- Débora...! Débora!
Ouvi as vozes de Esther e Valentina, porém minha visão ainda estava escura. Aos poucos ela foi voltando ao normal, revelando as expressões preocupadas das minhas amigas. Ruan estava do lado delas, com a expressão um pouco abalada. Bárbara estava em um canto, junto com o seu grupo, parecendo estar se divertindo.
- Meu Deus...! - Valentina parecia estar sem nenhuma reação, apenas gritando por meu nome e pelo o de Deus - seria melhor que você fosse para casa, Débora...
Eu não conseguia falar nada, minhas mão e pernas tremiam, por medo do que poderiam significar aqueles sintomas. Por sorte, as meninas tinham me colocado em uma cadeira quando eu estava desmaiada, porque, se não fosse isso...
Observei Valentina pegar meu celular da minha bolsa, me deixando um pouco nervosa. Não queria que ela ligasse para Jasmine. E se ela suspeitasse a mesma coisa que eu suspeitava?
- Não! - consegui falar, com muitíssimo esforções - não ligue para Jasmine.
- Mas... - Valentina começou.
- Por favor - pedi, começando a me sentir mal outra vez.
- Ligue para o Joel - Esther instruiu a ruiva, olhando para mim.
Provavelmente ela já estava desconfiando também. Comecei a ficar ainda mais nervosa.
- Joel...? - Valentina estava com as mãos tremendo - a Débora desmaiou na escola. Sim, ela desmaiou. Não quer que eu ligue para Jasmine. Você vai vim buscá-la? Mas acha que a diretora vai deixar? Ah, ela conhece você? Ah, tudo bem.
- E...? - Esther virou a cabeça, com dúvida.
- Ele vai vim buscar ela.
Amanda, a diretora, entrou apreensiva pela a porta. Seus olhos estavam procurando alguma coisa, até que pararam em mim.
- Débora! - ela correu em minha direção - soube que desmaiou. O que está acontecendo?
- Também não sei...acho que pode ter sido uma queda de açúcar no sangue...eu não comi direito hoje de manhã - menti, observando os meus amigos olharem para mim, impressionados com minha resposta rápida.
- Vou ligar para sua responsável - ela falou.
- Não - tirei minhas costas da cadeira, alterada.
A diretora me olhou confusa, o que me fez perceber que eu precisava agir normalmente se quisesse me safar daquela.
- Porque ela está em uma reunião importante agora - apoiei novamente minhas costas na cadeira, me sentindo culpada por mentir tanto - mas eu tenho autorização para ir para casa sozinha.
- De jeito nenhum! - a diretora protestou - você não vai sozinha para casa. Está muito pálida.
A porta da sala se abriu, revelando o Joel e Sophie. Não sabia como ele havia chegado ali sem ser barrado, mas no momento só queria ir para casa.Na verdade, não queria ir para nenhum lugar com toda a confusão que circula minha cabeça agora.
- Mas...como pessoas sem ser alunos conseguiram entrar aqui - a diretora pareceu irritada, mas depois seus olhos iluminaram - Joel! Sophie!
- Oi - Joel entrou, tentando sorrir, porém me olhando extremamente preocupado - o porteiro me deixou entrar, ele me reconheceu. Eu vim buscar a Débora.
- Mas...como vocês se conhecem? - Amanda olhou para mim, desviando depois os olhos para o Joel.
- Ela é minha namorada - ele contou.
A diretora, por confiar no Joel, deixou ele me levar para casa, com Sophie nos acompanhando. Porém, disse que depois gostaria de ter uma conversa com Jasmine, para perguntar sobre a minha saúde.
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- Me desculpe por atrapalhar sua faculdade - disse para o Joel, ainda me tremendo um pouco.
Estava sentada no sofá, com Sophie e Joel me olhando atentamente, esperando que eu falasse alguma coisa.
- Eu... - Sophie começou, com receio de falar - não queria soltar essa hipótese é estressar mais a Débora. Mas eu acho que ela está grávida.
Joel arregalou os olhos, nervoso.
- Vou preparar um chá para ela, enquanto isso seria bom vocês conversarem - Sophie se retirou, indo para a cozinha.
Coloquei as mãos de frente do rosto, envergonhada. Grávida as 17 anos. Muito bom. Um ótimo começo para quem quer ser uma médica.
- Débora... - Joel tentou tirar as minhas mãos da frente do meu rosto, delicadamente.
- Não - falei, um pouco grosseira. Eu estava irritada com o enjoo que nem por um momento havia passado, perturbada com a suspeita de gravidez e nem um pouco a fim de conversar - apenas...não fale nada disso para sua mãe, Jasmine ou ninguém.
- Mas e se for verdade? - Joel insistiu.
- Não pode ser - tentei por um fim na conversa.
Não poderia ser verdade.
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A meia-irmã [ * EM REVISÃO * ]
RomanceFilha de um empresário rico, Débora Koch é mandada para o México. Será que a fuga de sua mãe serviria como uma ajuda ao destino ou para o seu declínio emocional? [PLÁGIO É CRIME! ART.184 do Código Penal]