SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.
ELAY CAPÍTULO 38.
Percebi alguns dias que a loira vem me evitando, dando algumas desculpas esfarrapadas para não sair comigo. Queria saber o motivo, sempre a tratei bem e fui generoso com ela. Nas últimas semanas eu ligo mando mensagem e ela sempre responde que já tem outro engatado, que cheguei tarde.
A primeira noite que saímos juntos paguei por um programa normal, apenas para sanar minha curiosidade. Ver se o produto era bom, porra! Era bom demais! Verdade é que nunca sai com prostitutas que faziam pontos nas esquinas, calçadão, achava arriscado pegar uma doença, levar um tiro e quando não encontrava uma amiga na noite, recorria uma boate que tinha serviços de acompanhante.
As garotas eram selecionadas, nunca esqueço a camisinha. Cheguei até a incentivá-la a procurar por uma Boate que era mais seguro, a elogiei, com todos os seus atributos seria contratada, mas ela não quis, gostava de ser autônoma, foi o que me respondeu.
No começo eu me aproximei dela por ser amiga da majestade, comecei a frequentar a pensão e sempre a via. Gostava do seu jeito espalhafatoso, riso frouxo e a mania que tinha de me olhar com vontade de comer.
Não tinha ideia de que era prostituta, uma noite chuvosa eu passava na avenida Tamandaré e vi uma mulher bonita vestida extravagantemente parada debaixo de uma marquise se escondendo da chuva forte. Olhei cobiçoso era um mulherão! Não a reconheci de imediato, mas quando me aproximei e o farol bateu em seu rosto me dei conta que era ela.
Eu parei imediatamente, o que ela fazia naquele lugar? Àquela hora da madrugada em uma rua de prostituição debaixo daquele toró. -Sindi. Ela olhou na direção do carro se aproximou já colocando os peitos molhados para dentro do vidro e antes que eu perguntasse o que ela fazia ali ela soltou.
-Cobro cento e cinquenta, mas se me tirar da chuva e me levar pro motel quentinho faço um desconto. Ela disse naturalmente sem me olhar a cara, levando a mão na boca tirando um chiclete que mascava o jogando no chão. Bom o que eu iria responder, apenas disse entra, ainda sem se dar conta que era eu ela entrou. Aquela situação deveria ser normal para ela por agir daquela maneira.
Dei uma boa olhada nela que passava as mãos sobre a roupa, o rosto, cabelo, braços tirando os pingos da chuva. A roupa que usava era muito curta e brilhante, parecia plástico, um vestido justo vermelho apertando as cochas bonitas, uma bota preta até os joelhos, os peitos saltando fora do decote, um exagero, mas um exagero bonito.
-Noite difícil? Ela se virou para me responder e então sua ficha caiu se dando conta que era eu, lhe dei uma piscadinha. Sua boca se abriu e ela se mostrava muito espantada ao me ver. Sorri arqueando a sobrancelhas divertido para ela. Não queria deixá-la constrangida.
_Porra! Se tivesse me dado conta que era o doutor cheio da grana, eu tinha dito que era duzentos reais e nada de desconto, qui mancada? É, ela não estava constrangida!
Olhando pra cara dela eu cai na gargalhada e ela continuava se recriminando. Eu gostava daquilo, sua sinceridade era apaixonante, deu um tapa na minha perna e disse:
-Betina está certa quando diz que sou parva. Nunca vi um carrão desses parar por aqui antes, os bofes que param aqui no máximo que eles têm é uma Eco esporte e ainda pedem desconto. O doutor me chamou pelo nome então pensei que era alguém conhecido vindo fazer um repeteco. A chuva forte tirou minha atenção para meus pés, meus saltos não me derrubarem na enxurrada. Entendi né, não quero ficar com cheiro de água suja misturada com urina de rato e baratas. Ai, que eu não conseguiria clientes nessa madrugada.
Ela era uma prostituta, ela deu o seu valor, achei que ficaria constrangida quando se desse conta que era eu. Mas não, não vi constrangimento e sim revolta por dar um preço baixo e desconto, qui garota louca.
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Um herdeiro Para Lourenço, completa.
RomanceComédia romântica Comédia romântica contemporânea. Homem mais velho mocinha na flor da idade. Para maiores de vinte um ano. História fictícia de minha autoria.