Lara Rodrigues e Fernando Malta, estavam prontos para viver um grande amor, porém faltava um simples detalhe: Se conhecerem!
Com os dias de solteiro contados, Fernando está pronto para ter uma família. E Lara parece ser a mulher dos seus sonhos. Al...
Era bom ouvir o orgulho e o prazer na voz de sua mãe.
- Já pensaram em nomes, Fernando?
- Não mãe, talvez façamos isso essa noite. - respondeu ele.
- Bem, diga a Lara que telefonarei amanhã, já que estarão ocupados essa noite. Um beijo, querido.
- Obrigado, mãe.
Fernando despediu-se e desligou o telefone. Foi até a porta de comunicação com a secretária, abriu-a e ficou ali parado, sorrindo para a mulher que havia lhe aconselhado a levar sua mãe ao spa. Rita Barros tinha cinquenta e poucos anos, era viúva e trabalhava na empresa havia anos. Fernando havia lhe contratado como secretária, principalmente porque ela sabia soletrar e em parte porque tinha cinco filhos, provando ter organização e bom senso que o atraiu.
Rita Barros ( Andréia Beltrão).
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A idéia do spa havia sido um verdadeiro toque de gênio. Tantas coisas boas nasceram dali, tanto para ele quanto para sua mãe, que Fernando sentia-se eternamente grato. Rita era uma ótima pessoa, sempre com o melhor para o chefe em vista, tanto pessoal quanto profissionalmente.
- Gostaria de uma semana no spa Rita? - ele perguntou.
- Como? - indagou ela.
- Faça a sua escolha. Isso, ou fornecimento de chocolates belgas por nove meses.
- Como? - A secretária não compreendia aquela generosidade repentina.
- Bem, não posso lhe dar charutos. Parei de fumar e não é politicamente correto.
Fernando podia quase ver as engrenagens do cérebro dela funcionando até compreender e sorrir satisfeita.
- Um bebê...
- Paternidade, aí vou eu! - Fernando exclamou eufórico.
- Que bom para você! E para Lara! Estou tão contente por vocês. - Ela riu. - E por mim! Vou pegar a semana no spa. Estou precisando, após a quantidade de chocolate que me deu no Natal.
- Ótimo! Marque no calendário, e eu pago a conta. - disse ele.
- Que tal flores? - sugeriu Rita.
- Quer flores também? - indagou Fernando.
Rita revirou os olhos.
- Para a futura mamãe. Acho que uma dúzia de rosas vermelhas seria ótimo. Quer que encomende na floricultura?
- Não. Nada de rosas.
Fernando franziu a testa, aborrecido por se lembrar da restrição de Lara. Aquele gringo traiçoeiro nunca lhe daria um filho. Por outro lado, não queria nem sombra do amante perto de Lara naquele dia especial. Rosas estavam banidas. Entretanto, a idéia de flores era tão atraente que relutava em descartá-la. Por que não as mandaria? Lara era sua esposa e estava carregando seu filho.
- Há flores azuis nessa época do ano? - perguntou Fernando.
Rita entendia do assunto.
- Íris. Embora não possa contar que seja menino, Fernando. - Rita observou, sábia.
- E cor-de-rosa?
- Ah, tem tantas...
- E que tal uma flor mais exótica? - Fernando indagou, pensando em algo único.
- Orquídeas! - exclamou Rita! - Que tal orquídeas?
- Como não pensei nisso antes? Mas é claro, orquídeas! - ele sorriu decidido.
- Mande orquídeas, e coloque um cartão: " Para comemorar a chegada do nosso menino ou menina!".
- Assinado... " Com amor, Fernando"? - indagou Rita, rascunhando a mensagem. Ele quase confirmou, mas pensou em Lara e procurou outras palavras, tentando não parecer falso.
- Não. - Fernando respondeu devagar. - Acho... " Do papai" é melhor.
Rita riu.
- Um papai bobo de alegria saindo!
Fernando recuperou o bom humor. Lara aceitaria o presente por causa da criança e sentiria prazer. Estava seguro daquela ação. Desde que se controlasse, havia chances de sair vencedor, no final.