Capítulo 2

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O ruído de uma moto acelerando pela rua interna do clube tirou a concentração de Fernando. Voltou-se para ver a máquina invadir a paz e o silêncio do spa rural. Era uma moto vermelha, média. Tentou identificar o modelo enquanto o condutor estacionava na praça circular para visitantes... moto importada, o sujeito tinha estilo.
Permaneceu a poucos metros do recém chegado, na entrada do jardim. Só que, quando o condutor desmontou, percebeu que não era um homem, e sim uma mulher. As roupas de couro preto moldavam o corpo feminino fantástico, perfeitamente proporcional, cheio de curvas firmes.

- Uau, que mulher sensual! - Fernando pensou alto

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- Uau, que mulher sensual! - Fernando pensou alto.

Ansioso, Fernando observou-a retirar o capacete, e não disfarçou a admiração ante o rosto e os cabelos formidáveis. Registrou a atração que o queixo levemente pontudo exercia, os olhos castanhos espaçados, o nariz delicado e a boca bem desenhada. Os cabelos eram rebeldes, porém formava um lindo conjunto com seus traços.

 Os cabelos eram rebeldes, porém formava um lindo conjunto com seus traços

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Aquela mulher não era apenas sexy, era uma dinamite pura... ousadia, perigo, desafio aos padrões convencionais, desdém a opinião alheia a seu respeito... parecia determinada a dançar conforme sua própria música, aonde quer que isso levasse. Ela lançava um desafio que ativava os hormônios de Fernando, fazendo seu sangue ferver e lhe arrebatando qualquer pensamento coerente da cabeça...
Ele queria...

- Tudo bem se eu deixar a moto aqui enquanto faço o meu registro? - perguntou a moça.

A voz sensual interrompeu o turbilhão de desejo, trazendo Fernando de volta ao mundo real. A dona da moto o fitava desdenhosa com seus olhos castanhos, ora esverdeados, e ele teve a impressão de que ela sabia exatamente o impacto que havia causado nele, divertindo-se.
Fernando, desacostumado a ser flagrado fitando alguém, respondeu como um idiota:

- Claro. Está bem longe das outras vagas.

Ela sorriu irônica.

- Trapaceando, pelo que vejo.

- Como? - Fernando não conseguia raciocinar direito.

- É proibido fumar nessa fazenda! - esclareceu ela, antes de se voltar para soltar a bolsa da moto.

Fernando olhou para o cigarro, ainda aceso entre seus dedos. Mal controlou o impulso de se livrar da prova do crime. Sujar o chão com um toco de cigarro aceso, seria ainda mais lamentável.

- Não estou incomodando ninguém,  fumando aqui fora. - ele se justificou.

- Os homens sempre justificam suas trapaças. - disse ela.

- E as mulheres não? - rebateu Fernando, preocupado demais com o comentário cínico.

- Não vejo nenhuma mulher aqui fora poluindo o ar puro e cristalino pelo qual pagamos para respirar. - ela respondeu.

Ela alojou a alça da bolsa no ombro e voltou-se para fitá-lo da cabeça aos pés.

- Talvez você seja funcionário aqui e não pague nada. Instrutor de aeróbica? Massagista? - perguntou ela.

- Hóspede! - respondeu Fernando, sucinto. Sem perceber, endireitou o corpo ao ver-se sob escrutínio aberto e respirou fundo para inflar o tórax.

- Para uma machão como você... este clube deve ser um ótimo campo de caça. Um bando de mulheres avulsas, precisando de um trato. - provocou ela.

Fernando ficou sem resposta. Estava diante de uma feiticeira cativante, a cabeça inclinada, os cabelos soltos e rebeldes adornando seu belo rosto, uma mão na alça da bolsa junto ao ombro, a outra no quadril de forma sedutora, as pernas afastadas em pose desafiadora, as roupas de couro provocando com sua impressão de auto confiança sensual...

- Aposto que você é fantástico sem roupa! - avaliou ela, com aqueles olhos penetrantes.
- Você é o tipo que as mulheres chamam de bonitão! Você faz musculação? - ela pergunta.

Era o troco por ele a ter fitado daquela mesma forma, pura e simplesmente. Quando o olhar dela chegou a região da masculinidade, ele recuperou e falou:

- Estou aqui com minha mãe.

Era idiota comunicar tal fato, mas ao menos conseguiu fazer a mulher desviar o olhar daquela parte da anatomia masculina tão volúvel.

Ela ergueu o olhar surpresa.

- Um filhinho da mamãe? - ela deu uma gargalhada, deixando-o furioso.

- Acontece que me importo com minha mãe, por mais enlouquecedora que ela possa ser! - disparou inconformado por ela fazê-lo sentir-se como um idiota.

- Bem, ótimo pra você. - disse ela.

Fernando ficou ainda mais confuso ante a ternura repentina.
Ela sorriu travessa e ainda lhe deu uma piscadela.

- Espero que tenha energia o suficiente para continuar se importando. - completou ela.

Com isso, a mulher se foi, passando por ele até a calçada que levava à recepção. Como um ímã irresistível, continuou atraindo o olhar dele. Os cabelos escuros e rebeldes, agitavam-se, ao caminhar elegante alternando o brilho refletido pelo couro, iluminando as feições bonitas. Ela parecia ter muita vitalidade.
Fernando conteve um grito de dor e largou o cigarro. Aquela praga queimara seus dedos. Inclinou-se para recolher o toco e, quando se endireitou, a mulher já tinha entrado na recepção.

Mais um capítulo recém saído do forno!!!! Espero que estejam apreciando o início dessa história!

Bjs e boa leitura!

Jubs😘😘😘😘

E enfim, o amor...Onde histórias criam vida. Descubra agora