Capítulo 22

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Obviamente, requeria-se estímulo a uma atitude positiva.

- Claro que chegamos a um acordo. - assegurou Fernando, e passou a contabilizar nos dedos. - Não sou como o seu ex. Sou solteiro e tenho a melhor das intenções. Nós combinamos. Estamos prontos para nos casar e começar uma família. Não há nenhum impedimento ao casamento, e quanto antes cuidarmos disso, melhor.
Fernando podia ter acrescentado que nunca havia se excitado tanto com outra mulher, que mal podia esperar para fazerem amor, mas achou que não era o momento para tal assunto. Seria melhor discutir a questão da paixão depois.

- Mas eu não te amo. - declarou Lara. Havia dúvida nos magníficos e penetrantes olhos castanhos dela.

 Havia dúvida nos magníficos e penetrantes olhos castanhos dela

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Amor... O padrão de raciocínio de Fernando abalou-se, o aspecto emocional da palavra minava seu plano de ação.

- Com meu corpo, eu a desposo.  - Com certeza, temos a química perfeita para que isso seja um prazer mútuo. Não há como negar. Temos muito sobre o que construir, Lara. - citou ele.

Lara ruborizou a face e baixou o olhar.

- Acho que isso não é o suficiente para se construir um casamento

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- Acho que isso não é o suficiente para se construir um casamento. - murmurou ela, tomando um gole de conhaque.

- Tem razão. Boa vontade, objetivos comuns e um senso de compromisso são mais importantes. - reconheceu Fernando. - Metade do mundo vai bem com casamentos arranjados, em que tais questões são estabelecidas de antemão. Amor não entra nisso.

- Eu mal o conheço. - protestou Lara, demonstrando a sua perturbação interior.

- E você conhecia o homem que lhe enganou por dois anos? - rebateu Fernando, lamentando instantaneamente ao ver a dor estampada em seu belo rosto. Raios! Não queria lembrá-la dele, embora Lara precisasse aprender que o conhecimento vinha de fatos práticos, não apenas de sentimentos. Já havia esboçado um bom retrato de sua vida e formação, assim como ela mesma já devia ter feito sobre ele.

- Lara... podemos começar do zero. Fernando pressionou, gentil, querendo minimizar a mágoa. - Não há motivo para trazer uma bagagem emocional ruim do passado para o futuro que construiremos juntos. Nós valorizamos as mesmas coisas. Podemos partilhá-las.

Lara interessou-se. Estava com ele novamente.

Ansioso em aplacar suas dúvidas e medos, Fernando ofereceu-se:

- O que você quer saber Lara? - Responderia a qualquer pergunta sua, a fim de melhorar sua imagem junto dela.

- O que você está me oferecendo... é um casamento de conveniência. - Lara respondeu, devagar e concentrada.

- Sim. Por que não? - Se Lara queria pensar daquela forma, Fernando não se importava, desde que ela pensasse neles juntos. - Pouparíamos tempo. - ele justificou buscando argumentos. - Não quero ser um pai velho. Eu não posso imaginar outra mulher como mãe dos meus filhos que não seja você. - Ótimos genes. - ele acrescentou por precaução.

Ela sorriu.

- Não é tão simples assim, é? Há a questão de morarmos juntos

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- Não é tão simples assim, é? Há a questão de morarmos juntos. - disse ela.

- Pessoas sensatas encontram uma solução. - argumentou Fernando.

- E apesar de ser muito viril, pode não dar em nada! - Lara exclamou.

- Como? - indagou ele.

- Você é pai? - perguntou ela.

Fernando recuperou-se do choque de ter sua potência posta em dúvida.

- Não sou irresponsável. - rebateu ele.

Lara deu de ombros.

- Só estou verificando. Se vamos entrar num casamento para ter filhos...

Continua...

E enfim, o amor...Onde histórias criam vida. Descubra agora