Capítulo 2

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Sábado

     Acordo com a aeromoça me sacudindo e tenho que me controlar muito para não mata-la, sempre odiei que me acordem e mais ainda sacudindo, fala sério! Esse povo não sabe acordar alguém sem sacudi-la e/ou gritar?

      Desço do avião após ser informada que o mesmo já pousou e do lado de fora posso ver o quão bela a cidade é, um vento gelado passa por mim me fazendo arrepiar e também agradecer por ser uma loba, eu sou quente darlings! Pego meu celular assim que sinto o mesmo vibrar, é uma mensagem da minha mãe:

     Mamãe ❤
Filha, pedi para a aeromoça te acordar e peço a Deus para que não tenha matado ela, estou na saída do aeroporto. Consegui um táxi, vem logo antes que ele comece a cobrar pela espera!

     Após pegar minhas malas e perceber que minha mãe já pegou as dela eu saio, vejo a linda loira de olhos azuis que parece ter uns 20 anos mas na verdade tem... Mamãe odeia que eu fale sua idade! Praticamente corro quando ouço:

     — LUA SOLARIA! FILHA, AQUI!!! - ouço minha mãe gritar como uma louca.

     Assim que entramos no táxi eu falo rindo:

     — Você não consegue ser mais escandalosa? - eu pergunto sarcasticamente.

     — Simon, eu fui escandalosa? - mamãe pergunta ao taxista.

     — Nem um pouco senhorita Caroline! - ele responde rindo.

     — Não liga para a minha mãe não, as vezes sempre ela age como uma criança! - eu falo revirando os olhos.

     — E você age como uma adulta! - mamãe rebate.

     — Tem certeza que vocês são mãe e filha, não irmãs? - o motorista pergunta me olhando pelo espelho do carro.

     Pronto, agora todos na cidade já devem nos achar loucas! Como minha mãe vai ser a diretora de um manicômio se ela também devia estar internada em um? Aproveito o tempo que fico no carro para observar a cidade tentando decorar alguns pontos de referência que eu possa usar algum dia, tipo... Tem uma lanchonete bem ao lado da biblioteca municipal que também é uma livraria (preciso dar uma passadinha lá qualquer dia), um bar de frente para o supermercado que está ao lado de uma pracinha, tem o hospi... Meu Deus, para que uma cidade pequena precisa de um hospital tão grande?

     Descemos do táxi após pedirmos para o mesmo aguardar um pouco logo que minha mãe vai apenas falar com sua amiga para então seguirmos para a nossa nova casa, o cheiro de sangue é forte mas está um pouco disfarçado por causa da grande quantidade de medicamentos, vejo todos nos olhando de maneira estranha como se estivessem vendo nós transformadas e para o bem da minha sanidade decido ignorar essa paranóia.

     Corredores e mais corredores, o hospital é realmente enorme e pelo simples fato de que minha mãe não se perdeu me faz crer que ela já veio aqui, sigo ela não querendo perde-la de vista e logo ela faz a coisa que eu menos esperava:

     — MELISSA!!! - minha mãe grita o nome de alguém.

     — Mãe, nós ainda estamos em um hospital, se controla mulher! - eu falo a repreendendo.

     — Desculpa! - ela fala envergonhada olhando para as diversas pessoas que a encara.

     Uma mulher bela de cabelo preto e enrolado, olhos castanhos e não muito alta vem até nós, encarando-nos com expressão de surpresa, ela fala assim que chega até nós:

     — Caroline! - ela fala, deve ser a Melissa - Você não mudou nada!

     — Mudei sim! - minha mãe fala sorrindo - Estou mais bonita!

     — Fala sério! - eu falo revirando os olhos - Oii, eu me chamo Lua!

     — Oii, sou Melissa! - ela fala sorrindo.

     Após nos apresentarmos nós nos despedimos, elas trocaram telefones para marcarem de sair e então saímos do hospital, como havíamos pedido, o Simon estava nos aguardando no estacionamento, assim que entramos no carro minha mãe falou onde era a nossa casa e seguimos para a mesma. A casa é linda e realmente enorme, o carro foi estacionado bem na frente e assim que pagamos ele fala sorrindo:

     — Aqui está o meu número, sempre que precisarem é só ligar! - ele fala sorrindo.

     Sorrio para ele enquanto pego o papel e guardo em minha bolsa, junto com minha mãe eu entro na casa e dou risada ao ver caixas e mais caixas espalhadas pela mesma, minha mãe nem precisou explicar. Pego as caixas que tem meu nome e subo as escadas indo para o meu quarto, ponho minha playlist preferida para tocar enquanto arrumo tudo.

     As únicas coisas que já haviam no quarto quando cheguei era a cama, a penteadeira no closet junto com os cabides, o banheiro arrumado mas sem nenhum objeto pessoal. Minhas cores preferidas sempre foram preto e vermelho, meu quarto se baseia nessas duas cores e no telhado tem o desenho do céu incluindo a lua cheia, e as estrelas formando minhas constelações preferidas e algumas estrelas cadentes também, minha mãe realmente pediu para fazerem esse quarto a minha cara!

     Abro a janela para ver que vista tenho e dou de frente com a janela do vizinho, vejo que o mesmo está na janela então tento recuar sem ser notada, tentativa falha. O garoto do maxilar torto me encara e sorri educadamente, faço o mesmo e assim que sinto o seu cheiro eu recuo para dentro fechando minhas cortinas.

     Assim que minha atenção volta para as diversas caixas que tenho que arrumar eu tento esquecer o cheiro do meu vizinho, vocês devem estar achando estranho mas eu posso explicar... O cheiro desse garoto que nem ao menos conheço mexeu comigo, e quase me fez perder o controle do meu lado vampirico, tenho que tomar cuidado, não posso nos expor ao mundo!

     Agora eu entendo o que minha mãe quis dizer com "Vai levar a casa inteira?" quando eu estava arrumando minhas malas, eu trouxe muitas coisas. Segunda feira já começa as minhas aulas então hoje vou arrumar tudo e amanhã saio para caçar e conhecer a cidade, e como já está escurecendo decido descer e fazer a janta, assim que chego a cozinha vejo minha mãe toda arrumada comendo uma maçã, eu falo:

     — Aonde a senhorita vai? - eu pergunto sorrindo.

     — Me ligaram, dizendo que tenho que ir lá no manicômio! - minha mãe responde pegando sua bolsa.

     — Sei que você é louca, mas trabalhar em um manicômio? - dou risada enquanto pergunto.

     — Muito engraçadinha! - ela fala rindo - Não me espere, provavelmente vou chegar tarde!

     Ela sai de casa me deixando sozinha, pego meu celular colocando a minha playlist da Demi Lovato para tocar enquanto cozinho, ao terminar de fazer minha comida e de comer a mesma eu lavo a louça que sujei, subo para meu quarto novamente e vou direto para o meu banheiro onde tomo meu banho, escovo os meus dentes e visto um pijama qualquer, durmo assim que me jogo em minha cama.

    

SOLARIA - Eu, uma Mikaelson em Beacon Hills!Onde histórias criam vida. Descubra agora