SEM REVISÃO.
LOURENÇO 24.
12 SEMANAS DEPOIS.
Lourenço.
A alguns meses resolvi que estava na hora de ter um filho, estou com 36 anos e acho que estou mais do que preparado para esse passo. O maior problema era a doadora do útero, pensei repensei e a solução foi conversar com as funcionárias do haras. Como sempre Elay não concordou, mas a decisão era minha, era minha vida, e eu estava decidido.
Reuni as cinco solteiras expliquei exatamente como seria Elay esteve comigo o tempo todo como meu advogado sendo testemunha da conversa. Deixei claro que não seria um relacionamento, não teria afeto e nem casamento. O óvulo seria de uma doadora anônima o material genético meu, a barriga doadora seria apenas para carregar o feto por nove meses. O filho seria meu, não teria nem um vínculo com a doadora. Não teria nem um tipo de compensação ou valor em dinheiro envolvido, não seria um ato comercial e sim de solidariedade.
Duas delas se dispuseram a me ajudar prontamente, Regina e Vitoria, as duas tinham quase a mesma idade e não tinha nem um projeto para ser realizado aquele ano. Regina era mais velha um ano que Vitoria então eu fiz a eleição, escolhi Regina que abriu um grande sorriso.
Quando estávamos na estrada Elay me disse que viu as duas discutindo, eu não vi. Ele disse que ouviu Vitoria dizer a Regina que ela não estava preparada para gerar uma criança porque era bipolar, na verdade não estou preocupado com isso. A escolhida passará por uma avaliação psicológica e o doutor dirá se ela estará apita para gerar meu filho. Se acaso eu não ter feito a escolha certa tenho uma segunda opção Vitoria. Mas no fundo sabemos que Elay está procurando defeitos e argumentos para que eu desista.
Eu amava aquele lugar, era o meu refúgio, depois que aquela feiticeirazinha passou por lá não consigo ficar mais que duas horas. As lembranças vêm com força, espero sinceramente que isso passe e eu possa voltar a minha antiga rotina e sem incluir a mariposa. Vou lá resolvo algumas pendencias e volto no mesmo dia, não me sinto mais à vontade, me falta algo, me incomoda, me deixa ansioso, é como se eu já não tivesse um lugar pra mim. Não voltei no rio agora ele era apenas uma lembrança gostosa de uma manhã de insanidade.
Depois do que aconteceu eu nunca mais á vi, e acho que é melhor assim, quando ela está por perto eu não raciocino e acabo agindo como um velho tarado. Melhor deixar Maria Antonieta no passado, uma lembrança de uma loucura boa. Mas as vezes eu sinto uma falta danada dela, das suas loucuras, sua língua solta e seu jeito moleca de ser.
E pra não cair em tentação abro uma garrafa de vinho e bebo até a mente se apagar, na manhã seguinte começo a batalhar comigo e o meu corpo outra vez. Eu não sei até onde eu iria com ela, mas ela deu um jeito de acabar antes mesmo de começar. E por outro lado também não quero me relacionar com ninguém Maria Antonieta ainda é uma menina que mal começou a viver. É isso que tento dizer a mim mesmo quando sinto uma necessidade enorme de correr atrás dela, tocar aqueles cabelos, sentir seu pequeno corpo contra o meu.
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Um herdeiro Para Lourenço, completa.
RomansaComédia romântica Comédia romântica contemporânea. Homem mais velho mocinha na flor da idade. Para maiores de vinte um ano. História fictícia de minha autoria.