O ruído de uma moto acelerando pela rua interna do clube tirou a concentração de Fernando. Voltou-se para ver a máquina invadir a paz e o silêncio do spa rural. Era uma moto vermelha, média. Tentou identificar o modelo enquanto o condutor estacionava na praça circular para visitantes... moto importada, o sujeito tinha estilo.
Permaneceu a poucos metros do recém chegado, na entrada do jardim. Só que, quando o condutor desmontou, percebeu que não era um homem, e sim uma mulher. As roupas de couro preto moldavam o corpo feminino fantástico, perfeitamente proporcional, cheio de curvas firmes.- Uau, que mulher sensual! - Fernando pensou alto.
Ansioso, Fernando observou-a retirar o capacete, e não disfarçou a admiração ante o rosto e os cabelos formidáveis. Registrou a atração que o queixo levemente pontudo exercia, os olhos castanhos espaçados, o nariz delicado e a boca bem desenhada. Os cabelos eram rebeldes, porém formava um lindo conjunto com seus traços.
Aquela mulher não era apenas sexy, era uma dinamite pura... ousadia, perigo, desafio aos padrões convencionais, desdém a opinião alheia a seu respeito... parecia determinada a dançar conforme sua própria música, aonde quer que isso levasse. Ela lançava um desafio que ativava os hormônios de Fernando, fazendo seu sangue ferver e lhe arrebatando qualquer pensamento coerente da cabeça...
Ele queria...- Tudo bem se eu deixar a moto aqui enquanto faço o meu registro? - perguntou a moça.
A voz sensual interrompeu o turbilhão de desejo, trazendo Fernando de volta ao mundo real. A dona da moto o fitava desdenhosa com seus olhos castanhos, ora esverdeados, e ele teve a impressão de que ela sabia exatamente o impacto que havia causado nele, divertindo-se.
Fernando, desacostumado a ser flagrado fitando alguém, respondeu como um idiota:- Claro. Está bem longe das outras vagas.
Ela sorriu irônica.
- Trapaceando, pelo que vejo.
- Como? - Fernando não conseguia raciocinar direito.
- É proibido fumar nessa fazenda! - esclareceu ela, antes de se voltar para soltar a bolsa da moto.
Fernando olhou para o cigarro, ainda aceso entre seus dedos. Mal controlou o impulso de se livrar da prova do crime. Sujar o chão com um toco de cigarro aceso, seria ainda mais lamentável.
- Não estou incomodando ninguém, fumando aqui fora. - ele se justificou.
- Os homens sempre justificam suas trapaças. - disse ela.
- E as mulheres não? - rebateu Fernando, preocupado demais com o comentário cínico.
- Não vejo nenhuma mulher aqui fora poluindo o ar puro e cristalino pelo qual pagamos para respirar. - ela respondeu.
Ela alojou a alça da bolsa no ombro e voltou-se para fitá-lo da cabeça aos pés.
- Talvez você seja funcionário aqui e não pague nada. Instrutor de aeróbica? Massagista? - perguntou ela.
- Hóspede! - respondeu Fernando, sucinto. Sem perceber, endireitou o corpo ao ver-se sob escrutínio aberto e respirou fundo para inflar o tórax.
- Para uma machão como você... este clube deve ser um ótimo campo de caça. Um bando de mulheres avulsas, precisando de um trato. - provocou ela.
Fernando ficou sem resposta. Estava diante de uma feiticeira cativante, a cabeça inclinada, os cabelos soltos e rebeldes adornando seu belo rosto, uma mão na alça da bolsa junto ao ombro, a outra no quadril de forma sedutora, as pernas afastadas em pose desafiadora, as roupas de couro provocando com sua impressão de auto confiança sensual...
- Aposto que você é fantástico sem roupa! - avaliou ela, com aqueles olhos penetrantes.
- Você é o tipo que as mulheres chamam de bonitão! Você faz musculação? - ela pergunta.Era o troco por ele a ter fitado daquela mesma forma, pura e simplesmente. Quando o olhar dela chegou a região da masculinidade, ele recuperou e falou:
- Estou aqui com minha mãe.
Era idiota comunicar tal fato, mas ao menos conseguiu fazer a mulher desviar o olhar daquela parte da anatomia masculina tão volúvel.
Ela ergueu o olhar surpresa.
- Um filhinho da mamãe? - ela deu uma gargalhada, deixando-o furioso.
- Acontece que me importo com minha mãe, por mais enlouquecedora que ela possa ser! - disparou inconformado por ela fazê-lo sentir-se como um idiota.
- Bem, ótimo pra você. - disse ela.
Fernando ficou ainda mais confuso ante a ternura repentina.
Ela sorriu travessa e ainda lhe deu uma piscadela.- Espero que tenha energia o suficiente para continuar se importando. - completou ela.
Com isso, a mulher se foi, passando por ele até a calçada que levava à recepção. Como um ímã irresistível, continuou atraindo o olhar dele. Os cabelos escuros e rebeldes, agitavam-se, ao caminhar elegante alternando o brilho refletido pelo couro, iluminando as feições bonitas. Ela parecia ter muita vitalidade.
Fernando conteve um grito de dor e largou o cigarro. Aquela praga queimara seus dedos. Inclinou-se para recolher o toco e, quando se endireitou, a mulher já tinha entrado na recepção.Mais um capítulo recém saído do forno!!!! Espero que estejam apreciando o início dessa história!
Bjs e boa leitura!
Jubs😘😘😘😘
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E enfim, o amor...
Fiksi PenggemarLara Rodrigues e Fernando Malta, estavam prontos para viver um grande amor, porém faltava um simples detalhe: Se conhecerem! Com os dias de solteiro contados, Fernando está pronto para ter uma família. E Lara parece ser a mulher dos seus sonhos. Al...