Não pare.

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Eu ia fazer uma análise sobre o amor, mas percebi que a profundidade desse sentimento me impede de diminuí-lo a uma frase apenas...então, só tenho a dizer que aproveitem e amem muito por ai. Nada é melhor que ser correspondida e se entregar ao desconhecido e às vezes temido sentimento!

Pronto. Filosofei. Agora leiam e chorem, ou sorriam..sei lá! <3

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Euforia é aquele momento em que seu corpo produz uma quantidade de endorfina que pode até te deixar louco se você não tiver um antídoto. É como qualquer droga pesada que te dá uma onda, te faz curtir o momento, ver tudo positivo, sorrir feito uma idiota, mas que assim que seu efeito passa, você volta a enxergar claramente tudo ao seu redor, as coisas voltam a ter as cores que tinham antes e nem tudo é um mar de rosas como você enganosamente acreditou que era. Eu estava em um pico de energia com tanta excitação der ter achado uma solução, ou como o médico realista que ao meu lado se encontrava disse e repetiu diversas vezes, uma "possível solução.

Mas nós, eu e Valentina, mostraríamos que ele não sabia com quem ele estava lidando. Ele não sabe o que tivemos que passar na vida, o que superamos, como chegamos até aquele momento. Não éramos comuns, não sobrevivemos à nossa tão conturbada adolescência para que tudo acabasse daquela forma. Esse, pra mim, seria mais um capítulo extraordinário da nossa existência. Contaríamos sobre esse momento para os nossos filhos e eles nos considerariam super-heroínas.

Esse desejo me lembrou um momento que nós duas tivemos no nosso apartamento, um pouco antes de todo esse caos acontecer com o corpo da minha namorada. Estávamos na cozinha, preparando um jantar de uma quarta feira qualquer.

- Juliana, você não pode fazer isso. – o tom de voz dela era de frustração.

- Isso o que, meu amor?

- Isso. Sempre deixar o mais fácil para eu fazer. Cortar tomate? Esse é o meu papel na preparação de um macarrão à bolonhesa? E o resto todo?

- Amor, eu não te impeço de fazer nada.

- Não me impede, mas já vai logo fazendo, deixando a coisa mais banal pra sem jeito aqui fazer. – ela estava emburrada e segurando uma faca grande em sua mão direita.

- Se acalma e larga essa faca. Não precisa me assassinar por conta disso. – eu brinquei, mas realmente pensando que ela poderia largar a faca para evitar acidentes.

- Você não me leva a sério. Você acha que eu cozinho tão mal assim? – me olhou séria aguardando a reposta, que veio mais rápido que eu gostaria.

-Não, linda. Você cozinha bem. – evitei encarar seus olhos, pois ela saberia q estava mentindo.

- Olha pra mim, Juliana. Você quando esconde coisa de mim não me encara.

- Ai, amor. Para com esse drama, vai. – eu revirei os olhos e tentei voltar ao que estava fazendo.

- Então se você não está mentindo, vai deixar eu fazer a massa fresca. – sim, eu aprendi a fazer massa fresca de macarrão em um site de receitas e desde então preparava pra Valentina, pois ela adorava. Era com certeza a parte mais difícil e chata de fazer e por isso, nunca havia deixado que ela fizesse, pois sinceramente eu sabia que ela iria se chatear se não acertasse o ponto e largaria o preparo no meio.

- Você quer fazer a massa? Tem certeza?

- Tenho.

O que ficou pra trásOnde histórias criam vida. Descubra agora