Você teve sua chance e a desperdiçou. Jogaste meu amor no lixo, todo o tempo que doei a ti, ignoraste no teu julgamento e me deixou a deriva, sozinha num mar de tristeza.
Mas agora corra, se afaste de vez. Não adianta, não quero cair mais nos seus l...
⚽ Paulo Dybala e Selena Gomez São apenas meros personagens e não condizem com a vida real deles. (Paulo é meu sim) Mas logo não me pertencem. ⚽ o sobrenome da SELENA foi alterado para condizer com a história. Apenas. ⚽ no Wattpad, essa história é parte de uma série que eu pretendo fazer com jogadores. ⚽ Paulo vai ser um babaca, mas também um amor. ⚽ Neymar é meu, não se apaixonem por ele (mentira, podem sim) ⚽E DIVIRTAM-SE
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Selena Giovanna Bonucci
Paris — França.
— Filippo, desça daí, meu amor — ordeno para o bebê de olhos azuis, que apenas sorri e continua sua escalada pela escada. Rindo, me aproximo do menino e pego-o dali, ignorando sua esperneada. Sua pele branca está suja de terra e grama. Mais uma vez havia cedido seus caprichos e o deixado brincar no quintal enquanto sua irmã e eu víamos desenho no tablet.
Deixo Filippo no cercado da sala, ele logo começa a brincar com o dedo e, após conferir se as grades estavam firme, fui até sua gêmea no tapete e a ergui, beijando seu nariz arrebitado como o meu. Meus bebês mal irão fazer um ano e estão gigantes, astutos e... iguais ao pai.
Suspirei, tentando apagar a imagem dele. Era difícil, todo dia era uma batalha constante.
Conheci Paulo no seu primeiro ano jogando pela Juventus e o meu terceiro na faculdade. Tinha sido convidada pelo meu tio Giorgio, um típico torcedor da velha senhora fanático por um bom jogo de fim de semana. E que tinha dinheiro o suficiente para estar no camarote ao lado do presidente do clube. Nunca passei por dificuldades depois da morte do meu pai, graças a ele. Depois da vitória de 2×1 da Juve, o mais velho fez questão de ir nos bastidores parabenizar os jogadores do time que ele patrocina. E eu, como uma boa sobrinha e afilhada, o acompanhei.
Foi como num filme clichê. Nossos olhares se encontraram e se prenderam por longos segundos até meu tio Giorgio o chamar e o parabenizar pelo gol e logo, alheio aos olhares que trocávamos, nos apresentar. Seu toque em minha mão formigou e eu soube que tinha caído nos encantos da Jóia da Juve quando seu sorriso deixou minhas pernas bambas.
— Senhorita Bonucci, sua mãe ligou de novo e pediu para avisar que o vôo de vocês foi confirmado — Caty, a governanta, avisa ao adentrar a sala. Apenas balanço a cabeça.
Lembrar que voltarei a Turim mexe comigo. As lembranças do dia que causou minha saída de lá e, consequentemente, vinda para Paris ainda estavam frescas na minha memória. Meus filhos não me deixavam esquecer.
Eu e Paulo estávamos juntos faziam 1 ano e 2 meses e, por um descuido, acabei engravidando. Nunca havia ficado tão feliz e assustada. Afinal, nós éramos jovens - somos - e nosso presente ainda era tão inconstante. Mas mesmo assim, me vi preparando um jantar especial, comprado um par branco de mini chuteiras e posto minha melhor lingerie. E quando contei a ele sobre a gravidez, vi nossos castelo sendo derrubado num sopro.
— Esse filho não pode ser meu! Não acredito que teve a coragem de me trair e ainda por cima querer que eu assuma essa criança! — foi o que ele gritou no seu surto. — Suma da minha frente, Selena e nunca mais volte ou eu juro que não respondo por mim!
E eu sumi. Sai de seu apartamento com lágrimas grossas nos olhos e corri para a casa de meu tio, que por acaso estava jantando com minha mãe e sua esposa, tia Munique. Ao me verem aos prantos, perguntaram o que havia acontecido e, após me acalmar pelo bem do meu bebê - que logo descobrira ser bebês -, despejei tudo o que Paulo havia cuspido na minha cara. Contei sobre a gravidez, o que não agradou muito minha família.
Meu tio e minha mãe ficaram furiosos com a revelação e Giorgio ameaçou ir quebrar a cara de Bruno, mas eu o impedi e implorei para que o deixassem longe de mim - de nós. Nos dias seguintes, após trancar minha faculdade de Administração, peguei o primeiro vôo para Paris. E durante o desembarque, reencontrei Neymar.
Já havia o conhecido durante a Copa do Mundo de 2014. Ele era legal, divertido e acabava de ser transferido para o PSG. E, por coincidência, meu apartamento era no mesmo lugar que o seu, em frente ao dele. Nos aproximamos, consequentemente, viramos amigos; melhores amigos. Júnior era e é a pessoa que mais me apoia, e não pensei duas vezes antes de o convidar para ser padrinho dos meus bebês. Sua irmã e ele eram os tios que meus filhos precisavam, que mereciam.
Hoje nós moramos na mesma casa, sendo colegas de quarto. Nem preciso dizer que o Davi adora brincar com Filippo e Luna. São doidos um pelo outro. Hoje é dia de treino e Lucca está na escola, portanto estamos sozinhos. Eu decidi não estudar ou trabalhar até meus bebês terem idade de ir a escolinha, e mamãe me apoia.
— O que acham de um banho, meus amores? — sorrio com a careta de Filippo. Ele é um porquinho manhoso.
Chamo a babá deles, Marie, e peço que me ajude a levar o menino. O quarto deles é enorme, com closet e banheiro. Júnior não pensou vezes em quebrar a parede do quarto ao lado para deixar mais espaçoso. A decoração era neutra, branco com verde bebê se misturavam. Eu era uma típica italiana apaixonada pelo país, mas a minha controvérsia era ser amante fiel do Real Madrid, trazendo aos dias de jogos uma verdadeira disputa na família.
— Marie, seus documentos estão em dia? — pergunto enquanto jogo um punhado de água na cabeça cheia de fios negros de Luna.
— Estão sim, dona Sel — sorri.
— Já foi à Itália?
— Não, mas gostaria de conhecer Veneza ou Roma — seu olhar é sonhador, típico de meninas inocentes.
— Quem sabe não passamos por lá com os bebês, o que acha? — digo a olhando com um sorriso, vendo-a gritar em animação. Ri.
Eu sabia que se ficasse muito tempo em Turim poderia esbarrar com ele, a cidade pode não ser pequena, mas nós temos o mesmo círculo social. Moramos em bairros próximos. Não sou tão burra ou esperançosa a ponto de pensar que nós não nos veremos. No entanto, sou calculista o suficiente para saber como o evitar e ao mesmo, proteger meus filhos dele.
Filippo e Luna são Bonucci's e não mais Dybala's. E mesmo que, até hoje eu não entenda o porque Paulo os negou, jamais irei permitir que ele veja seus filhos, que ame eles.
Ah não, ele não tem mais esse direito.
Meu antigo amore mío não é mais digno de nós.
NOTAS FINAIS:
O que acham desse início? Bjs e até o próximo, ótimo final de ano a todxs❤️❤️❤️❤️❤️❤️
