Relato do Joel

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Ooooi, gente... A história vai ficar sendo contada pela Débora, mas alguns capítulos irão mostrar a história contada pela vista de outros personagens principais.... espero que gostem!
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A vida estava difícil fazendo faculdade. Embora eu, Zabdiel, Christopher, Richard e Erick estudássemos na mesma, não nos víamos muito, exceto nos fins de semana. Isso porque, além do fato de que estamos em cursos diferentes ( eu em arquitetura, Christopher em gastronomia, Zabdiel em Gestão Ambiental, Richard em Direito e Erick em Multimídia), quando saio da faculdade ainda tenho que tirar cópias de livros.

Azar de quem sai da escola para fazer faculdade. Mas tudo bem, eu gosto do curso que estou fazendo e logo, logo acaba. Só mais 4 anos.

Eu estava no sofá assistindo Grey's Anatomy com a minha mãe quando o Chris me ligou dizendo que eu esperasse com os outro na sorveteria, onde ele nos apresentaria uma pessoa...disse que era a meia-irmã da namorada dele, que estava vindo dos Estados Unidos.

Me levantei. Provavelmente alguns dos garotos se apaixonariam por ela e eu teria que começar a ficar de vela para dois casais. Mas eu precisava mesmo sair e descansar, já havia estudado o dia todo. E era sábado.

- Mãe, vou na sorveteria com os garotos - falei.

- Ainda bem, já não aguentava mais te ver estudando e enfurnado na televisão - respondeu. Eu só havia assistido televisão por 30 minutos.

Vesti uma roupa e saí para a sorveteria, mesmo imaginando que os outro não estariam lá. Eu sempre chegava antes em todos os compromissos que marcavam.

Por incrível que pareça, o Richard e o Erick já estavam lá.

- Chegaram no horário certo? Vivendo e me surpreendendo - falei, fazendo os meu amigos rirem.

- Certo, inteligentão... - Erick começou - e como está seu curso? Nem as mensagens responde mais.

- Vocês enviaram mensagens? - desbloqueei o celular, vendo as notificações de 300 mensagens - me desculpem.

- Tudo bem, cara - Richard falou - a faculdade é um saco mesmo. Mas eu nem sou doido de estudar no sábado. Sábado é dia de esquecer até o próprio nome.

Ri. Eles eram os melhores amigos que alguém poderia ter.

Depois de alguns minutos, Christopher chegou, acompanhado da sua namorada e uma menina loira muito bonita, embora parecesse um tanto de repulsa por estar ali.

- Uau - Erick sussurrou, baixinho.

Enquanto ainda estavam se sentando, Erick perguntou:

- Quem é essa, Chris?

Até parece que ele não sabia. Chris já havia contado para todos nós.

- É a meia- irmã da Sophie. Débora.

- Oi - ela respondeu, um pouco baixo.

Depois de um tempo, Chris percebeu que não havia apresentado o Erick. Mas, na verdade, não tínhamos certeza se a ela queria mesmo saber. Parecia tão triste e mergulhada em seus próprios problemas...

Depois que todos se apresentaram, Chris acabou perguntando o porquê de ela ter saído dos Estados Unidos. Foi aí que começou a confusão. Débora saiu com os olhos lacrimejados, parecendo bastante abalada, se segurando para não chorar. Disse que tinha umas coisas para fazer na casa de Sophie.

Embora eu e meus amigos tenhamos ficado um tanto confusos com relação ao que estava acontecendo, Sophie foi correndo atrás de Débora para tentar fazê- la se sentir melhor. A namorada do Chris parece gostar bastante da meia- irmã, sentimento que ela parece não retribuir. Mas não quero julgar ninguém,a Débora parecia bastante abalada.

- Acho que deveríamos ir pedir desculpa - Christopher concluiu, depois de uns 10 minutos.

Concordamos com ele e fomos para a casa de Sophie, nos sentando no sofá da sala quando chegamos.

Observamos Débora descendo as escadas, sentando-se em um sofá na nossa frente. Ela estava chorando. No mesmo momento, percebi que ela era frágil, embora tentasse passar por cima de todos seus sentimentos. Naquele momento, eu jurei a mim mesmo que a protegeria e que faria ela se sentir melhor, de um jeito ou de outro.

- Eu também sou dos Estados Unidos - falei, tentando não fazê- la chorar outra vez com a retomada ao assunto. Foi uma fala estúpida, deveria ter conseguido outra coisa para puxar assunto.

- Por que veio para cá? - perguntou, parecendo satisfeita por eu ter cortado o silêncio.

- Minha família é do México - respondi.

- Entendi.

Dei um sorriso leve, querendo dizer a ela que não importa o que ela estivesse passando, poderia contar comigo.

- Eu senti um clima, hem? - o palhaço do Christopher brincou.

Fiquei com vergonha, percebendo que aquela garota havia mesmo chamado minha atenção. Porém, ela já parecia ter intrigas internas demais para se preocupar com um namorado. Resolvi apenas tentar fazer a mesma se sentir melhor.

A meia-irmã [ * EM REVISÃO * ]Onde histórias criam vida. Descubra agora