Zach,Acorda. - O chamei mais uma vez esperando por alguma reação. -Vou dar na sua cara. Acorda! Agora!
- Calma mãe. To indo.
-Não sou sua mãe! - Gritei.
-Ah claro, você é mais bonita que ela. - Ele disse ainda de olhos fechados e isso me deu a oportunidade pra ri de lado.
-Desça logo. Só falta você pra irmos.
-10 minutos.
- Ta.
Vinte minutos depois estávamos indo em direção ao parque. Iríamos levar os irmãos do Zach pra passear. Como eu era praticamente da família -não como eu queria- eu acabei aceitando o pedido dos seus irmãos.
-Hey, fique perto. - Zach gritou pra sua irmã mais nova assim que ela se dirigiu a um dos brinquedos. Acabou que só ficou eu e ele sentados em um banco a espera das crianças que brincavam e se divertiam.Desde quando eu tinha a responsabilidade ali?, pensei.
-Então, S/n. Tudo bem? - Zach perguntou assim que ele percebeu meu incômodo em estar ao lado do cara que eu era loucamente apaixonada. Ele não sabia da paixão, claro. Ninguém sabia.
-Ficaria melhor, mas estou bem.
-Melhor se… - Eu pensei em responder “se você me beijasse”, pensei em: “se eu não estivesse ao lado de um cara gato por qual era apaixonada” e também pensei em: “se eu estivesse bebendo café” e também pensei em : se você transasse comigo”. Então disse:
-Se eu comesse um algodão doce rosa. - Falei rindo tentando não passar a minha timidez.
-Vou comprar. - Ele se levantou e foi em direção ao cara com algodão doce.
Comprou dois rosas e retornou a se sentar junto a mim. Agora mais perto. Deus! Meu sangue fervia por dentro em estar ao lado daquele homem. Entregou-me o algodão doce e depois de algum tempo disse:
-Eu também prefiro o de cor rosa. É mais doce. Acho que as pessoas precisam de algo mais doce.
-Defina doce…
-Chocolate…
-Bom. – Disse pensando em pilhas de chocolate de todos os tipos.
-Muito bom. - Ele riu. - Rosas entregues em uma manhã para a garota dos sonhos.
-Ei camarada. Pode parar. Tá apaixonado? - Perguntei brincalhona, mas com um pouco de ciúmes.
-Não, ainda não… - Okay, eu senti algo no seu olhar. Algo que eu sabia o que era. Como se ele estivesse me achando bonita, talvez. -. Mas deixa eu terminar.
- Okay.
-Doce como o leite derramado no fogão porque o cara se distraiu e quando a garota dele chega, eles começam a gargalhar. Isso. Doce como uma risada. - À medida que ele dizia, eu imaginava e sentia os pequenos prazeres corroerem por dentro de mim. Ele falava com prazer, como se quisesse que aquilo acontecesse com ele. -Doce como um jantar a luz de velas porque houve um apagão. Doce como um sorvete de morango com cobertura de chocolate. Doce como, doce como o que S/n? - Seus olhos, ah aqueles olhos, aqueles olhos e aquela boca que me chamava. Eu esta a indo. Quando estava tão perto, eu me lembrei que não podia e desviei, mas eu sabia que ele me olhava, sabia que ele estava assustado com o quase beijo.
-Doce como um algodão doce ou até mesmo um café amargo feito com tanto amor. - Disse encarando todo o parque, mas não queria olhar pra ele. Ele sabia que eu queria o beijar. E eu estava completamente vermelha com a situação.
-Doce como um beijo. - Ele disse fazendo me assustar e olhar pra ele e ele já estava vindo e eu apenas senti seus lábios macios e quentes e doce. Muito doce. Um doce tão bom. Que não era… nunca seria… enjoativo.
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