SEM CORREÇÃO E CONTÉM ERROS.
MARIA ANTONIETA CAPÍTULO 7.
Nunquinha que eu entraria no carro de um homem sozinha! Nunquinha mesmo! O que minhas freirinhas falariam se ficassem sabendo? Teria que passar horas e horas, de joelhos orando, sem contar o jejum. Irma Bianca me faria jejuar por três longos dias, e eu morreria seca!
-Senhor Elay se é tão importante o que quer esclarecer comigo, eu aceito ir naquele lugar chique conversar?
-Graças a Deus! Obrigado meu santo Antonio! Ele olhava para o céu om as mãos unidas e agradecia fervoroso. -Vai pedindo desculpa aí pro santo que eu nem terminei de falar. Eu disse que vou, mas não disse quando. Toda a sua alegria caiu por terra e a admiração pelo santo que conheço bem por ser um santo casamenteiro se foi e ele fez cara de pidão.
Falar de santo Antonio me faz lembrar do dia que irmã Eusimar me incumbiu de uma tarefa nada ortodoxia. Fazia muito calor por toda parte, a humidade do ar estava muito baixa e fazia meses que não chovia, as freirinhas oravam de fazer calos nos joelhos e nada de são Pedro mandar chuva.
A caixinha de pedidos de oração da capela era cheia de pedidos pra chuva. Foi aí que minha freirinha teve a brilhante ideia de me mandar roubar o santo Antonio. Eu na minha doce e humilde inocência fiz o que minha freirinha pediu.
Eu aprendi a rezar para São Pedro mandar chuva e não, Santo Antonio, então perguntei:
-Irmã Elsimar o Santo da chuva não é o são Pedro. A questionei, ela me mandou falar baixo se não alguém ouviria e disse:
-Minha criança linda com nome de rainha, não importa qual for o santo, o que importa é a intenção, e que a boa ação venha do coração. Bom, me conformei com o que ela disse, afinal a entendida de santo era ela não eu, eu era apenas uma interna aprendiz. A ação poderia estar cheia de boa intenção, mas ainda era um ato de inflação. Bom, a freirinha sabia o que fazia então me calei sobre a inflação.
Eu com toda minha agilidade de andar no escuro pelos corredores arrepiantes do orfanato fui até a capela e roubei o santo enquanto irmã Elsimar me dava cobertura. Quando me aproximei da porta e entreguei o santo pra freirinha disse empolgada:
-A freirinha viu como caminhei em silêncio igual ao gato magricelo da freira Aldenora?
-Nem sonhe em dizer essa barbarei na frente dela, ela ama aquele gato, lhe colocaria para cascar um saco de batatas sozinha e sem ajuda. A freirinha era tão pirada no gato que dava medo de ver. Dizia que ele era lindo, coitada, iludida. A freira me puxou pelo braço afastando as lembranças daquele gato medonho.
-Agora vamos levar ele para o sótão e esconde-lo muito bem por sete dias de cabeça para baixo até ele atender nosso pedido. Eu tinha uma leve impressão que aquilo era uma inflação. Ela pegou em meus ombros e disse: -Só vai dar certo se mantermos isso em segredo. Não podemos contar a ninguém somente quando a chuva cair do céu.
Aí devolvemos o santo para o altar. -Pode contar comigo será o nosso segredo. Falei eufórica, fiz um sinal de cruz com os indicadores beijando meus dedos frente e costas com a boa ação do dia. Ainda tinha algo que me perturbava? Sacudi o hábito dela chamando sua atenção.
-O que foi Maria Antonieta? Perguntou sem me olhar enquanto observava um lugar para esconder o santo. -Por acaso, se der certo, e a chuva vim. Ela me interrompeu. -É claro que choverá, estou colocando toda a minha fé nisso, porque? -Bom, como a freirinha disse que fazer isso é uma boa ação, então todo o resto das coisas inadequadas que fiz serão perdoadas?
Ela virou o corpo todo de uma vez e esbugalhou os olhos de um jeito, quase me mijei toda. Uma freira de hábito e no escuro era um tantinho assustador.
-O que está querendo me dizer? Que tipo de coisas inadequadas são essas Maria? Eu a olhei e me arrependi na hora. -Vamos Maria, estou esperando? Soltei minha respiração que eu prendia enquanto a olhava. -Passei pimenta na boca do gato da irmã Aldenora, fiz ele comer o jiló do meu prato, joguei água nele quando eu estava lavando o banheiro e ele passeava na água suja me provocando.
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Um herdeiro Para Lourenço, completa.
RomanceComédia romântica Comédia romântica contemporânea. Homem mais velho mocinha na flor da idade. Para maiores de vinte um ano. História fictícia de minha autoria.