Lara Rodrigues e Fernando Malta, estavam prontos para viver um grande amor, porém faltava um simples detalhe: Se conhecerem!
Com os dias de solteiro contados, Fernando está pronto para ter uma família. E Lara parece ser a mulher dos seus sonhos. Al...
O ruído de uma moto acelerando pela rua interna do clube tirou a concentração de Fernando. Voltou-se para ver a máquina invadir a paz e o silêncio do spa rural. Era uma moto vermelha, média. Tentou identificar o modelo enquanto o condutor estacionava na praça circular para visitantes... moto importada, o sujeito tinha estilo. Permaneceu a poucos metros do recém chegado, na entrada do jardim. Só que, quando o condutor desmontou, percebeu que não era um homem, e sim uma mulher. As roupas de couro preto moldavam o corpo feminino fantástico, perfeitamente proporcional, cheio de curvas firmes.
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- Uau, que mulher sensual! - Fernando pensou alto.
Ansioso, Fernando observou-a retirar o capacete, e não disfarçou a admiração ante o rosto e os cabelos formidáveis. Registrou a atração que o queixo levemente pontudo exercia, os olhos castanhos espaçados, o nariz delicado e a boca bem desenhada. Os cabelos eram rebeldes, porém formava um lindo conjunto com seus traços.
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Aquela mulher não era apenas sexy, era uma dinamite pura... ousadia, perigo, desafio aos padrões convencionais, desdém a opinião alheia a seu respeito... parecia determinada a dançar conforme sua própria música, aonde quer que isso levasse. Ela lançava um desafio que ativava os hormônios de Fernando, fazendo seu sangue ferver e lhe arrebatando qualquer pensamento coerente da cabeça... Ele queria...
- Tudo bem se eu deixar a moto aqui enquanto faço o meu registro? - perguntou a moça.
A voz sensual interrompeu o turbilhão de desejo, trazendo Fernando de volta ao mundo real. A dona da moto o fitava desdenhosa com seus olhos castanhos, ora esverdeados, e ele teve a impressão de que ela sabia exatamente o impacto que havia causado nele, divertindo-se. Fernando, desacostumado a ser flagrado fitando alguém, respondeu como um idiota:
- Claro. Está bem longe das outras vagas.
Ela sorriu irônica.
- Trapaceando, pelo que vejo.
- Como? - Fernando não conseguia raciocinar direito.
- É proibido fumar nessa fazenda! - esclareceu ela, antes de se voltar para soltar a bolsa da moto.
Fernando olhou para o cigarro, ainda aceso entre seus dedos. Mal controlou o impulso de se livrar da prova do crime. Sujar o chão com um toco de cigarro aceso, seria ainda mais lamentável.
- Não estou incomodando ninguém, fumando aqui fora. - ele se justificou.
- Os homens sempre justificam suas trapaças. - disse ela.
- E as mulheres não? - rebateu Fernando, preocupado demais com o comentário cínico.
- Não vejo nenhuma mulher aqui fora poluindo o ar puro e cristalino pelo qual pagamos para respirar. - ela respondeu.
Ela alojou a alça da bolsa no ombro e voltou-se para fitá-lo da cabeça aos pés.
- Talvez você seja funcionário aqui e não pague nada. Instrutor de aeróbica? Massagista? - perguntou ela.
- Hóspede! - respondeu Fernando, sucinto. Sem perceber, endireitou o corpo ao ver-se sob escrutínio aberto e respirou fundo para inflar o tórax.
- Para uma machão como você... este clube deve ser um ótimo campo de caça. Um bando de mulheres avulsas, precisando de um trato. - provocou ela.
Fernando ficou sem resposta. Estava diante de uma feiticeira cativante, a cabeça inclinada, os cabelos soltos e rebeldes adornando seu belo rosto, uma mão na alça da bolsa junto ao ombro, a outra no quadril de forma sedutora, as pernas afastadas em pose desafiadora, as roupas de couro provocando com sua impressão de auto confiança sensual...
- Aposto que você é fantástico sem roupa! - avaliou ela, com aqueles olhos penetrantes. - Você é o tipo que as mulheres chamam de bonitão! Você faz musculação? - ela pergunta.
Era o troco por ele a ter fitado daquela mesma forma, pura e simplesmente. Quando o olhar dela chegou a região da masculinidade, ele recuperou e falou:
- Estou aqui com minha mãe.
Era idiota comunicar tal fato, mas ao menos conseguiu fazer a mulher desviar o olhar daquela parte da anatomia masculina tão volúvel.
Ela ergueu o olhar surpresa.
- Um filhinho da mamãe? - ela deu uma gargalhada, deixando-o furioso.
- Acontece que me importo com minha mãe, por mais enlouquecedora que ela possa ser! - disparou inconformado por ela fazê-lo sentir-se como um idiota.
- Bem, ótimo pra você. - disse ela.
Fernando ficou ainda mais confuso ante a ternura repentina. Ela sorriu travessa e ainda lhe deu uma piscadela.
- Espero que tenha energia o suficiente para continuar se importando. - completou ela.
Com isso, a mulher se foi, passando por ele até a calçada que levava à recepção. Como um ímã irresistível, continuou atraindo o olhar dele. Os cabelos escuros e rebeldes, agitavam-se, ao caminhar elegante alternando o brilho refletido pelo couro, iluminando as feições bonitas. Ela parecia ter muita vitalidade. Fernando conteve um grito de dor e largou o cigarro. Aquela praga queimara seus dedos. Inclinou-se para recolher o toco e, quando se endireitou, a mulher já tinha entrado na recepção.
Mais um capítulo recém saído do forno!!!! Espero que estejam apreciando o início dessa história!