Capítulo 31

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- Fernando! Ponha-me no chão! - exclamou Lara.

- A aliança já está no seu dedo. - sussurrou ele, junto ao seu ouvido.

- A sacristia fica aqui bem perto... - disse ela.

Lara estava confusa.

- Como? - indagou Fernando.

A congregação batia palmas.

- Podemos voltar aos convidados rapidinho, se você não estiver usando calcinha...

Lara fitou Fernando e começou a rir.

- Você não vai conseguir ultrapassar o... meu sinto de castidade. - ela avisou, risonha.

- Como? - perguntou ele.

- Nada de chave... enquanto não assinar... a certidão civil.

- Está bem. - concordou ele.

Fernando a conduziu até a mesa providenciada para o casamento civil e instalou-se na cadeira. Tony sorria, e até Lia parecia espontânea enquanto assinavam como testemunhas.
Nem mesmo o momento das fotografias diminuiu seu humor. Então, chegou a hora da festa no buffet que Lara havia escolhido, e as horas seguintes voaram, o que era estranho, pois as festas às quais havia comparecido geralmente se arrastavam. De algum modo, havia sido diferente na festa deles.

Ocasionalmente houve momentos constrangedores, quando alguns dos convidados

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Ocasionalmente houve momentos constrangedores, quando alguns dos convidados... a maioria tias de Lara... tagarelavam sobre sentimentos com os quais ele não se sentia confortável. As mulheres ficavam muito sentimentais em casamentos. Entretanto, Fernando estava satisfeito por sua mãe estar se dando bem com a família Rodrigues. Eram todos gentis, e Fernando queria fazer parte daquela união.

A mãe de Fernando chamou-o quando ele circulava entre amigos. Lara havia ido tirar fotos com as primas.

- Sabia que eu e a mãe de Lara temos a mesma idade? - disse Dona Cândida.

- Você parece mais jovem, mãe. - declarou ele. - Você está ótima. Aposto que todos os camaradas mais velhos por aqui estão flertando com você. - Sentia-se sob a influência do champanhe, embora só tivesse tomado um gole.

Dona Cândida riu e meneou a cabeça.

- Que menino travesso! Só estou espantada por ela já ter um neto. - disse Dona Cândida.

- Bem, vou dar um jeito nisso para você, mãe. Vou me empenhar de verdade. Quatro netos saindo do forno. - explicou Fernando.

- Não se casou com Lara por minha causa, não é?

- Não. Foi por minha causa mãe. Olhe lá! Lara é minha rainha! - exclamou ele, feliz.

- Seu pai costumava me chamar assim. - Ela suspirou. - Espero que Lara corresponda as suas expectativas, querido.

- Sem problemas nesse aspecto. - afirmou Fernando, confiante.

- A mãe estava me contando como a família toda está satisfeita por você ter resgatado Lara de um estado traumático, após um caso com um gringo. - Dona Cândida fez pausa, hesitou e então o avaliou ansiosa.

- Ela não está mais interessada nele, não é Fernando? - a mãe dele indagou confusa.

- Para Lara, o camarada está enterrado, mãe. O futuro é nosso.
Naquele momento, Fernando sentia-se muito seguro com aquela crença.

Anunciaram a valsa da noiva, e Fernando foi buscar Lara. Ela sorriu enquanto ele a conduzia ao centro da pequena pista de dança com toda a pompa. Exagerava na ostentação, pois adorava o brilho que causava nos belos olhos castanhos de Lara.

- Senhoras e senhores. - anunciou o mestre de cerimônias, solene.
- Eu lhes apresento o Sr. e a Sra. Malta.

Inesperadamente, o brilho no olhar de Lara foi substituído por lágrimas. Fernando colou seus corpos enquanto a conduzia pela pista de dança.

Continua...

E enfim, o amor...Onde histórias criam vida. Descubra agora