.
- Não. - Digo e ele me olha pelo reflexo.
- Por quê?
- Não quero escolher nada nesse casamento. - Digo e ele me olha intrigado. - Eu só vou me casar porque estou sendo obrigada.
- Mas você senti atração por mim que eu sei. - Ele diz e eu rio. - O que?
- Você namora. Por quê não casa com ela? - Pergunto ao lembrar da conversar que escutei.
- Ela não tem o porte de mulher que eu procuro. - Ele diz me fazendo levantar uma sobrancelha. - Ela é vingativa, acha que é dona do mundo, não tem escrúpulos e é interesseira.
- E o que eu tenho a ver com isso? - Pergunto sem intender.
- Você é ingênua, não conhece o mundo como ele realmente é. - Ele diz e eu não intendo. - Algum dia você ira intender tudo isso.
- Hum. Não sei o que dizer. - Falo e fico quieta por alguns segundos. - Eu espero que a gente possa se intender enquanto estivermos casados. - Digo. - E também espero que você consiga viver sem sexo.
- Oi? - Ele pergunta ao ouvir a palavra sexo. - Eu não vou ficar sem sexo e nem você. - Ele ri.
- Por quê não? - Pergunto indignada. - Eu não vou tranzar com você.
- Por quê não? - Pergunta. - Você até parece virgem com algumas atitudes. - Rio de nervosa ficando vermelha de vergonha. - Pera ai, você é virgem?
- Sim. - Digo envergonhada. - Tem algum problema? - Pergunto ao ver sua cara de espanto.
- Eu sempre te achei ingênua, mas virgem? Nunca pensei nessa ipotese. - Ele diz indiguinado com minhas palavras. - Isso é ótimo. - Ele diz feliz.
- Como assim "ótimo"? - Pergunto.
- Isso quer dizer que eu serei o seu primeiro e último. - Diz meio que se gabando
- O que te faz pensar que você sera meu primeiro e último? - Pergunto usando um tom de ironia.
- No contrato que você assinou, esta escrito que você devera se entregar de corpo e alma para mim. Fazer tudo o que eu mandar. - Ele fala.
- Você acha que eu sou uma cachorrinha que você joga o frisbe e pede para eu pegar? - Pergunto e vejo um sorriso se formar em seu lábio. - A cadela aqui não vai ser eu. - Digo vendo sua feição. - Esta mais para a dona que faz o viralata correr atrás do osso. - Digo vendo ele fechar a cara.
Ele não fala nada deixando o caminho percorrido de carro um pouco chato.
O carro estaciona em frente a minha casa e eu olho para o lado vendo que ele não está com uma cara boa.
- Obrigada por tudo. - Digo o agradecendo por ter me salvando de se sabe se lá quem. Abro a porta.
- Até o fim de semana. Te mandarei a data e seu vestido de noiva. - Ele diz serio.
Assinto e saio do carro indo até a porta de casa e me virando para ver o carro sair.
Entro em casa vendo meu pai e minha mãe sentados no sofá como se nada tivesse acontecido.
- Bom dia querida! - Diz mamãe sorrindo.
- Bom! Cade o Duda? - Pergunto.
- Está no seu quarto dormindo. - Papai diz. - Ele chegou preocupado com você, mas Erick nos ligou e disse que você estava na casa dele. - Ele sorri vitorioso. - Que bom que você resolveu dar uma chance para ele.
- Fim de semana é a merda do meu casamento. - Rio irônica. - Espero que vocês estejam felizes por estarem destruindo minha vida.
- Ninguém aqui esta destruindo nada. - Papai diz.
Continua
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Entre o desejo e a obsessão
RomansaVivendo a vida em uma balada. Flávia não saberia viver a dois. Mas foi obrigada pela sua família. Com um segredo que foi compartilhado com sua família. Els vêem uma boa oportunidade para que Flávia Johnson faça tudo aquilo que eles querem, ou seja...