Lara Rodrigues e Fernando Malta, estavam prontos para viver um grande amor, porém faltava um simples detalhe: Se conhecerem!
Com os dias de solteiro contados, Fernando está pronto para ter uma família. E Lara parece ser a mulher dos seus sonhos. Al...
Obviamente, requeria-se estímulo a uma atitude positiva.
- Claro que chegamos a um acordo. - assegurou Fernando, e passou a contabilizar nos dedos. - Não sou como o seu ex. Sou solteiro e tenho a melhor das intenções. Nós combinamos. Estamos prontos para nos casar e começar uma família. Não há nenhum impedimento ao casamento, e quanto antes cuidarmos disso, melhor. Fernando podia ter acrescentado que nunca havia se excitado tanto com outra mulher, que mal podia esperar para fazerem amor, mas achou que não era o momento para tal assunto. Seria melhor discutir a questão da paixão depois.
- Mas eu não te amo. - declarou Lara. Havia dúvida nos magníficos e penetrantes olhos castanhos dela.
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Amor... O padrão de raciocínio de Fernando abalou-se, o aspecto emocional da palavra minava seu plano de ação.
- Com meu corpo, eu a desposo. - Com certeza, temos a química perfeita para que isso seja um prazer mútuo. Não há como negar. Temos muito sobre o que construir, Lara. - citou ele.
Lara ruborizou a face e baixou o olhar.
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- Acho que isso não é o suficiente para se construir um casamento. - murmurou ela, tomando um gole de conhaque.
- Tem razão. Boa vontade, objetivos comuns e um senso de compromisso são mais importantes. - reconheceu Fernando. - Metade do mundo vai bem com casamentos arranjados, em que tais questões são estabelecidas de antemão. Amor não entra nisso.
- Eu mal o conheço. - protestou Lara, demonstrando a sua perturbação interior.
- E você conhecia o homem que lhe enganou por dois anos? - rebateu Fernando, lamentando instantaneamente ao ver a dor estampada em seu belo rosto. Raios! Não queria lembrá-la dele, embora Lara precisasse aprender que o conhecimento vinha de fatos práticos, não apenas de sentimentos. Já havia esboçado um bom retrato de sua vida e formação, assim como ela mesma já devia ter feito sobre ele.
- Lara... podemos começar do zero. Fernando pressionou, gentil, querendo minimizar a mágoa. - Não há motivo para trazer uma bagagem emocional ruim do passado para o futuro que construiremos juntos. Nós valorizamos as mesmas coisas. Podemos partilhá-las.
Lara interessou-se. Estava com ele novamente.
Ansioso em aplacar suas dúvidas e medos, Fernando ofereceu-se:
- O que você quer saber Lara? - Responderia a qualquer pergunta sua, a fim de melhorar sua imagem junto dela.
- O que você está me oferecendo... é um casamento de conveniência. - Lara respondeu, devagar e concentrada.
- Sim. Por que não? - Se Lara queria pensar daquela forma, Fernando não se importava, desde que ela pensasse neles juntos. - Pouparíamos tempo. - ele justificou buscando argumentos. - Não quero ser um pai velho. Eu não posso imaginar outra mulher como mãe dos meus filhos que não seja você. - Ótimos genes. - ele acrescentou por precaução.
Ela sorriu.
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- Não é tão simples assim, é? Há a questão de morarmos juntos. - disse ela.
- Pessoas sensatas encontram uma solução. - argumentou Fernando.
- E apesar de ser muito viril, pode não dar em nada! - Lara exclamou.
- Como? - indagou ele.
- Você é pai? - perguntou ela.
Fernando recuperou-se do choque de ter sua potência posta em dúvida.
- Não sou irresponsável. - rebateu ele.
Lara deu de ombros.
- Só estou verificando. Se vamos entrar num casamento para ter filhos...