Capítulo 20

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Lara não sabia o que tinha acontecido. Seus corpos estavam colados, Fernando a beijava com ardor, invadindo-a, sua cabeça girava e os pensamentos estavam confusos, forçando-a a apenas sentir o que ele impunha.
Então, Fernando a provocou com a língua, despertando um erotismo selvagem que forçou-a a responder, zangada a princípio, porque ele a beijava sem permissão. Mas então, de repente, a necessidade de experimentá-lo levou-a a beijá-lo com a mesma energia passional, desejando que as mágoas sarassem, que seus sonhos lhe fossem devolvidos, que sua auto-estima se recuperasse.
E o poder daquele beijo permeava seu ser, curando, excitando, divertindo, fazendo-a se sentir uma mulher plena novamente, brilhante, viva e pulsante de prazer. A sensação de estar só foi banida por uma onda de calor. Ardente, Lara derreteu-se quando Fernando lhe apalpou o polegar pelo mamilo, este ficou rígido, ansioso por mais atenção.
Sem perceber o que fazia, Lara contorceu o corpo para sentir a ereção dele. Pôs-se na ponta dos pés para sentir o volume entre as pernas.
Fernando interrompeu o beijo e gemeu febril, enquanto ajustava a visão. Só quando ele se ajeitou para satisfazê-la, Lara recuperou a razão.
Ela ficou chocada, estava encorajando uma ligação íntima com um homem que mal conhecia, entregando-se a seus beijos, ao toque, à... masculinidade! Ela havia levado as mãos ao pescoço, aos cabelos dele... buscando mais! Havia perdido totalmente a compreensão de tempo, lugar e circunstância.
Lara sentiu medo ao que havia feito inadvertidamente. Segurando Fernando pelos ombros, voltou o rosto para evitar o beijo letal e tentou impor alguma distância.

- Pare! - exclamou ela

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- Pare! - exclamou ela.

Fernando fitou-a, embora tivesse dificuldade em ajustar o foco. A mensagem chegava devagar à sua razão. Parou de lhe apalpar o seio e endireitou o corpo, afastando-se.

- Está bem. - Fernando admitiu aborrecido. - Não comecei a... invadir a sua calça. - Retirou a mão do seio. - Você não disse nada sobre o suéter.

- Não. Eu... - Lara não sabia o que dizer, como se explicar. Engoliu em seco, sentindo-se paralisada.

- Tudo bem. - Fernando procurou sorrir, apesar do constrangimento. - Tudo bem. Ótimo. Maravilhoso! - Alargou o sorriso. - Vamos nos casar.

Lara arregalou os olhos.

- O quê? - extasiada.

- Casar. - repetiu ele, com prazer.

- Você ficou maluco? - indagou ela.

- Nunca estive mais são. - ele respondeu.

- Só para me levar para a cama? - indagou novamente.

- Não, vamos ter quatro filhos também! - exclamou ele.

Lara fitou-o muda. Ele se inclinou e pegou as luvas que ela havia deixado cair. Então, tomou-lhe as mãos trêmulas e massageou-as, imprimindo força.

- Vamos Lara. Vamos descontrair no barzinho e planejar o casamento. - insistiu ele.

- Casamento. - repetiu ela, estarrecida.

- Seria menos trabalhoso e mais rápido casar só no civil, mas sei que as mulheres gostam de festas, do vestido de noiva. Eu jamais iria privá-la de nada disso.

Fernando puxou-a contra si, e ela não protestou.

Lara deixava-se envolver pela loucura. Devia voltar ao spa para tentar entender o que acontecia, mas Fernando segurava-lhe a mão e transmitia tanta energia... era como se seu corpo tivesse vontade própria. Seu corpo queria ficar com Fernando, e Lara obedecia.

E enfim, o amor...Onde histórias criam vida. Descubra agora