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Theo me olha, ele parece sem jeito.

- Então, eu sei que você não queria conversar e nem me ver tão cedo. - Ele diz olhando pras mãos em cima da mesa.

Não falo nada, ele sabia muito bem que não queria ver ele.

O garçom chega com o pedido dele.

- Eu sei que errei contigo, que fui um idiota por ter feito aquilo contigo. - Diz ele e me olhando.

- Ah você sabe. - Finalmente falo algo.


- Jullyana, eu sei que você tem todos os direitos de me odiar. Mais olha..

Não deixo ele terminar.

- Você não tem noção do que fez comigo, por uma aposta idiota. Eu era apaixonada por você, fiz de tudo pra ficar com você, e olha o que você fez comigo. - Falo segurando as lágrimas. Prometi a mim mesma que não choraria mais na frente dele.

- Me desculpa Jullyana, eu era um idiota, não ligava com quem ia machucar, eu só pensava em curtir. Me perdoa. - Ele diz sem me olhar.


- Eu tive que mudar de escola, por que virei a piada. Eu tive que mudar de cidade, pra não sofrer mais do que já tava sofrendo. Não bastava a aposta, tinha que espalhar o video que fez de nós dois pra escola toda? - Pergunto sentindo meus olhos arder.

- Você não sabe o quanto eu me arrependo daquele maldito dia em que fiz aquela aposta. Depois que você foi embora, minha ficha caiu vi o mal que tinha te feito! Você não merecia o que eu te fiz.

- Ah claro, agora é fácil falar, por que não foi você que foi humilhado na frente da escola toda. Não foi você que virou a piada da escola. Você me transformou em uma pessoa vazia.


- Eu sinto muito Jullyana, eu só espera que um dia você possa me perdoa. - Diz ele e tenta pegar na minha mão em cima da mesa. Mas afasto ela rapidamente, não queria sentir seu toque.

- Eu decidi deixar o passado no passado e seguir a minha vida em frente. E não quero mais guardar essa magoa dentro de mim. - Falo olhando pra ele.


- Então você me perdoa? - Pergunta ele.

- Eu te perdoou Theo. Você ficou no meu passado.

- Podemos pelo menos tentar de novo, não sei, ser amigos? - Ele me pergunta.

- Theo, eu te perdoei, mas isso não quer dizer que queira você na minha vida, no meu presente. Então encerramos aqui. - Falo e me levanto.

Me sinto mais leve, ter essa conversa com ele, por mais que tenha sido difícil foi libertador.

- Adeus Theo. - Falo e saiu do Café.
Nem espero ele responder.


Quando já estou do lado de fora ligo pra Luna.

No segundo toque ela atende.

Eu: Oi Luna.

Luna: Oi amore, onde tá?

Eu: Sabe aquele Café perto da lanchonete onde trabalho?

Luna: Sei sim.

Eu: Estou em frente a ele, pode vim me buscar?

Com certeza já perdi o Ônibus, então preciso que a Luna Venha me buscar. Eu também estou precisando conversar com ela.

Luna: Posso sim, em dez minutos tô ai.

Diz ela e desligo o celular, esperando a Luna.

Em pouco tempo a Luna chega e seguimos pra casa.

A Garota SolitáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora