Lara Rodrigues e Fernando Malta, estavam prontos para viver um grande amor, porém faltava um simples detalhe: Se conhecerem!
Com os dias de solteiro contados, Fernando está pronto para ter uma família. E Lara parece ser a mulher dos seus sonhos. Al...
Hambúrguer de soja! Sem falar na costumeira salada de grãos. Fernando sentiu o estômago protestar enquanto avaliava o cardápio do almoço. O que não daria por um bife suculento e batatas fritas! Salivava só de pensar...
- Está com fome querido? - indagou Dona Cândida, animada. A massagem Reiki, de algum modo, havia elevado o seu nível de energia.
Fernando forçou um sorriso.
- Morrendo! - respondeu ele, empilhando quatro fatias de pão recém-assado. Pelo menos, encheria a barriga.
- Fazem umas saladas tão saborosas aqui! - elogiou sua mãe, a Dona Cândida, servindo-se de uma mistura de abacate e outras folhas, enquanto caminhavam ao longo do buffet. Bom para ela, convenceu-se Fernando. A mãe dele relaxava nas refeições e precisava voltar a se alimentar de forma saudável. Se saísse dali com interesse em alimentação, ao menos, já teria valido a pena. Transferiu alguns tomates e cebolas para o prato e pegou tantas fatias de ovos cozidos quantas acreditou ser capaz de comer. Pegou ainda beterraba e acompanhou Dona Cândida à mesa que costumava ocupar. Ela à cabeceira, ele à direita dela.
- Oh, veja aquela moça! - sussurrou sua mãe.
Fernando olhou, sabendo de antemão, pelo espanto de Dona Cândida, de quem se tratava. Ele não pretendia fitá-la como antes, mas seu olhar parecia se grudar naquela figura... Ela despia a jaqueta de couro, exibindo agora um suéter vermelho que parecia uma segunda pele, destacando as curvas soberbas dos seios gloriosos. Fernando nunca havia pensado em si mesmo como um homem ligado a seios. Pernas sempre foram o seu fraco, mas viu-se convertido naquele momento. Definitivamente, havia algo mais atraente em seios perfeitamente redondos e volumosos.
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- Não imaginava que se podia usar roupas tão ousadas assim. - murmurou Dona Cândida, com o choque inicial transformado em fascinação.
- Humm... - respondeu Fernando, deixando as opções de resposta em aberto.
- Bem, ela é jovem - avaliou Dona Cândida, com os olhos brilhando de interesse, algo que não ocorria havia um tempo.
- Humm... - repetiu Fernando, ocupado em passar a manteiga no pão. A mesa comunitária começava a receber os hóspedes costumeiros. Geralmente, compareciam dez pessoas, mas um casal havia partido naquela manhã. Não queria se ver numa discussão aberta sobre a recém-chegada. Afinal, Fernando era o único homem ali, e foco de uma especulação considerável. E não queria revelar o quanto se perturbava com a mulher. Não quando era incerto o que ela sentia por ele. Agora, se ela comparecesse à sessão de arco à tarde...
- Ela não é atraente? - pressionou Dona Cândida.
- Bastante. - Fernando sacou do bolso da calça o saleiro comprado numa mercearia na vila próxima, num ato de desespero. Sal não se encontrava naquele spa. Passaria por muitas privações pela mãe, mas passar sem sal era sacrifício demais. Salpicou o alimento enquanto todos tomavam seus lugares para almoçar.
- Há um lugar vago aqui , querida! - exclamou Dona Cândida chamando a moça. Fernando não acreditava no que ouvia. Sua mãe super respeitável e super conservadora convidava aquela forma de pecado a sentar-se a seu lado? Diante do único filho? Fernando reteve o fôlego ao vê-la se aproximar. Surpresa com a acolhida da mãe daquele homem, erguendo a sombrancelha interrogativa, ela vinha se chegando. A mamãe fazendo as honras para o filhinho? - pensou.
- Obrigada - retrucou a moça, pousando o prato na mesa. - Eu estava mesmo pensando onde me sentaria - completou ela.
- Não há lugares marcados aqui - informou a mãe de Fernando. Sou Cândida, e este é meu filho Fernando. E você? - perguntou.
- Lara! Sou Lara Rodrigues!
Fernando levantou-se para apertar a mão da mulher, mas percebeu que ainda estava com o saleiro. Ela fitou o vidrinho, encarou-o e revirou os olhos desdenhosa.
- Ainda nisso, pelo que vejo.
- No quê? - indagou Dona Cândida sem entender.
- Trapaceando. Seu filho estava fumando lá fora quando cheguei. Agora, está escondendo o sal.
- Sal? Sal? Alguém disse sal? - afligiu-se uma mulher, no extremo oposto da mesa. - Daria meu canino por um pouco de sal! - exclamou a desconhecida.
Fernando suspirou e ofereceu o saleiro.
- Definitivamente, uma influência corrupta! - reprovou Lara, indignada.
- E você é uma estraga prazeres! - rebateu Fernando, frustrado. É uma pena não ter suco de ameixa aqui, pois eu lhe ofereceria sem hesitar.
Lara riu e se sentou.
- Que mau humor hein? - Lara provocou Fernando.
- Fernando, você prometeu parar de fumar! - exclamou Dona Cândida.
- Mãe, se me incomodar sobre mais algum assunto hoje... - disse Fernando, incomodado.
- Bem, se quer ter filhos... - prosseguiu Dona Cândida.
Nesse instante, Lara fitou Fernando com seus olhos castanhos espetaculares.
Queridos leitores, mais um capítulo chega ao fim, e espero que estejam apreciando cada um deles! Como já falei antes, os capítulos serão mais curtos, porém repletos de emoções.