MARIA ANTONIETA CAPÍTULO 23.

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 SEM REVISÃO

MARIA ANTONIETA 23.

Acordei com uma preguiça que só meus santinhos na causa, estava quentinho, gostoso e o cheiro era bom não me lembrava de dormir assim tão bem antes. Estava sonhando com os rabiscos bonitos do senhor Lourenço. Estavam próximos aos meus olhos, minha cabeça descansava em seu peito bonito, a sensação era boa, era deliciosa.

Sorri, eu gostava daqueles rabiscos. Fui tirada do mundo dos sonhos sentindo alguma coisa passar na minha poupança: foi, voltou e circulou, aí, meus santinhos. Nunca tive esse tipo de sonho antes, era estranho, estava sendo sovada. Estava meia de lado: uma perna minha esticada, outra suspensa, numa coisa quente, macia e meia peluda.

Respirei um pouco mais profundo e o perfume do cavalão entrou no meu nariz. Meu nariz estava no peito dele, abri um olho, não era sonho, era real, muito real, aquilo que passou na minha poupança me sovando era a mão enorme dele. Me levantei devagar com os olhos bem serrados, contei até três e abri meus olhos. -Aí meus santinhos, aí meus santinhos o homem ta pelado, totalmente pelado, peladinho, não! Peladão, tudo naquele homem era grande.

Gritei e pulei da cama vendo aquela coisa enorme e cabeçuda no meio das pernas do senhor Lourenço, aquilo não era um falo era uma cobra. Me olhei, gritei mais alto, eu estava pelada, me desesperei encontrei um roupão no chão e o coloquei, era enorme, mas não importava. Ele abriu os olhos se levantando assustado quase caindo da cama com meus gritos. Senhor da glória o que era aquilo, seu falo estava enorme e apontado na minha direção.

-Porque está gritando? Perguntou o senhor Lourenço esfregando o rosto. Conforme ele se mexia aquele negócio gigante balançava: pra cima, pra baixo, pro lado, eu não podia olhar, eu não deveria estar olhando, mas era enorme, não tinha como não olhar, eu não era curiosa, mas era impossível não olhar chamava muito minha atenção. Minha cota de pecado estava transbordando eu iria queimar no fogo do inferno a se ia. Eu nunca tinha visto aquilo antes como era grande.

-Porque o senhor está pelado? Perguntei ele olhou para si, pegou uma toalha que estava no chão e se enrolou na mesma. Ele se cobriu, a cobra continuava esticada no tecido, parecia uma barraca montada daquelas que tinha nas quermesses do padre bino.

-Calma Maria, pare de gritar, ou vai acordar a todos? Estávamos na mesma cama pelados dormindo juntos agarradinhos um no outro pensei.

-Porque estou pelada? Perguntei exasperada, ele ajeitava seus cachinhos atrás da orelha, os mesmos insistiam em tampar seus olhos cor de mel. -Não se lembra do que aconteceu ontem de madrugada?

-O que aconteceu de madrugada? Ai meus santinhos, minha marmita. Me desesperei, ele veio pra perto me afastei dele. -O senhor tocou na minha marmita? Perguntei apavorada, as freirinhas diziam que os homens só queriam uma coisa de nós e quando conseguissem, seriamos descartáveis. Que nunca era para deixar o fogo tomar conta do nosso corpo.

-Maria por favor se acalme. Pediu ele tentando me tocar, me acalmar, eu só pensava na minha marmita, se ainda estava selada. -Você conseguiu o que queria não foi? Falei gritando com ele, o olhei decepcionada.

-Maria, por favor, deixa eu falar. Ele pedia calmo, terno, mas eu estava apavorada.

-Você tentou lá no rio, eu não deixei, aí você me esperou dormir. O olhei revoltada. Ele me fitou com mágoa, os olhos escurecendo, me pegou firme pelos braços.

-Chega Maria Antonieta! Gritou me segurando, furioso, tentei me soltar seus olhos me fitavam indignados.

-Eu não toquei na sua marmita, você atazanou meu juízo toda madrugada, querendo que eu fizesse sua marmita piscar, tente se lembrar. Me chacoalhou pelos braços.

Um herdeiro Para Lourenço, completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora