Capítulo 5

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Terça-feira

     Acordo com o meu celular despertando bem do lado do ouvido e foi muito difícil resistir a vontade de atira-lo contra a parede, me levanto da cama me assustando com o meu reflexo no espelho, realmente estou com sono! Tomo um banho de banheira com água gelada tentando acordar mas não sei se deu muito certo, escovo os meus dentes e com maquiagem tento esconder os vestígios de ter ido dormir tarde.

     Em meu closet procuro por alguma roupa qualquer para vestir e a escolhida foi uma calça jeans preta com uma blusa justa da mesma cor, visto também uma jaqueta e calço uma bota de salto... Estou pronta! Saio do meu quarto indo para a cozinha onde encontro minha mãe, pego uma maçã e a ouço dizer:

     — Passou a noite na biblioteca né? - ela me pergunta.

     — Passou a noite trabalhando né? - eu pergunto me referindo ao fato dela também estar com cara de sono.

     — Eu não entendo o motivo de uma cidade pequena ter tantos malucos! - minha mãe fala confusa.

     — Vai ver exista algo sobrenatural aqui! - eu falo rindo mas paro ao ver a cara dela - Fica tranquila mãe!

     — Vai logo para o colégio menina! - ela fala me expulsando.

     Dou risada enquanto saio e antes de sair escuto ela rir também. Sei que ela morre de medo de descobrirem quem sou, pelo que eu entendi a Hope passou por muitas coisas por ser filha do híbrido original e também por ser uma tri-hibrida, minha mãe tem medo de que venham atrás de mim! Eu realmente não ligo se tentarem me matar ou algo do tipo logo que não é tão fácil fazer tal coisa mas mamãe já perdeu muita gente e duvido muito que ela sobreviva sem mim aqui, a tia Bonnie e a tia Elena falou que ela já foi casada com o irmão do tio Damon mas que ele teve que se matar para salvar Mystic Falls, sei que a minha vó morreu de câncer e que minha mãe até tentou transforma-la em vampira mas nem isso a salvou... Ela perdeu muita gente!

     Estaciono meu carro na frente do colégio e desço do mesmo, entro e sigo a procura da minha sala ignorando os olhares alheios, segundo o meu horário agora tenho química e tenho que admitir não ser muito boa nisso. Não demora muito para que o sinal toque e os demais alunos entrem na sala, o professor me olha e diz:

     — Qual é o seu nome? - ele pergunta me encarando.

     — Eu me chamo Lua Solaria! - eu falo. Sério, da onde minha mãe tirou esse nome?

     — Você veio da onde? - ele faz outra pergunta, que comece o interrogatório.

     — Eu morava em Mystic Falls, Virgínia! - eu falo sorrindo.

     — A cidade dos vampiros! - o professor fala rindo.

     — A Transilvânia não era o lar dos vampiros? - um aluno qualquer pergunta, ele tem lindos olhos azuis.

     — Na verdade "os mitos" se originaram em New Orleans, mas com o passar do milênio se espalhou pelo mundo, principalmente em Mystic Falls! - eu falo atraindo a atenção de todos.

     — Qual é o seu sobrenome? - o professor pergunta.

     — Forbes! - eu falo ocultando o meu sobrenome Mikaelson - Sou de uma das famílias fundadoras!

     — Imaginei! - o professor diz.

     Minha mãe estava certa, essa cidade não é normal, e a piada de existir algo sobrenatural nela perdeu a graça! Ouço gritos do lado de fora e apenas um com palavras compreensíveis:

     — BOMBA!!! - alguém grita do lado de fora.

     Se fosse em uma escola normal todos iam achar estranho e desconfiar mas para a minha surpresa eles acreditaram, todos começam a sair da sala assustados e pelo jeito já estão até acostumados com esse tipo de situação. Ando pela escola contra o fluxo dos alunos, enquanto eles tentam ficar o mais longe possível do perigo eu tento me aproximar, talvez eu consiga desarma-la com magia.

     Nunca imaginei que procurar uma bomba em um colégio seria tão difícil quanto achar uma agulha em um palheiro, tento focar minha audição mas com a gritaria de desespero dos alunos fica complicado, ao longe consigo ouvir o bipar. Começo a correr contra o fluxo de alunos quando percebo que a bomba está no último andar, o som começa a ficar mais alto e não demora para que eu ache a sala específica em que ela está.

     Entro na sala sem nem reparar antes que havia pessoas dentro dela e que agora as mesmas me encaram como se eu fosse de Marte, encaro um por um ignorando por hora o fato de alguns não serem humanos, meu olhar para no mundano do grupo que segurava a bomba em mãos, ando até ele e falo olhando em seus olhos:

     — Me entrega a bomba! - eu falo o hipnotizando.

     Assim que a bomba está em minhas mãos todos me encaram confusos e eu decido ignora-los novamente, recito um feitiço em minha mente que meio que me faz ter visão raio-X, falo:

     — Merda! - exclamei ao olhar o interior da bomba - Ela vai explodir!

     — Fique calma! - ouço uma voz dizer atrás de mim, arrepio - A policia está vindo, eles vão desarmar a bomba!

     Não respondo o garoto do queixo torto, que a propósito é o meu vizinho, apenas ando calmamente até o humano e falo o hipnotizando de novo:

     — Me leve até o campo! - eu falo.

     Ele começa a andar em direção da porta e eu o sigo, o grupo sobrenatural que não conheço vem atrás de mim, as vezes eles me chamam ou simplesmente tentam me impedir de continuar andando mas eu os ignoro, devo ter emagrecido uns 5kg com esse sobe e desce de escadas. Paro de andar apenas quando estou no meio do campo aberto e logo ouço o lobinho do queixo torno dizer:

     — Me de a bomba! - ele fala - Eu vou levar para a polícia!

     — Se afastem! - eu falo apenas.

     — Você vai morrer! - ele fala me encarando de maneira estranha.

     — Eu já estou morta lobinho! - eu falo o pegando de surpresa.

     — Como..? Você..? Não entendo... - ele não consegue falar.

     Começo a recitar um feitiço de proteção prestando atenção no bipar do objeto em minhas mãos, sinto minhas forças se esvaindo conforme vou terminando o feitiço mas ignoro tentando manter a proteção forte, a bomba foi feita com magia então não pode ser desarmada. Assim que o bipar se torna mais rápido e constante eu jogo a bomba com toda a minha força para cima enquanto começo a recitar mais alto, cinco segundos depois ouço a mesma explodir, o fogo se espalha em volta do meu campo de força que passa a cobrir todo o colégio.

     Me sinto fraca mas preciso terminar isso, não posso deixar todas essas pessoas morrerem, sinto algo escorrer do meu nariz e pelo cheiro sei exatamente o que é, s... San... Ouço:

     — Você não está bem! - o lobo diz - seu nariz está sangrando!

     Gemo de dor ao cair de joelhos no gramado mas continuo falando o feitiço de proteção, sei que não vou aguentar muito tempo então mudo a letra, absorvendo para mim toda a chama da bomba e toda a magia que nela tem. Minha vista escurece e eu desmaio nos braços de alguém.

SOLARIA - Eu, uma Mikaelson em Beacon Hills!Onde histórias criam vida. Descubra agora