Lourenço capitulo 1.
SEM REVISÃO E CONTÉM ERROS.
Sou Lourenço Pratis, venho de uma família tradicional de pecuaristas. Meu pai me criou para lidar com o gado, seguir seus passos. A única coisa que herdei do velho foi o amor pelos cavalos.
Gosto da terra, gosto mais ainda de advogar, fiz o contrário do que meu pai queria, é o que eu gosto de fazer, dia a dia, adoro o desafio dos tribunais.
Meu pai era um homem do campo, ir à cidade para ele era trabalho, ele sonhava que fosse como ele. Um filho só se torna o reflexo do pai se for da sua vontade, eu não fui esse filho. Eu não quis me tornar o reflexo do meu pai escolhi ter minha própria identidade.
Quando contei ao meu pai que iria ser advogado não foi fácil, ele não concordou. Me condenou, gritou que me deserdaria. Me chamou filho ingrato! Parece que foi ontem que aconteceu.
Sai de casa, minha mãe chorou, os anos passaram, me formei, quando eu menos esperava meu pai veio me procurar, disse que precisava da minha ajuda, eu me senti importante naquele dia. Não esperava meu pai precisar dos meus serviços.
Ele era um homem orgulhoso, cheio de princípios, e o pior, nunca voltava atrás numa decisão, eu o ajudei, meu pai foi um dos meus primeiros clientes. Depois disso, conversamos e deixamos o passado no passado. Ele entendeu que: ter um filho advogado seria mais lucrativo do que um filho vaqueiro. Assim o tempo passou, cada caso que eu ganhava, a vitória também era do meu pai, eu via o orgulho nos olhos dele, aquilo me fazia ser cada vez melhor.
Meus pais se foram num acidente aéreo, depois que morreram tomei frente dos negócios, sem querer ser arrogante tripliquei nosso capital. Chega uma certa altura na vida que precisamos criar raízes fortes para construir um ninho seguro.
Conheci Fernanda, bonita, elegante, inteligente, me apaixonei por ela. Nos casamos, eu estava feliz, veio a revelação de sua gravidez e eu me senti completo. Fazíamos mil planos, e num piscar de olhos igual a um fleche em uma fotografia tudo se apagou.
No quinto mês de gravidez veio o diagnóstico de um cancer, essa doença terrível os tirou de mim, e lá estava eu sozinho outra vez. Fiz tudo que estava ao meu alcance, mesmo assim perdi a batalha. O dinheiro compra tudo, tudo que se pode tocar, mas não compra vida.
O mais terrível de tudo isso é que: ela sabia da doença, me escondeu, porque? Eu nunca irei saber, os mortos não contão seus segredos.
Ela sabia da doença, sabia dos riscos, e mesmo assim quis engravidar. Estava fazendo um tratamento alternativo, a doença a consumiu rapidamente. Quando descobri fiquei aterrado, como ela podia ter tomado uma decisão dessa sem me consultar, porque o médico não a orientou.
Eu fui atrás do médico eu o ameacei acabar com sua carreira, aí me dei conta que ele também não sabia. Ela abandonou o tratamento no começo. Disse que procuraria tratamento fora do país, eu não sabia o que pensar, como uma mulher inteligente como ela teve uma falha tão grande.
Procurei a clínica onde ela dizia que estava fazendo o pré-natal, não existia nem rastos ela manipulou tudo. Eu sei que tive culpa eu não a acompanhei nas consultas nos exames sempre estava ocupado: o escritório, o haras, fui negligente eu negligenciei minha família.
Um dia revirando as gavetas dela encontrei uma carta que ela tinha escrito. Ela dizia que tinha descoberto a sua doença a algum tempo, guardou em silêncio, não queria que eu sentisse pena dela. Contava do tal tratamento alternativo que havia dado certo para algumas pessoas, e achou que com ela seria igual.
Contou que a gravidez não tinha sido planejada, mas aconteceu, ela achou que conseguiria ter a criança e que a doença estava controlada. Pensou que se eu soubesse da doença a obrigaria se tratar com remédios e quimioterapia, que dessa forma perderíamos o bebê. Eu lia aquele pedaço de papel sem acreditar, aquela não era a Fernanda inteligente que conheci na faculdade. Cheguei a pensar que a doença havia enlouquecido, até mesmo duvidei que realmente estivesse gravida. A família dela que ficou à frente do sepultamento, talvez por isso as dúvidas, agora não adianta mais não quero remexer o passado.
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Um herdeiro Para Lourenço, completa.
RomansComédia romântica Comédia romântica contemporânea. Homem mais velho mocinha na flor da idade. Para maiores de vinte um ano. História fictícia de minha autoria.