LOURENÇO CAPÍTULO 39.

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SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

LOURENÇO 39.

Na volta pra casa perdi as contas de quantas vezes tentei falar com ela e me explica que não tive culpa de Verusca  ter enfiado o dedo indicador dentro da minha camisa. Foi muito rápido estava sentado na mesa degustando a última taça do meu vinho esperando minha mariposa voltar da toalete quando a jornalista se aproximou da mesa.

-Devo considerar que estou com sorte, a primeira noite de regresso a minha cidade e encontro um dos homens mais interessantes que compõe essa metrópole. Levantei meus olhos encontrando a loira alta e com peitos enormes, fitei rapidamente no controle automático a direção do banheiro se não estava vindo um pequeno fura cãozinho ciumento, por sorte não estava.

-Veruska Cavalcante. Me levantei esticando a mão para a mulher a minha frente que ignorou minha mão e me puxou beijando meu rosto e me abraçando logo em seguida. E mais uma vez mirei a direção do banheiro, eu não estava fazendo nada de errado, mas encontrar antigas parceiras de foda estando com sua esposa por perto não era nada agradável.

Ainda mais Veruska que a anos estava fora da cidade trabalhando no Rio de Janeiro e não sabia que eu estava casado. Levantei minha mão com a argola dourada enorme em meu dedo para que ela visse e se afastasse, mas mesmo assim a cantada veio.

-Quem diria que cabelos grisalhos cairiam tão bem em um homem quanto se vê em você. Eu estava acostumado a elogios, se minha baixinha ouvisse não iria prestar. Me afastei milésimos de segundos dela, o que dava para fazer porque se eu fizesse mais um movimento trombaria no vidro que no caso era a parede do estabelecimento. E por dentro meu orgulho masculino não queria demonstrar que eu estava com medo dela, ou de me colocar em uma situação esquisita com minha bruxinha.

 Mirei o relógio em meu braço  Veruska perguntou se não queria me juntar a ela e outros amigos. Levantou o dedo apontando a mesa onde se acomodava duas mulheres e um rapaz, respondi que não que já estava de saída.

-Qui pena, achei que poderíamos relembrar os velhos tempos depois de um bom jantar doutor. Ela levou o indicador dentro do botão aberto da minha camisa onde era visível minhas tatuagens, foi tudo muito rápido.

 Ela me pegou desprevenido sem chance de afastá-la, nem se quer ouvia o que ela dizia quando mirei a pequena silhueta vindo na nossa direção. Acho que eu tinha parado de respirar ficando paralisado, sua face demonstrava todo o desconforto que sentia, ver a mulher do meu lado, não lhe deixava nada contente, era muito possessiva, minha mariposa.

Ela estava no seu total direito de se estressar e me sentia um pavão de ver toda sua fúria em forma de ciúmes para comigo. Nunca vi essas expressões no rosto da minha falecida esposa. Ela não se importava a que horas eu chegava. 

Se ia almoçar em casa, se saia para beber depois do expediente com o pessoal do fórum, ela só me via como marido quando queria algo que seu cartão de crédito não cobria. Si que é horrível fazer comparações, mas tudo com Maria é tão leve, tão gostoso, não vejo a hora de voltar para casa e me perder nos braços dela.

Hoje convivendo com ela percebo que Elay tinha razão, quantas vezes me disse que aquele casamento era sufocante, que usava o trabalho para fugir da verdade. Que o que vivia com Fernanda não era um casamento, ele chegou a me dizer que ela engravidou de propósito sabia que não conseguiria vencer e o que ela almejava alcançar era que me sentisse culpado, será? Cheguei a dizer que era exagero, que ele não gostava dela, por isso havia como uma intrusa.

Meus pensamentos foram dissipados com a voz da minha esposa furiosa.

-Pode fazer o favor de tirar suas garras peçonhentas do meu marido. Ela chamou Veruska de peçonhenta, ela era pequenina, mas quando ficava desconfortável com algo, ela se agigantava durona, brava, a voz tomando um tom acima do habitual, possessa.

Um herdeiro Para Lourenço, completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora