Capítulo 15.

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Depois que eu e Thiago nos vestimos, um olhou para o outro e sorrimos.

- Que isso não saia daqui. - Digo e ele assente. - Agora tenho que ir, o idiota do meu marido está me esperando.

- Boa noite Sra. Johnson! - Ele deseja.

- Boa noite Sr. Cárceres! - Desejo educada.

Pego minhas coisas e ajeito minha saia. Saio da escola e vejo o carro de Erick. Entro e o desejo uma boa noite.

- Por quê demorou tanto? - Pergunta dando partidada no carro. - Seus colegas já saíram.

- Tive que tirar umas dúvidas após a aula com o professor. Nada de mais! - Digo desdenhando. - Para onde vamos? - Pergunto assim que vejo que ele mudou a rota.

- Vamos ver sua família. - Ele diz com um sorrio nos lábios. - E você poderá ver seu amigo do peito. - Diz irônico.

Viro o rosto e olho para a janela. A cidade parece estar calma nessa noite, e minha cabeça ao contrário está um caos.

Após chegar-mos eu saio do carro e entro sem bater na porta. Vejo meu pai e minha mãe sentados no sofá rindo alegremente.

- Olá minha filha! - Diz mamãe com um sorriso exuberante. - Que saudades de você. - Ela se levanta e vem em minha direção. Coloco uma mão a frente e a faço parar.

- Não quero falar com vocês. - Dogo e eles arregalam os olhos. - Onde está o Duda?

- Em seu antigo quarto. - Mamãe diz e eu saio caminhado para a escada. - Espero que um dia você nos perdoe.

- Nunca irei perduar o que vocês fizeram comigo. - Digo seca e subo as escadas entrando em meu antigo quarto e vendo Duda sentado falando no telefone. - VIADO! - Crito o assustando e correndo e pulando em seu colo.

- Ai que saudades minha linda. - Ele diz me apertando. - Como você está? - Pergunta e sem esperar minhas lágrimas caem.

- Tudo indo de ruim a pior. - Choro e ele me aperta mais. - O Erick abusou de mim. - Soluço. - Eu quero que ele sofra. - Soluço. - Eu vou faze-lo apaixonar-se por mim. Acabarei com a vida dele. - Soluço novamente.

- Ele realmente abusou de você? - Ele pergunta e eu assinto. - Que cretino. Eu vou te ajudar a se vingar. Pode contar comigo para o que precisar. - Assinto. - Vem deita aqui que vou te fazer um carinho.

Ele se levanta e deita na cama e eu deito em seu peito. Ele começa a fazer um cafune.

- Não sei o que seria de mim sem você. - Digo sonolenta.

ACORDO ASSUSTADA OUVINDO UM movimento no quarto.

- O que ela está fazendo na mesma cama que você? - Erick pergunta.

- Ela é minha melhor amiga seu cretino sem coração. - Duda diz. Eles não sabem que eu estou acordada e então continuo com os olhos fechados. - Você abusou dela. O que você tem na cabeça?

- Eu não abusei dela. Ela que pedio por isso. - Erick fala. - E hoje a gente tranzo que nem dois coelhos. Ela já esqueceu o que eu fiz com ela. Eu amo ela, eu a conheço a muito tempo só ela que nunca percebeu minha existência.

- Eu espero que ela traia você com um homem muito bonito e melhor que você. Você vai saber o que é ser machucado. - Duda rosna.

- Ela nunca ira me trair sabe por quê? - Erick diz. - Se isso chegar a acontecer eu irei matar o homem. Ninguém tocará no que é meu. - Ele rosna e sai do quarto batendo a porta.

- O que eu faço? - Pergunto e solto as lágrimas de meus olhos.

- A gente vai se vingar dele. - Ele diz.

- Tenho que te contar uma coisa que fiz hoje. - Digo olhando para o Duda.

- Diga linda. - Ele passa as mãos em meu cabelo e eu me cento na cama de frente para ele.

- Eu tranzei com meu professor na mesa dele. - Digo e tampo meus olhos.

- Oi? - Ele me olha perdido. - Você trepou com seu marido e logo depois com o seu professor na mesa dele? - Assinto. - Mal perdeu a virgindade e já está dando pra caralho. Que foda. - Ele ri. - Sou seu fã.

- Eu acho que fiz errado. - Digo e lembro a tarde que eu tive com Erick. - Não sei por quê más estou pensando na tarde que eu passei com Erick. Foi ótima. - Suspiro. - Ele foi tão atencioso e diferente de quando ele tirou minha virgindade.

- Espero que você não esteja apaixonada por ele. - Duda diz e eu rio. - Não estou brincando, estou falando sério.

- Não me apaixonaria por ele!

- Por quê não? - Ele levanta uma sobrancelha.

- Ele me machucou. Ele tirou minha virgindade a pulso. Não quero me apaixonar por ele. Aquele cretino. - Digo e solto um suspiro forte.

- Não escolhemos por quem nos apixonamos. - Ele sorri fraco. - Só o coração pode fazer tão ato.

- Quero me livrar dele. - Digo. - Como faço isso?

- Sei lá. Faça ele pegar uma traição sua, ou aproveite algum ponto fraco dele.

- Mas qual? - Pergunto coçando a cabeça indignada e sem idéia.

- A idéia eu já te dei. Agora aja como tão e se vinguem daquele delícia que se declarou para você sem saber. - Ele ri e eu reviro os olhos.

- Ele não me ama. Ele falou isso da boca para fora. - Digo e reviro os olhos novamente. - Ele só me ve como uma mercadoria.

- Você não vê o que está na cara Fla. - Ele diz e eu o olho sem intender. - Algum dia você verá o que eu vejo. Só espero que não seja tarde para vocês dois. - assinto.

- Vamos decer? - Ele assente. - Quero ir embora, não gosto de olhar para a família perfeita lá em baixo.

- Também espero que você algum dia os perdoe. - Ele diz e dá um sorriso triste.

- Esta acontecendo alguma coisa Duda? - Pergunto e ele nega. - Me fala. Eu sei que você está me escondendo algo.

- Vou ao banheiro e já volto. - Ele diz e eu assinto.

Me cento na cama e olho para o quarto vendo que o mesmo está do jeitinho que o deixei.

Sinto falta do Duda por perto. Ele se tornou um irmão para mim. Ele é a minha única família, e eu o amo muito.

Continua.
Capítulo escrito dia 31/07/2019
05/08/2019.

Entre o desejo e a obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora