MARIA ANTONIETA CAPÍTULO 19.

8K 981 192
                                    

SEM REVISÃO.

MARIA ANTONIETA 19.

Sai do apartamento do senhor Lourenço com Santiago. O cavalão tentou me persuadir ameaçou até descontar o dia de trabalho. Balancei meus ombros pra ele e me fui sem olhar pra trás, eu pedi demissão do emprego cortando definitivamente sua autoridade sobre minha pessoa. Fiz ainda pior, o ameacei ir aos jornais contar sua farsa.

Voltei de Uber para a pensão com Santiago, pedi desculpas a ele recusando seu convite de ir ao cinema, mas que outro dia iriamos a uma sorveteria ou em um parque, deixaria a sua escolha. Ele foi gentil, aceitou minhas desculpas conversamos um pouco, ele conheceu dona Bira e Sindilu, Betina estava trabalhando.

Durante a semana o senhor Elay foi a pensão levou meu pagamento fechado, eu não queria aceitar porque não fechei o mês. Ele disse que aquela soma implicava em um monte de burocracia por estar registrada. Eu não entendia bulhufas de nada de lei e burocracia, acabei aceitando, não fui procurar outro emprego pois precisava de uns dias de descanso, trabalhar pro cavalão foi osso. No final quase morri de alegria porque pude comprar umas peças de roupas produtos de higiene dois calçados um chinelo e um tênis baixinho, bem parecido com uma sapatilha, paguei dona Bira e ainda sobrou um dinheirinho.

Na sexta a tarde estávamos na frente da pensão jogando conversa fora quando senhor Elay apareceu com Santiago e nos convidou para fazer um passeio no campo. Estava todo animado e as meninas aceitaram de cara, eu como sempre fiquei com um pé atrás. Já dizia irmã Aldenora quando a esmola é demais desconfie, eu devia ter desconfiado um pouco mais.

Elas tentavam me convencer de todas as maneiras que seria legal e todas aquelas coisas que as pessoas falam pra te levar pro mal caminho, sem saber que está indo. Eu não iria aceitar até dona Bira sair lá fora e me convencer que eu estava sendo careta que se fosse ela já estaria de malas prontas, eu não era ela, mas no final eu aceitei.

Nunquinha na minha vida eu pensaria em encontrar o cavalão naquele paraíso e muito menos saber que aquela propriedade incrível era dele. Foi realmente uma surpresa, fazia uma semana que eu não o via, lá no fundo, bem lá no fundo eu senti falta de vê-lo pelas manhãs com seus cachinhos bagunçados.

Eu fiquei tão fora de mim quando vi ele ali que cai da cerca que estava me servindo de banco. Quando ouvi sua voz eu senti um breve tremor no meu peito, identifiquei como saudade, eu estava com saudade do cavalão. Rapidamente deixei esse sentimento de lado e me lembrei do que aconteceu na lavanderia e minhas bochechas com todo meu rosto queimaram. Na hora pensei em fugir dele, do seu olhar me medindo, eu sabia que aquele passeio era friagem e me arrependeria.

Vou ser sincera, eu gostei de ver ele, seus rabiscos bonitos aparecendo nos seus braços nus, e um pouco no peito, o homem era realmente um cavalo de grande. Ele me jogou no seu ombro e como da outra vez estapeou a minha poupança, era doloroso e irritante, mas pelo visto ele apreciava fazer aquilo. Tevê um momento que pensei em revidar, mas joguei aquele pensamento impróprio para debaixo do tapete do meu cérebro e não fiz, não iria me comportar que nem ele. 

Eu senti a tal das labaredas que irmã Eusimar tanto falava quando seus dedos roçaram debaixo da minha blusa. Acho que estava mais para fogo do inferno do que labaredas, mas uma donzela que se preze não se deixa levar por fogo e promiscuidade. Quando ele pediu pra ver meus mamilos, me apavorei, tentei fugir, o que ele estava pensando? Se outras mulheres gostavam de mostrar suas coisas íntimas a ele que procurasse por elas, mas eu não cavalão.

Minha mão se encaixou na bochecha dele de prima, eu faria de novo, eu não ia cair nas suas palavras doces nunquinha. Eu ainda estava sentada na janela com ele no meio das minhas pernas, mesmo com o tabefe que lidei ele não se situou.

Um herdeiro Para Lourenço, completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora