Lara Rodrigues e Fernando Malta, estavam prontos para viver um grande amor, porém faltava um simples detalhe: Se conhecerem!
Com os dias de solteiro contados, Fernando está pronto para ter uma família. E Lara parece ser a mulher dos seus sonhos. Al...
- Quando pretende largar o emprego? - indagou Lia.
- Não pensei nisso ainda. - respondeu Lara, contente. Só fazia vôos domésticos desde que havia voltado da lua-de-mel. Tendo obtido o benefício, parecia errado pedir demissão logo em seguida.
- Nunca vi comissária de bordo grávida! - exclamou Lia.
- Não vai aparecer tão já, Lia. E eu poderia usar o dinheiro para comprar coisas para o bebê. - justificou Lara.
- Podia vender aquela moto...
- Lara irritou-se com o tom crítico da irmã.
- É prático para evitar o trânsito para ir e vir do aeroporto.
- Pensei que tivesse dito a Fernando que não ia se apegar à sua carreira.
- Eu disse. E estava falando sério. Mas ainda não tive o bebê, Lia.
- Bem, não quer se arriscar sem necessidade, não é?
- Oh, céus! Não sou nenhuma flor frágil. - Lara replicou.
- Desculpe-me. É só... sei o quanto essa gravidez significa para você. Quero que dê tudo certo. Para Fernando também. Vai considerar os sentimentos dele...
- Lia, pare de se preocupar. Fernando está ótimo. Está nas nuvens por causa do bebê. Foi por isso que casamos, afinal.
- Lara... - A irmã suspirou. - Não percebeu ainda...
A campainha tocou. Era uma boa desculpa para não ouvir mais conselhos bem-intencionados, porém maçantes.
- Preciso desligar o telefone, Lia. Tem alguém na porta.
- Bem... tenham uma comemoração feliz.
- Teremos. - disse Lara.
Confiante, Lara abriu a porta para um entregador com um lindo arranjo de orquídeas na mão.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Sra. Malta? - perguntou o entregador.
- Sim. - respondeu Lara, surpresa.
- Para a senhora. - Ele sorriu e entregou-lhe o buquê. Lindas orquídeas amarelas. - Parabéns, sra. Malta.
- Obrigada. - Lara reagiu confusa ao presente inesperado. A lembrança do incidente com a rosa permanecia forte, e sentiu-se constrangida. O cartão logo a alegrou... Fernando ia ser papai.
Considere os sentimentos dele...
Lembrou-se do conselho de Lia. Não que precisasse. Fernando tinha os mesmos sentimentos que ela em relação a começar uma família. Um menino ou uma menina... sorriu com prazer. As orquídeas eram perfeitas. Arrumou-as com cuidado num vaso, que ornaria a mesa do jantar especial. Foi um dos momentos mais felizes juntos. De algum modo, por causa do bebê, havia uma ternura extra entre eles, uma intimidade inusitada. Partilhavam o milagre do começo de uma nova vida, ponderou ela. Durante o jantar, escolheram nomes, rindo de alguns, considerando seriamente outros. Foi divertido. Foi mágico. Fernando sugeriu que começassem a procurar uma casa. O apartamento não era lugar para um bebê. Discutiram quais bairros seriam mais adequados, a uma distância aceitável da empresa. Lara continuaria trabalhando por enquanto, mas, assim que encontrassem a casa ideal, ela gostaria de empregar todo o tempo transformando-a em um lar. Planos maravilhosos... Quando finalmente foram para a cama, Fernando foi tão carinhoso, tão gentil... acariciando e beijando-lhe o ventre, os seios... as sensações que ele despertava eram estranhas... o sugar gentil... Lara acolheu a cabeça do marido, imaginando como seria segurar o bebê, sentindo a união do amor se formar... E se esqueceu do conselho de Lia. Não considerou os sentimentos de Fernando. Só pensou no bebê que teria.
