MARIA ANTONIETA CAPÍTULO 11.

8.1K 972 180
                                    

SEM REVISÃO.

MARIA ANTONIETA 11.

Cinco dias, cinco dias, meu cérebro gritam novamente cinco dias, eu respiro, inspiro, respiro e inspiro, vou surtar, ele está me deixando maluca?! É a terceira vez nessa manhã que esfrego o banheiro dele. Meu corpo está banhado de suor, não são nem meio dia, minha testa pinga, meus olhos querem se fechar de sono, estou só o pó da gaita. 

Eu devia ter mirado bem no fundo dos olhos do senhor Elay e ter dito não. Um não bem grande que até minhas freirinhas pudessem ouvir. Mas aí pesei os prós, e os contra e aceitei. Agora estou aqui em um martírio sem fim.

Vou a pia jogar uma quantidade boa de água no meu rosto para tirar um pouco do suor que escorre e queima meus olhos com o sal. Passo o avental secando meu rosto esbaforida. Ando morta de canseira, nunca trabalhei tanto na minha vida. Sinto falta até dos sacos de batatas que cascava no orfanato a mando da irmã Aldenora. Eu estava no céu e não sabia? Perdão senhor por ter judiado do gato, perdão por ter roubado o santo, perdão por ter colocado sabão demais no chão e ter derrubado irmã Elsimar. Respiro profundamente arrependida por todos os meus pecados e os que ainda não foram revelados, mas como dizia irmã Bianca, nada está escondido aos olhos do pai, amém.

Termino a limpeza do banheiro encosto na parede buscando folego e um pouquinho de descanso. O maldito sino chacoalha estridente, o tilintar do objeto zune nos meus tímpanos, ele deve fazer de propósito. Sabe que estou dentro do banheiro era só me chamar será que se eu xingar ele será contado com mais um pecado? 

Tampo meus ouvidos com a mão deixando o rodo cair. Conto até dez respiro e inspiro, já até decorei, é o que mais faço durante esses cinco dias contar e respirar fundo, pedindo a deus paciência porque se ele me der força vou arrancar aqueles cabelos cheio de cachinhos que escapam na faixa.

Aperto com força as duas mãos pensando em ignorar o sino que não se cala, ele poderia ter uma câimbra na mão. Meu cérebro me acusa diante da minha negação em atende-lo, e amaldiçoá-lo martelando que, sou a única culpada por toda a situação tendo que agradecer ter me livrado da cadeia. O grandão não deu queixa, mas se dependesse do médico do (SAMU) eu estaria vendo o sol nascer quadrado já a uma semana.

Saio do banheiro me esquecendo do rodo e tropeço no maldito caindo estatelada no chão do quarto, droga! Meus joelhos queimam, me levanto ignorando minha dor indo até a beirada da cama onde o homem enorme está sentado. Usa um de seus muitos pijamas cinza de mangas cumpridas e calça. -Do que precisa? Pergunto educada camuflando a dor que sinto. Ele não me olha, não pergunta se estou bem, mas eu vejo que está irritado. Cinco dias com esse mal educado estão parecendo um ano. A unica coisa agradável nele é o perfume, qui perfume e a cor dos seus olhos que parecem duas xícaras de mel. Hummm, eu gosto de mel.

-Porque demorou? Estou com sede. Fala azedo, a vontade que eu tenho é de mandá-lo ir buscar, mas aí olho sua cabeça enfaixada e saio em disparada para a cozinha. Insisti em por uma jarra com água em cima do criado ao seu lado ele se negou dizendo que a água fica com gosto ruim, e ele gosta de água fresca. Deve ser muito fresco também?

Quando atravessei a porta do quarto no primeiro dia e o senhor Elay informando-o que eu cuidaria dele o homem surtou. -O que ela faz aqui? Perguntou grosseiro.

-Ela será sua acompanhante cuidará do serviço da casa e fará suas refeições. Explicou o senhor Elay ao malcriado. - Ela é uma delinquente teria que estar presa. Gritou me insultando. Cruzei meus braços e meu corpo começou a balançar nervoso, os olhos cor de mel brilhavam de raiva. 

-Estou em uma cama por causa dela. Apontou com o dedo pra mim. -Minha cabeça doe e lateja por causa do seu ataque. Falou gritando com seus olhos diretamente nos meus.

Um herdeiro Para Lourenço, completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora