Você teve sua chance e a desperdiçou. Jogaste meu amor no lixo, todo o tempo que doei a ti, ignoraste no teu julgamento e me deixou a deriva, sozinha num mar de tristeza.
Mas agora corra, se afaste de vez. Não adianta, não quero cair mais nos seus l...
Ainda teremos Paulo e Selena, ainda saberemos se June enfiou uma chuteira na garganta do Neymar ou não. Se James conseguiu se acertar com a mãe do seu bebê. Teremos histórias! Muitas!
Meu amor Hoje eu gosto mais, por algum motivo Talvez o mar, apaixonou-se pela lua - Amore Mio, Thalía
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SELENA
Meses depois...
Aperto o terço em minhas mãos com força, olhando nervosamente para o telão no quintal. O cronômetro parecia não andar nunca e apontava 57 minutos ainda. Por Deus, restando quase 30 tudo poderia mudar. Filippo e Luna pulam com suas camisas da Juventus grudadas pelo suor. Eles gritavam "Vai, papai" quando o viam, mas estavam mais concentrados nos brinquedos lego no chão. Meu tio Giorgio resmunga algo enquanto praticamente quebra a alça da sua caneca. Tia Munique era a única da sala que parecia relaxada, mexendo no seu tablet calmamente. Sinto uma remexida e murmuro:
— Calma, o papai está ali — aponto para o campo, que mostrava o jogador de costas, preparado para marcar um escanteio.
Ele foi autorizado, deu distância e, num ângulo perfeito, a bola entrou na rede. Grito animada, balanço a camisa em minhas mãos e titio praticamente tem um ataque de histerismo pela casa. 3x0 para Juventus. 2 de Cristiano Ronaldo e agora 1 do meu marido. Meu lindo Dybala, meu camisa 10.
Minha barriga se mexe violentamente, como se a criança ali dentro estivesse comemorando também.
— Sim, bebê, foi seu papai — acaricio, chorando de emoção ao ver Paulo colocar a mão na boca, no gesto da chupeta com Cris e Matthijs. Ele beija sua aliança e aponta para a câmera. Me derreti toda.
Literalmente.
Sinto um líquido descer pelas minhas pernas e grito. Meu tio paralisa e deixa a garrafa de cerveja cair. Tia Munique grita por Marie e corre para pegar minha bolsa.
— Mamãe? — Luna me olha assustada e Lippo encara o líquido nas minhas pernas.
— Mamãe fez xixi?
— Droga — xingo quando sinto a contração vir. — Você não quis nascer há dois dia e agora começou com tudo né, bebê?
Sou levantada com calma pelo meu tio, que pergunta se eu aguentaria até o apito final. Eu o bato com força no braço e grito que iria parir ali mesmo se ele não me levasse ao hospital. Vejo minha tia aparecer com as bolsas e o celular no pescoço, provavelmente avisando minha obstetra.
— Vamos querida, eu ligo para o Paulo no caminho.
— E meus filhos? — pergunto quando os bebês começam a nos seguir.
