LOURENÇO CAPÍTULO 10.

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SEM REVISÃO CONTÉM ERROS.

LOURENÇO 9

Acordei com uma dor que parecia que meus miolos estavam expostos pra fora da cabeça.
Abri meus olhos, mas tive que fecha em seguida, por conta da dor alucinante.
Não sabia onde estava e como fui parar ali. Não era meu quarto, não era minha cama, nada era familiar.
-A bela adormecida acordou?
Eu estava mal, mas pude identificar a voz de Elay, forcei meus olhos a abrir mais uma vez.
Foquei em um ponto imaginário a minha frente. Paredes brancas, armários com remédios, enfermeiras, tudo muito confuso.
Senti uma mão firme no meu ombro, me virei.
-Elay Onde estou?
-A pancada foi forte! Podia ser impressão minha, mas ele tinha um ar de riso na cara.
-Não se lembra do que aconteceu?
Tentei me levantar, fiquei tonto meu estômago revirou, tive que me deitar novamente.
-Não me lembro de porra alguma!
-Fique calmo, vou lhe contar tudo. O bastardo riu.
-Você me mandou uma mensagem ontem dizendo que estava na frente da pensão para falar com a Maria Antonieta. Eu não vi de imediato estava ocupado. Mas quando visualizei gostei de saber que estava lá para concertar as coisas.

O fitei sabendo bem qual sua ocupação predileta. -Umas oito e quarenta da noite um policial amigo meu me ligou dizendo que você estava na emergência da UPA zona norte.

Na hora me assustei pensei que fosse um acidente ou alguém que mandou pra cadeia tivesse o emboscado em busca de vingança. Ele me tranquilizou, disse que não era nada grave, mas seria bom eu vir vê-lo, acompanha-lo.
Escutei calado tentando me localizar, entender aquela merda!
-Como ele ficou sabendo?
-Ele tem um rolo com uma enfermeira daqui. Ela estava no plantão quando chegou, avisou ele. Disse que uma senhora e uma garota o acompanhavam. Deduzi na hora que seria Maria Antonieta.

As imagens começaram a vir na minha mente, misturadas. A bruxinha com a frigideira, a senhora me servindo um café. Depois tudo se torna um borrão, Elay continuava falando, voltei a prestar atenção nas palavras dele.

-Você é uma figura pública, conhecido, e antes que algum repórter local descobrisse o que aconteceu contigo, iria pedir para que não houvesse nem um comentário. Vim o mais rápido possível. Quando cheguei, já era tarde, todos querem saber o que aconteceu, e porque chegou em uma ambulância desmaiado, trazido pelo SAMU. E o que fazia na pensão? Com quem estava? Essas coisas.
Suspirei entediado com toda aquela conversa, droga! Odeio essa exposição toda.
-Encontrei Maria Antonieta e a dona da pensão no corredor. A garota está assustada, e a senhora muito preocupada.
-Ela está aqui?
-Sim, achou que tinha te matado! Pobre garota.
-Pobre garota! Falei indignado com a lembrança dela ter me acertado a cabeça com uma frigideira.
-Ela tentou me matar!
-Não exagere foi apenas uma pancadinha.
-Uma pancadinha uma ova, foi de caso pensado. Ela premeditou o ataque. Sou uma vítima daquela louca!
-Fala baixo, quer um escândalo ainda maior. -Qui me importa, eu vou colocar aquela louca na cadeia.
-Se não quer sua cara na primeira página do Gazeta estampada com a manchete! Advogado conceituado foi parar no UPA por assédio e a vítima para se defender lhe acertou um golpe de frigideira na cabeça.
-Merda! Elay tinha razão.
-Exatamente meu amigo uma grande merda! Você se tornaria uma piada pública e perderia toda sua credibilidade.
-Aquela garota deve ser contida, é louca. Elay se aproximou mais.

-Calma aí grandão eu conversei com ela. Ela contou tudo em detalhes o que fez com ela na sua sala. E depois lá na pensão, até quis que ela fosse faxinar seu apartamento. Desde quando você tem apartamento?
-Você está do lado dela?
-Não foi o que eu disse, mas não se considere vítima assim tão rápido.
Passei as mãos no rosto cansado, confuso, irritado.
-A garota está apavorada, ela queria se vingar do que fez com ela, mas não esperava que desmaiasse e ficasse tanto tempo desacordado.
-Com uma pancada daquela ela esperava o que?
-Se vingar! Elay me olhou e como uma hiena começou a rir, idiota!

Um herdeiro Para Lourenço, completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora