Capitulo 9.

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Olho ao redor do quarto enquanto eu o espero.

Me levanto da cama e começo a olhar em volta, a ver a decoração bem feita do quarto

Alguns minutos depois ele aparece com os papéis em mãos. Ele caminha até onde estou e me entrega os papéis.

Pego a caneta e olho para o papel, passando somente os olhos e não lendo. Passo folha por folha, até chegar na ultima folha vendo dois pontos onde devo assinar. Vejo se a caneta está pegando e então assino aonde pede e lhe entrego os papéis.

- Por quê você não leu o contrato? - Pergunta com um sorriso em seu rosto.

- Porque não ligo para esse contrato. - Digo e vejo seu sorriso morrer. - Agora posso ir embora?

- Sim. Pode. Mas antes quero que você saiba que nos casare-mos daqui a uma semana. - Ele diz vitorioso ao ver minha raiva contornar meu rosto.

- Como? - Pergunto na esperança de não ter escutando isso. - Poderia repetir?

- Vamos nos casar em uma semana. - Diz vitorioso. Eu ouvi muito bem. Que droga. - Então. Vamos. - Pergunta me tirando do meus devaneios. Assinto. - Você vai sair assim? - Pergunta me olhando de cima a baixo.

- Vou. - Afirmo ao ver que estou com uma roupa indecente, para sair pelas ruas. - Algum problema?

- Tem. - Ele diz e eu ergo uma sobrancelha fazendo o mesmo continuar a falar. - Você poderia colocar alguma roupa?

- Não. - Digo na maior cara de pau. - Eu estou confortável com essa roupa. - Rio de sua expressão de raiva. - O que?

- Você vai trocar de roupa agora. - Ele diz mandão com sua voz grossa. - Não quero você atrás de mim assim.

- Então pode deixar que eu chamo um táxi. - Digo e começo a procurar meu celular pelo quarto. - Onde está meu celular?

- Aquele? - Pergunta apontando para a mesinha ao lado da cama. Ando até a mesma e pego meu celular. - Você vai comigo, então por favor troque de roupa.

- Eu já disse que não irei trocar de roupa. - Digo rindo por dentro. - Se você quiser me levar vai ser assim, se não eu vou de táxi. - Vejo ele fazer uma cara nada boa.

- Tá. Vamos. - Diz e sai pisando duro.

- Cuidado vai quebrar o chão. - Digo rindo enquanto o sigo.

- Se você quiser continuar entaquita é melhor ficar quieta, se não eu te puxo e te fodo até você desmaiar. E ai você não saira daqui. - Ele diz bravo e eu engulo em seco.

- Tá. Parei. - Digo enquanto passamos pela porta e indo para garagem.

Vejo vários carros e ele indo até a BMW cinza. Ele entra e eu vou atrás.

- Você vai escolher seu vestido? - Ele pergunta enquanto liga o carro e da partida saindo da garagem.

- Não. - Digo e ele me olha pelo reflexo.

- Por quê?

- Não quero escolher nada nesse casamento. - Digo e ele me olha intrigado. - Eu só vou me casar porque estou sendo obrigada.

- Mas você senti atração por mim que eu sei. - Ele diz e eu rio. - O que?

- Você namora. Por quê não casa com ela? - Pergunto ao lembrar da conversar que escutei.

- Ela não tem o porte de mulher que eu procuro. - Ele diz me fazendo levantar uma sobrancelha. - Ela é vingativa, acha que é dona do mundo, não tem escrúpulos e é interesseira.

- E o que eu tenho a ver com isso? - Pergunto sem intender.

- Você é ingênua, não conhece o mundo como ele realmente é. - Ele diz e eu não intendo. - Algum dia você ira intender tudo isso.

- Hum. Não sei o que dizer. - Falo e fico quieta por alguns segundos. - Eu espero que a gente possa se intender enquanto estivermos casados. - Digo. - E também espero que você consiga viver sem sexo.

- Oi? - Ele pergunta ao ouvir a palavra sexo. - Eu não vou ficar sem sexo e nem você. - Ele ri.

- Por quê não? - Pergunto indignada. - Eu não vou tranzar com você.

- Por quê não? - Pergunta. - Você até parece virgem com algumas atitudes. - Rio de nervosa ficando vermelha de vergonha. - Pera ai, você é virgem?

- Sim. - Digo envergonhada. - Tem algum problema? - Pergunto ao ver sua cara de espanto.

- Eu sempre te achei ingênua, mas virgem? Nunca pensei nessa ipotese. - Ele diz indiguinado com minhas palavras. - Isso é ótimo. - Ele diz feliz.

- Como assim "ótimo"? - Pergunto.

- Isso quer dizer que eu serei o seu primeiro e último. - Diz meio que se gabando

- O que te faz pensar que você sera meu primeiro e último? - Pergunto usando um tom de ironia.

- No contrato que você assinou, esta escrito que você devera se entregar de corpo e alma para mim. Fazer tudo o que eu mandar. - Ele fala.

- Você acha que eu sou uma cachorrinha que você joga o frisbe e pede para eu pegar? - Pergunto e vejo um sorriso se formar em seu lábio. - A cadela aqui não vai ser eu. - Digo vendo sua feição. - Esta mais para a dona que faz o viralata correr atrás do osso. - Digo vendo ele fechar a cara.

Ele não fala nada deixando o caminho percorrido de carro um pouco chato.

O carro estaciona em frente a minha casa e eu olho para o lado vendo que ele não está com uma cara boa.

- Obrigada por tudo. - Digo o agradecendo por ter me salvando de se sabe se lá quem. Abro a porta.

- Até o fim de semana. Te mandarei a data e seu vestido de noiva. - Ele diz serio.

Assinto e saio do carro indo até a porta de casa e me virando para ver o carro sair.

Entro em casa vendo meu pai e minha mãe sentados no sofá como se nada tivesse acontecido.

- Bom dia querida! - Diz mamãe sorrindo.

- Bom! Cade o Duda? - Pergunto.

- Está no seu quarto dormindo. - Papai diz. - Ele chegou preocupado com você, mas Erick nos ligou e disse que você estava na casa dele. - Ele sorri vitorioso. - Que bom que você resolveu dar uma chance para ele.

- Fim de semana é a merda do meu casamento. - Rio irônica. - Espero que vocês estejam felizes por estarem destruindo minha vida.

- Ninguém aqui esta destruindo nada. - Papai diz.

Continua

Entre o desejo e a obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora