Ir além requer coragem

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O clima não podia estar mais quente entre Sana e Tzuyu.

Uma semana havia se passado desde a noite na casa da japonesa, aonde até mesmo a irmã mais velha da Chou participou da festa. Muitas coisas aconteceram desde então, coisas muito boas. Como o fato de Tzuyu passar algum tempo de seu intervalo na mesa de Guanlin, com os amigos dele, que agora também eram seus amigos. Ou o dia glorioso em que Chaeyoung passou pela sala de aula das meninas com um sorriso de quem falava que a rainha havia chegado, finalmente a coreana pediu transferência para o turno matutino. Agora também as meninas saíam juntas com frequência agora para o Rollin', bar aonde Jihyo cantava nos fins de semana.

Muita coisa aconteceu, inclusive o aumento significativo dos beijos e carícias entre as estrangeiras.

Não conseguiam mais evitar ou esconder a enorme tensão sexual que crescia entre elas toda vez que se encontravam sozinhas, como era o caso agora.

Sana e Tzuyu estavam mais uma vez na sala abandonada do terceiro andar, havia virado uma espécie de esconderijo para elas. A Minatozaki tinha em seu rosto um sorriso desafiador enquanto a mais nova mantinha o olhar divertido.

— Eu duvido muito. — Tzuyu respondeu a pergunta antes feita após refletir por alguns segundos — Eu não sou tão fácil quanto parece, Minatozaki.

— Sério, Chou? — a dita se encostou em uma das carteiras e puxou a gravata de seu uniforme, a afrouxando — Pois eu acho que você é.

— Está enganada — a taiwanesa disse, observando com desejo a japonesa se aproximar de si até que suas costas batessem na mesa do professor.

— Ou será que estou certa? — sussurrou, puxando o lábio inferior da outra enquanto os seus próprios formavam um sorriso.

— Não acho que consiga... Eu sou bem competitiva. — Tzuyu rebateu ofegante, levando as mãos para a cintura da mais velha e a puxando para si, em uma tentativa desesperada de a ter mais perto.

— Não quando se trata de mim. Quando se trata de mim, você se torna uma desesperada, não é? — Sana disse por fim, aproximando sua boca do pescoço da mais alta, aonde não teve pena de marcar a pele que tanto lhe agradava.

As mãos da mais velha passearam sem rumo pelo corpo esbelto, parando nas coxas, aonde deu um forte apertão.

E Tzuyu tentou, tentou muito. Se teve uma coisa que a taiwanesa fez, essa coisa foi tentar. Mas de nada adiantou, porque depois de um forte chupão dado em seu pescoço o primeiro gemido escapou.

Sentiu a risada da mais velha contra sua pele e acabou por corar. Minatozaki Sana havia ganhado mais uma vez.

— Como eu disse, amor. Uma desesperada. — disse convencida, dirigindo seus beijos até a boca da outra.

— Não sei porque ainda insisto em apostar com você. Eu sempre perco... — a mais nova falou manhosa, irritada por ter perdido o desafio proposto assim que entraram na sala.

E mais um desafio perdido entrava para a lista da Chou. Se tornou um hábito para as meninas apostarem nas coisas, seja sobre vencerem em um jogo ou até mesmo para ver quem gemia primeiro.

— Não fica assim! Eu posso te compensar, se quiser. — sugeriu, roçando os lábios, que estavam apenas alguns milímetros de se tocarem.

— Eu-

O celular tocou.

Ambas reviraram os olhos em conjunto, inconformadas por sempre atrapalharem na melhor parte. Tzuyu pegou seu celular esquecido na mesa e viu se tratar de uma mensagem de Guanlin.

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