Eternas

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Envelhecer dá medo. Todos quando olhamos no espelho a partir de uma certa idade nos perguntamos como chegamos a essa aparência se o interior ainda é jovem. Mas é a coisa mais inevitável do mundo, pois não podemos lutar contra a idade. Ela chega, ela bate na porta e a gente tem que atender. Não da pra ser jovem para sempre, ter aquele colágeno, aquele brilho no cabelo, o pique de acordar cedo e dormir tarde, de fazer sexo todo dia. Opa, quer dizer, nesse quesito, acho que Valentina não irá nunca envelhecer. Lá estamos nós em meio a uma sessão matinal de sexo oral, pois como ter outra manhã que não essa ao lado dessa Deusa do Olímpo, não é mesmo?

- Valentina, pelo amor de Deus. – a cena era eu, nua, de quatro, em cima de lençóis brancos, o quarto totalmente claro, pois minha mulher amava transar comigo vendo cada detalhe do meu corpo. Isso foi debatido milhões de vezes, já que eu tinha mais vergonha que ela nessas horas. Valentina era claramente depravada e eu não tinha mais meios de lutar contra. Melhor me render.

- Ou você fala ou eu vou continuar te provocando. – ela estava posicionada atrás de mim na cama, de joelhos, apenas de calcinha, passando seus dedos na minha parte mais íntima depois de chupa-la até deixa-la roxa. Nossas sessões de sexo duravam em média 40 minutos, nunca menos que meia hora. Na nossa vida não existia uma rapidinha, pois uma gozada para a minha mulher era apenas o começo. Mas eu não estou reclamando!

- Não vou falar...ahhh..para de me provocar e me come! – eu, claramente desesperada, apoiada com a minha cara na cama e apertando os lençóis brancos recém colocados.

- Se você não falar, eu paro.

- NÃO! Por favor, me come, meu amor...ahhhh por favor! – ela ia me deixar maluca. Lentamente se aproximou da minha boceta que pingava e a lambeu, de baixo pra cima, em um movimento dolorosamente em slowmotion. E ai senti ela se afastar e um vento gelado passar entre nossos corpos. Ela ia realmente parar no meio se eu não falasse. Agora era a hora, Juliana. E quem era eu pra negar um orgasmo com Valentina? Segundos se passaram e minha boceta apertava o nada, querendo aquele contato que não vinha. Decidi ceder ao meu desejo e falar o que ela tanto esperava.

- Você tinha razão, Valentina. – minha fala foi baixa, em meio a gemidos frustrados.

- Repete. Mais alto, Juls. Eu quero ouvir. – um dedo da minha mulher voltou ao contato com a minha pele.

- Você tinha razão. – eu falei novamente. Mais alto, e com isso outro dedo veio ao encontro da minha intimidade, mas sem se movimentar. Eu ia enlouquecer.

- Mais alto! Eu quero mais alto. Fala que eu te faço gozar. – e com isso, ela venceu mais uma batalha.

- VOCÊ TINHA RAZÃO, VALENTINA!

O que senti em seguida era o furacão Val adentrando em mim. Seus dedos foram fundo, certeiros, já que ela sabia exatamente como eu gostava, depois de tanto tempo juntas. Em movimentos furiosos ela quase me tirava da cama de tanta intensidade. Eu gritava agora seu nome, palavras desconexas e palavrões.

- Eu tinha razão, né, Juliana? Agora, você vai gozar só quando eu mandar.

O que essa mulher tinha que ela conseguia com que eu fizesse qualquer coisa, até chegar ao meu clímax quando ela mandava. Sua língua se uniu aos seus dedos, e assim eu sentia um prazer eufórico. As nossas respirações já não eram mais condizentes com o ar que nos cercava, faltava oxigênio naquele quarto, do nosso apartamento de 3 quartos, belamente decorado, com muitas plantas. E quem quer falar disso agora, Juliana? O que mais importava naquele momento é que eu me aproximava de um orgasmo de proporções dantescas e o relógio marcava apenas 7h30 da manhã.

O que ficou pra trásOnde histórias criam vida. Descubra agora