Capítulo 15

658 51 2
                                    

Meus amados leitores, peço desculpas por ter que repetir um capítulo. Mas, alguns leitores estão tendo problemas para visualizar o capítulo 15. Por isso estou tendo que postá-lo novamente.

Agradeço a compreensão de vocês!

Beijos

Lizzy

------------------------------------------------

CAPÍTULO 15

<<Nathalie>>

Na manhã seguinte, Cacau me acordou às 7 horas.

"Dani, preciso ir. Eu e Josué estamos indo para o seu enterro, quer dizer, da Nathalie."

"Vai ser a que horas?" - perguntei sonolenta.

"Às 10h30, mas quero chegar cedo para estar ao lado dos tios. Vou cuidar deles para você. O Edu vai estar lá também. Só o Douglas que não estará porque vai cobrir o plantão de um amigo." - disse afagando meu cabelo.

"Cacau, não quero ficar sozinha..."

"Não vai. O Fábio ficará com você aqui na casa."

"Ah, tá... Vou voltar a dormir então..." - só de saber que ele estaria por perto fiquei mais tranquila e decidi voltar a dormir para não ter que pensar em nada.

Não sei como explicar. Sempre fui uma pessoa de dormir pouco, mas desde que começou esse pesadelo estava me sentido muito cansada. Dormia como uma pedra e, mesmo assim, acordava ainda com sono, nem mesmo sonhava ou tinha pesadelos, apenas apagava. E, para piorar, o dia do meu enterro não era algo que eu queria pensar. Por isso decidi obedecer ao meu corpo e continuei na cama e adormeci de novo.

Acordei às 9 horas. Fábio estava sentado na sala jogando vídeo game. Fábio é um cara de uns vinte e poucos anos, talvez perto dos trinta, corpo na medida certa, nem malhado, nem largado, deve até ter barriga tanquinho. Cabelo castanho médio, rosto redondo, olhos castanhos profundos, lábios carnudos e um sorriso daqueles de tirar o fôlego de qualquer mocinha sonhadora, além de que deve medir perto de um metro e noventa, por aí.

"Bom dia!" - falei enquanto sentava ao lado dele.

"Bom dia, já tomou café?"

"Ainda não, Fábio."

"Tem café na cafeteira e pão de forma e queijo na geladeira."

"Ok, vou comer um pouco." - disse.

Levantei, fui até a cozinha e preparei um sanduíche que comi acompanhado de café com leite. Reparei que não havia almoço pronto.

"Fábio, você sabe se Cacau e Josué voltarão para a hora do almoço?" - gritei da cozinha para ele.

"Devem voltar sim. Não falaram nada."

"Então, vou ver o que encontro aqui e vou preparar o almoço."

"Ai, que bom! Eu não aguento mais comer os miojos do Josué!"

Não pude conter um acesso de risos ao ouvir esse comentário.

Assim que acabou aquela fase do jogo, Fábio veio para a cozinha.

"Nat..., quer dizer, Daniela, o que você está fazendo aí de bom?"

"Nada complicado. Feijão, arroz, achei uns bifes cortados na geladeira, temperei e vou descascar umas batatas para fazer um purê."

"Quer ajuda com as batatas?"

"Pode ser..." - respondi entregando a faca e as batatas para ele.

Ele nem tinha ideia, mas aquele momento ali na cozinha estava sendo muito importante para mim. Concentrar-me no preparo da comida era uma terapia muito boa para esquecer o que estava acontecendo no mundo lá fora. Resolvi conhecer um pouco mais daquele rapaz que era um dos únicos que sabia que eu estava viva.

Canta Pra MimOnde histórias criam vida. Descubra agora